Por Thailor Gonçalves
Trabalho infantil e exploração sexual. É sob esses pilares que a Fundação Abrinq, órgão ligado à Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), desenvolveu uma cartilha que mostra a importância de se proteger os direitos de crianças e adolescentes. A iminência dos Jogos Olímpicos 2016, realizados no Rio de Janeiro, é o que motivou o lançamento da segunda edição da cartilha, chamada Olimpíadas 2016 – juntos na proteção das crianças e adolescentes.
Os números de trabalho infantil e exploração sexual são preocupantes no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, ainda existiam 3,3 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, em 2014. No ano seguinte, o Disque 100 recebeu 19.275 denúncias de violência sexual. Em função do aumento do número de turistas, esses números tendem a crescer durante os jogos.
Prevenção
O material, disponível no site www.fundabrinq.org.br, destaca meios de como empresas, municípios e demais organizações podem ajudar a prevenir essas práticas. Também relaciona os locais mais comuns que favorecem a exploração infantil em época de grandes eventos – construção civil, transportes, rede de reciclagem e comércio de rua são alguns deles.
“As redes de entretenimento, o mercado da moda, as agências de emprego, as redes de telessexo e a indústria do turismo podem acabar abrigando o trabalho infantil no período das Olimpíadas. É importante alertar a sociedade para que esse problema seja combatido”, destaca a gerente executiva da Fundação Abrinq, Denise Cesario.
Denúncia
Canais que recebem denúncias de práticas nocivas aos pequenos são divulgadas na cartilha, como o Disque 100, da secretaria de Direitos Humanos, vinculada ao governo federal, os Conselhos Tutelares municipais e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Serviço
Cartilha Olimpíadas 2016 – juntos na proteção das crianças e adolescentes, da Fundação Abrinq. Disponível gratuitamente no site www.fundabrinq.com.br
Disque 100 – para denunciar violência e exploração infantil.
0800 11 16 16 ou www.mpt.gov.br – Ministério Público do Trabalho, que dedica-se à preveção ao trabalho infantil.