Skip to navigation Skip to main content
  • Quem Somos
  • Artigos
  • Loja
  • Newsletter
  • Contato
  • Política de privacidade
SIGA-NOS NO GOOGLE NEWS

SIGA-NOS NO GOOGLE NEWS

Canguru News Canguru News
0 Lista de Desejos
0 items R$ 0,00
Entrar / Cadastre-se
Menu
Pesquisar
Canguru News
0 items R$ 0,00
Entrar / Cadastre-se
  • Gravidez & Parto
  • Mães
  • Crianças
  • Adolescentes
  • Viver Bem
  • Guia de Compras

‎Maria Clara Villela

\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Ela diz que a lei sancionada no dia 26 de maio de 2021 s\u00f3 entrou em vigor um ano depois justamente para adapta\u00e7\u00e3o da rede de sa\u00fade p\u00fablica \u00e0 etapa 1, e passado esse prazo, a adapta\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o ocorreu. A norma altera o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adolescente (ECA) para aperfei\u00e7oar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, ao estabelecer o rastreamento de 14 grupos de doen\u00e7as pelo teste do pezinho. Sua aprova\u00e7\u00e3o ganhou for\u00e7a com a campanha \u201cPezinho no futuro<\/a>\u201d, promovida pelo instituto, que conseguiu mais de 620 mil assinaturas por meio de uma peti\u00e7\u00e3o online, com o apoio da Alian\u00e7a Rara, formada por associa\u00e7\u00f5es e grupos de pacientes, al\u00e9m de formadores de opini\u00e3o e demais parceiros do Vidas Raras. Regina lembra que o programa de triagem n\u00e3o consiste apenas na realiza\u00e7\u00e3o do teste, prevendo tamb\u00e9m a realiza\u00e7\u00e3o de exames espec\u00edficos confirmat\u00f3rios, quando identificada alguma altera\u00e7\u00e3o, o tratamento para a doen\u00e7a diagnosticada e o acompanhamento do paciente e as orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

J\u00e1 no Tocantins, durante a pandemia, unidades de sa\u00fade p\u00fablicas ficaram pelo menos seis meses sem fazer o teste do pezinho b\u00e1sico, que rastreia seis doen\u00e7as \u2012 fenilceton\u00faria, hipotireoidismo cong\u00eanito, anemia falciforme, fibrose c\u00edstica, hiperplasia adrenal cong\u00eanita e defici\u00eancia de biotinidase. E h\u00e1 tamb\u00e9m estados que s\u00f3 identificam quatro das seis doen\u00e7as estabelecidas pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal<\/a>, segundo relata a CEO do instituto. <\/p>\n\n\n\n

Ela diz que a lei sancionada no dia 26 de maio de 2021 s\u00f3 entrou em vigor um ano depois justamente para adapta\u00e7\u00e3o da rede de sa\u00fade p\u00fablica \u00e0 etapa 1, e passado esse prazo, a adapta\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o ocorreu. A norma altera o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adolescente (ECA) para aperfei\u00e7oar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, ao estabelecer o rastreamento de 14 grupos de doen\u00e7as pelo teste do pezinho. Sua aprova\u00e7\u00e3o ganhou for\u00e7a com a campanha \u201cPezinho no futuro<\/a>\u201d, promovida pelo instituto, que conseguiu mais de 620 mil assinaturas por meio de uma peti\u00e7\u00e3o online, com o apoio da Alian\u00e7a Rara, formada por associa\u00e7\u00f5es e grupos de pacientes, al\u00e9m de formadores de opini\u00e3o e demais parceiros do Vidas Raras. Regina lembra que o programa de triagem n\u00e3o consiste apenas na realiza\u00e7\u00e3o do teste, prevendo tamb\u00e9m a realiza\u00e7\u00e3o de exames espec\u00edficos confirmat\u00f3rios, quando identificada alguma altera\u00e7\u00e3o, o tratamento para a doen\u00e7a diagnosticada e o acompanhamento do paciente e as orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Regina comenta que munic\u00edpios como S\u00e3o Paulo, al\u00e9m do Distrito Federal e do estado de Minas Gerais, por exemplo, j\u00e1 realizam o exame ampliado, gra\u00e7as \u00e0s leis aprovadas e regulamentadas em \u00e2mbito local. Na Para\u00edba, por\u00e9m, apesar da lei estadual n\u00ba 11.566<\/a>, de 2019 determinar a amplia\u00e7\u00e3o, o teste do pezinho realizado no estado ainda \u00e9 b\u00e1sico. <\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 no Tocantins, durante a pandemia, unidades de sa\u00fade p\u00fablicas ficaram pelo menos seis meses sem fazer o teste do pezinho b\u00e1sico, que rastreia seis doen\u00e7as \u2012 fenilceton\u00faria, hipotireoidismo cong\u00eanito, anemia falciforme, fibrose c\u00edstica, hiperplasia adrenal cong\u00eanita e defici\u00eancia de biotinidase. E h\u00e1 tamb\u00e9m estados que s\u00f3 identificam quatro das seis doen\u00e7as estabelecidas pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal<\/a>, segundo relata a CEO do instituto. <\/p>\n\n\n\n

