LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n \u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n \u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n \u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n \u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n \u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n \u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho. <\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n
LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n \u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n \"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n \u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n \u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n \"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n \"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n
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\n\n\n\nAssist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nAssist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nAssist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nAssist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nVida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n
Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nVida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n
Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
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Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nO luto paterno<\/h2>\n\n\n\n
Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n
Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n
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\n\n\n\nLuto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n
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\n\n\n\nLuto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
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\n\n\n\nA dor da perda<\/h2>\n\n\n\n
Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nA dor da perda<\/h2>\n\n\n\n
Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nA dor da perda<\/h2>\n\n\n\n
Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
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\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\nA dor da perda<\/h2>\n\n\n\n
Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nCasos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\nA dor da perda<\/h2>\n\n\n\n
Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\n
<\/figure>Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\nA dor da perda<\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nBenef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nBenef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nBenef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
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<\/figure>Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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\n\n\n\nQuais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nQuais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
\n\n\n\nQuais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
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Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n
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