Antes de começar a leitura, um alerta: a ideia desse texto não é mostrar que “fazemos tudo errado” (sim, eu erro também!), mas pensar no jeito automático que nos comunicamos hoje em dia. São vícios, hábitos e comportamentos enraizados que aparecem tanto em diálogos com quem temos pouco relacionamento, como também nas conversas com pessoas de quem gostamos muito. Atentar para esse jeito e tomar consciência de quando ele ocorre é o primeiro passo para mudar a comunicação com outros adultos e com nossos filhos também . Vamos lá?
1. Interromper a fala do filho com muita frequência
Temos pressa, somos ansiosos, impacientes… não aguentamos o final da frase e já tentamos adivinhar qual será a próxima palavra a ser dita e nesse atropelar de ideias, truncamos a comunicação com os nossos filhos. É chato conversar com alguém que nos interrompe.
2. Não estar disponível para escutar, mas deixar a conversa acontecer
Já falamos disso aqui: estar sem tempo ou paciência, com fome ou com sono, sem atender as nossas necessidades mais básicas não temos como estar disponíveis para ouvir o filho. É como se algo mais forte gritasse dentro de nós, chamando a nossa atenção e desviando o foco da conversa com o filho.
3. Minimizar os sentimentos do filho
Sabe quando o filho vem com um corte na mão e a gente logo diz: “Ah, é um cortinho de nada, já vai passar!”, ou quando ele chega chateado e a gente responde: “Você está assim só por causa disso? Esquece, não precisa ficar desse jeito.” Nessas horas, não estamos validando o filho e nem seus sentimentos. Não estamos confirmando que o que ele sente é real, é verdadeiro, tem valor. Estamos desqualificando os seus sentimentos e concluindo que não existe uma dor “de verdade” ali.
4. Tirar conclusões precipitadas
Olha a nossa ansiedade de novo aí, gente! O filho está contando uma história, nem chegou ao final e a nossa cabeça foi mais rápida: concluímos tudo, julgamos quem estava certo ou errado, ligamos os pontos que faltavam, tudo isso enquanto o filho falava! Em outras palavras, ouvimos mas não escutamos nada do que ele disse, pois estávamos entretidos com a nossa mente.
Quem nunca, né? É chato mesmo, mas finalizo com duas boas notícias: a primeira é que se comunicar bem é uma questão de prática e a segunda é que os filhos nos dão oportunidades de praticar todos os dias. Que tal então aprimorar a comunicação com os filhos? Desejo bons treinos para vocês!
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