Ela diz que a lei sancionada no dia 26 de maio de 2021 s\u00f3 entrou em vigor um ano depois justamente para adapta\u00e7\u00e3o da rede de sa\u00fade p\u00fablica \u00e0 etapa 1, e passado esse prazo, a adapta\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o ocorreu. A norma altera o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adolescente (ECA) para aperfei\u00e7oar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, ao estabelecer o rastreamento de 14 grupos de doen\u00e7as pelo teste do pezinho. Sua aprova\u00e7\u00e3o ganhou for\u00e7a com a campanha \u201cPezinho no futuro<\/a>\u201d, promovida pelo instituto, que conseguiu mais de 620 mil assinaturas por meio de uma peti\u00e7\u00e3o online, com o apoio da Alian\u00e7a Rara, formada por associa\u00e7\u00f5es e grupos de pacientes, al\u00e9m de formadores de opini\u00e3o e demais parceiros do Vidas Raras. Regina lembra que o programa de triagem n\u00e3o consiste apenas na realiza\u00e7\u00e3o do teste, prevendo tamb\u00e9m a realiza\u00e7\u00e3o de exames espec\u00edficos confirmat\u00f3rios, quando identificada alguma altera\u00e7\u00e3o, o tratamento para a doen\u00e7a diagnosticada e o acompanhamento do paciente e as orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

O teste \u00e9 feito por meio da coleta de sangue, entre o 3\u00b0 e o 5\u00b0 dia de vida do rec\u00e9m-nascido, e \u00e9 fundamental para o diagn\u00f3stico precoce de doen\u00e7as raras at\u00e9 mesmo antes da manifesta\u00e7\u00e3o dos sintomas, permitindo o in\u00edcio imediato do tratamento. Com isso, \u00e9 poss\u00edvel reduzir ou evitar poss\u00edveis les\u00f5es irrevers\u00edveis e at\u00e9 mesmo a morte da crian\u00e7a, al\u00e9m de proporcionar melhor qualidade de vida. <\/p>\n\n\n\n

Regina comenta que munic\u00edpios como S\u00e3o Paulo, al\u00e9m do Distrito Federal e do estado de Minas Gerais, por exemplo, j\u00e1 realizam o exame ampliado, gra\u00e7as \u00e0s leis aprovadas e regulamentadas em \u00e2mbito local. Na Para\u00edba, por\u00e9m, apesar da lei estadual n\u00ba 11.566<\/a>, de 2019 determinar a amplia\u00e7\u00e3o, o teste do pezinho realizado no estado ainda \u00e9 b\u00e1sico. <\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 no Tocantins, durante a pandemia, unidades de sa\u00fade p\u00fablicas ficaram pelo menos seis meses sem fazer o teste do pezinho b\u00e1sico, que rastreia seis doen\u00e7as \u2012 fenilceton\u00faria, hipotireoidismo cong\u00eanito, anemia falciforme, fibrose c\u00edstica, hiperplasia adrenal cong\u00eanita e defici\u00eancia de biotinidase. E h\u00e1 tamb\u00e9m estados que s\u00f3 identificam quatro das seis doen\u00e7as estabelecidas pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal<\/a>, segundo relata a CEO do instituto. <\/p>\n\n\n\n

