Um em cada três alunos em todo o mundo foi vítima de bullying

Para chamar atenção a esse problema, a agência a ONU  criou o Dia Internacional contra a Violência e o Bullying na Escola, celebrado neste 5 de novembro

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Um em cada três alunos em todo o mundo foi vítima de bullying na escola; imagem mostra menino de cabeça baixo em corredor de escola e 4 colegas cochichando ao fundo
De acordo com a Unesco, as crianças percebidas como "diferentes" são as que correm mais risco de bullying
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Com informações da ONU News – De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, um em cada três alunos em todo o mundo foi vítima de bullying na escola, com consequências arrasadoras no desempenho escolar, na saúde física e mental. 

Para chamar atenção para este problema e buscar soluções, a agência das Nações Unidas criou o Dia Internacional contra a Violência e o Bullying na Escola, que é celebrado pela primeira vez este 5 de novembro. 

Bullying na escola e o impacto no aprendizado

Segundo a Unesco, a violência escolar seja ela física ou verbal,  priva milhões de jovens do direito fundamental à educação. Uma das formas mais comuns deste tipo de agressão é o bullying.   

De acordo com a Unesco, todas as crianças podem ser vítimas de bullying, mas evidências mostram que as crianças que são percebidas como “diferentes” de alguma forma correm mais risco.   

O psicólogo clínico Nuno Henriques, baseado em Lisboa, Portugal, falou sobre as dificuldades que alguns alunos estrangeiros podem enfrentar.  

“Sinto que pode existir, fundamentalmente, quando há diferença de língua. Migrantes dos Palop, não tem praticamente nenhum tipo de dificuldade, a maioria deles ate são muito bem recebidos e integrados. Já se vierem de outros países que tenham uma língua muito diferente e não dominarem o inglês, ai acrescente algum problema. Mas, inevitavelmente, o problema que pode balancear isto é o estatuto ou condições socioeconômicas desses migrantes.” 

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Bullying digital na pandemia

O fechamento das escolas devido à pandemia de Covid-19 levou os alunos a ficarem mais  tempo na frente do computador, aumentando a exposição ao cyberbullying, uma forma de bullying psicológico ou assédio  que  acontece  online, e em situações extremas, pode levar ao suicídio.

O psicólogo clínico explica que esse tipo de bullying também é perigoso à medida que permite gravar as conversas e mensagens e “fazer coisas horríveis que, para todos os efeitos, são provas de uma fragilidade de uma das pessoas, quase sempre a vítima e que depois é alavancado e utilizado pelos opressores para terem domínio sobre ela”.

As crianças que sofrem bullying com frequência têm maior probabilidade de se sentirem estranhas na escola e de quererem abandonar os estudos. Elas também têm desempenho acadêmico mais baixo.  

O bullying também está associado a taxas mais altas de sentimento de solidão e suicídio, uso de tabaco, álcool e drogas.  

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Eventos 

Junto com o Ministério da Educação, Juventude e Esportes da França, a Unesco realiza uma conferência internacional para criar um impulso global para acabar com o bullying nas escolas, aumentando a conscientização, trocando as melhores práticas e mobilizando governos, especialistas e a comunidade educacional. 

O evento incluirá mesas-redondas com ministros, especialistas e representantes da comunidade educacional. Também contará com depoimentos e uma série de recomendações de especialistas especializados no combate ao bullying. Saiba mais aqui.

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