Ela diz que a lei sancionada no dia 26 de maio de 2021 s\u00f3 entrou em vigor um ano depois justamente para adapta\u00e7\u00e3o da rede de sa\u00fade p\u00fablica \u00e0 etapa 1, e passado esse prazo, a adapta\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o ocorreu. A norma altera o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adolescente (ECA) para aperfei\u00e7oar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, ao estabelecer o rastreamento de 14 grupos de doen\u00e7as pelo teste do pezinho. Sua aprova\u00e7\u00e3o ganhou for\u00e7a com a campanha \u201cPezinho no futuro<\/a>\u201d, promovida pelo instituto, que conseguiu mais de 620 mil assinaturas por meio de uma peti\u00e7\u00e3o online, com o apoio da Alian\u00e7a Rara, formada por associa\u00e7\u00f5es e grupos de pacientes, al\u00e9m de formadores de opini\u00e3o e demais parceiros do Vidas Raras. Regina lembra que o programa de triagem n\u00e3o consiste apenas na realiza\u00e7\u00e3o do teste, prevendo tamb\u00e9m a realiza\u00e7\u00e3o de exames espec\u00edficos confirmat\u00f3rios, quando identificada alguma altera\u00e7\u00e3o, o tratamento para a doen\u00e7a diagnosticada e o acompanhamento do paciente e as orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

\u201cH\u00e1 muitas regi\u00f5es com dificuldades quanto \u00e0 execu\u00e7\u00e3o do exame. Com a nova lei federal em vigor, se iniciam as etapas de amplia\u00e7\u00e3o do teste nos locais em que isso ainda n\u00e3o era feito, mas a quantidade de doen\u00e7as rastreadas em cada cidade e\/ou estado dependem, al\u00e9m do que determina cada etapa, das gest\u00f5es estaduais, que recebem a verba do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade conforme o Programa Nacional de Triagem Neonatal. N\u00e3o tem como dizermos agora que o teste do pezinho ampliado est\u00e1 sendo realizado em todo o pa\u00eds, nem quando passar\u00e1 a oferecer o rastreio para as 50 doen\u00e7as, infelizmente\u201d, afirma Regina Pr\u00f3spero, CEO e cofundadora do Instituto Vidas Raras.<\/p>\n\n\n\n

O teste \u00e9 feito por meio da coleta de sangue, entre o 3\u00b0 e o 5\u00b0 dia de vida do rec\u00e9m-nascido, e \u00e9 fundamental para o diagn\u00f3stico precoce de doen\u00e7as raras at\u00e9 mesmo antes da manifesta\u00e7\u00e3o dos sintomas, permitindo o in\u00edcio imediato do tratamento. Com isso, \u00e9 poss\u00edvel reduzir ou evitar poss\u00edveis les\u00f5es irrevers\u00edveis e at\u00e9 mesmo a morte da crian\u00e7a, al\u00e9m de proporcionar melhor qualidade de vida. <\/p>\n\n\n\n

Regina comenta que munic\u00edpios como S\u00e3o Paulo, al\u00e9m do Distrito Federal e do estado de Minas Gerais, por exemplo, j\u00e1 realizam o exame ampliado, gra\u00e7as \u00e0s leis aprovadas e regulamentadas em \u00e2mbito local. Na Para\u00edba, por\u00e9m, apesar da lei estadual n\u00ba 11.566<\/a>, de 2019 determinar a amplia\u00e7\u00e3o, o teste do pezinho realizado no estado ainda \u00e9 b\u00e1sico. <\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 no Tocantins, durante a pandemia, unidades de sa\u00fade p\u00fablicas ficaram pelo menos seis meses sem fazer o teste do pezinho b\u00e1sico, que rastreia seis doen\u00e7as \u2012 fenilceton\u00faria, hipotireoidismo cong\u00eanito, anemia falciforme, fibrose c\u00edstica, hiperplasia adrenal cong\u00eanita e defici\u00eancia de biotinidase. E h\u00e1 tamb\u00e9m estados que s\u00f3 identificam quatro das seis doen\u00e7as estabelecidas pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal<\/a>, segundo relata a CEO do instituto. <\/p>\n\n\n\n

Ela diz que a lei sancionada no dia 26 de maio de 2021 s\u00f3 entrou em vigor um ano depois justamente para adapta\u00e7\u00e3o da rede de sa\u00fade p\u00fablica \u00e0 etapa 1, e passado esse prazo, a adapta\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o ocorreu. A norma altera o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adolescente (ECA) para aperfei\u00e7oar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, ao estabelecer o rastreamento de 14 grupos de doen\u00e7as pelo teste do pezinho. Sua aprova\u00e7\u00e3o ganhou for\u00e7a com a campanha \u201cPezinho no futuro<\/a>\u201d, promovida pelo instituto, que conseguiu mais de 620 mil assinaturas por meio de uma peti\u00e7\u00e3o online, com o apoio da Alian\u00e7a Rara, formada por associa\u00e7\u00f5es e grupos de pacientes, al\u00e9m de formadores de opini\u00e3o e demais parceiros do Vidas Raras. Regina lembra que o programa de triagem n\u00e3o consiste apenas na realiza\u00e7\u00e3o do teste, prevendo tamb\u00e9m a realiza\u00e7\u00e3o de exames espec\u00edficos confirmat\u00f3rios, quando identificada alguma altera\u00e7\u00e3o, o tratamento para a doen\u00e7a diagnosticada e o acompanhamento do paciente e as orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

\n

Atualizada em 03\/06\/2022 - Entrou em vigor na quinta-feira (26) a Lei n\u00ba 14.154<\/a>, que estabelece acesso ao teste do pezinho ampliado a todos os rec\u00e9m-nascidos brasileiros, de maneira gratuita, em maternidades e hospitais p\u00fablicos do SUS (Sistema \u00danico de Sa\u00fade). At\u00e9 ent\u00e3o, o exame detectava apenas seis enfermidades e com a nova lei deve passar a rastrear cerca de 50 doen\u00e7as<\/strong> raras. Mas, apesar da vig\u00eancia da norma, fazer com que seja executada em todo o pa\u00eds ainda \u00e9 um grande desafio.<\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 muitas regi\u00f5es com dificuldades quanto \u00e0 execu\u00e7\u00e3o do exame. Com a nova lei federal em vigor, se iniciam as etapas de amplia\u00e7\u00e3o do teste nos locais em que isso ainda n\u00e3o era feito, mas a quantidade de doen\u00e7as rastreadas em cada cidade e\/ou estado dependem, al\u00e9m do que determina cada etapa, das gest\u00f5es estaduais, que recebem a verba do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade conforme o Programa Nacional de Triagem Neonatal. N\u00e3o tem como dizermos agora que o teste do pezinho ampliado est\u00e1 sendo realizado em todo o pa\u00eds, nem quando passar\u00e1 a oferecer o rastreio para as 50 doen\u00e7as, infelizmente\u201d, afirma Regina Pr\u00f3spero, CEO e cofundadora do Instituto Vidas Raras.<\/p>\n\n\n\n

O teste \u00e9 feito por meio da coleta de sangue, entre o 3\u00b0 e o 5\u00b0 dia de vida do rec\u00e9m-nascido, e \u00e9 fundamental para o diagn\u00f3stico precoce de doen\u00e7as raras at\u00e9 mesmo antes da manifesta\u00e7\u00e3o dos sintomas, permitindo o in\u00edcio imediato do tratamento. Com isso, \u00e9 poss\u00edvel reduzir ou evitar poss\u00edveis les\u00f5es irrevers\u00edveis e at\u00e9 mesmo a morte da crian\u00e7a, al\u00e9m de proporcionar melhor qualidade de vida. <\/p>\n\n\n\n

Regina comenta que munic\u00edpios como S\u00e3o Paulo, al\u00e9m do Distrito Federal e do estado de Minas Gerais, por exemplo, j\u00e1 realizam o exame ampliado, gra\u00e7as \u00e0s leis aprovadas e regulamentadas em \u00e2mbito local. Na Para\u00edba, por\u00e9m, apesar da lei estadual n\u00ba 11.566<\/a>, de 2019 determinar a amplia\u00e7\u00e3o, o teste do pezinho realizado no estado ainda \u00e9 b\u00e1sico. <\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 no Tocantins, durante a pandemia, unidades de sa\u00fade p\u00fablicas ficaram pelo menos seis meses sem fazer o teste do pezinho b\u00e1sico, que rastreia seis doen\u00e7as \u2012 fenilceton\u00faria, hipotireoidismo cong\u00eanito, anemia falciforme, fibrose c\u00edstica, hiperplasia adrenal cong\u00eanita e defici\u00eancia de biotinidase. E h\u00e1 tamb\u00e9m estados que s\u00f3 identificam quatro das seis doen\u00e7as estabelecidas pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal<\/a>, segundo relata a CEO do instituto. <\/p>\n\n\n\n

Ela diz que a lei sancionada no dia 26 de maio de 2021 s\u00f3 entrou em vigor um ano depois justamente para adapta\u00e7\u00e3o da rede de sa\u00fade p\u00fablica \u00e0 etapa 1, e passado esse prazo, a adapta\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o ocorreu. A norma altera o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adolescente (ECA) para aperfei\u00e7oar o Programa Nacional de Triagem Neonatal, ao estabelecer o rastreamento de 14 grupos de doen\u00e7as pelo teste do pezinho. Sua aprova\u00e7\u00e3o ganhou for\u00e7a com a campanha \u201cPezinho no futuro<\/a>\u201d, promovida pelo instituto, que conseguiu mais de 620 mil assinaturas por meio de uma peti\u00e7\u00e3o online, com o apoio da Alian\u00e7a Rara, formada por associa\u00e7\u00f5es e grupos de pacientes, al\u00e9m de formadores de opini\u00e3o e demais parceiros do Vidas Raras. Regina lembra que o programa de triagem n\u00e3o consiste apenas na realiza\u00e7\u00e3o do teste, prevendo tamb\u00e9m a realiza\u00e7\u00e3o de exames espec\u00edficos confirmat\u00f3rios, quando identificada alguma altera\u00e7\u00e3o, o tratamento para a doen\u00e7a diagnosticada e o acompanhamento do paciente e as orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 fam\u00edlia. <\/p>\n\n\n\n

Em nota para a Canguru News<\/strong>, o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade informou que \"o rastreamento das doen\u00e7as no Teste do Pezinho Ampliado j\u00e1 pode ser ofertado pelos servi\u00e7os de sa\u00fade em todo o pa\u00eds\u201d. O \u00f3rg\u00e3o disse tamb\u00e9m que \"a lei vigente fala sobre o aperfei\u00e7oamento do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com a inser\u00e7\u00e3o escalonada para o rastreamento de doen\u00e7as, como a toxoplasmose cong\u00eanita\". <\/p>\n\n\n\n

Outro desafio para implementa\u00e7\u00e3o do teste ampliado \u00e9 ter laborat\u00f3rios preparados para receb\u00ea-lo, pois o rastreio de algumas doen\u00e7as exige tecnologia e profissionais treinados, recursos escassos em diversas unidades de hospitais da rede p\u00fablica. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO teste do pezinho \u00e9 coletado nos hospitais, conforme fluxos determinados pelos estados e munic\u00edpios, e posteriormente \u00e9 encaminhado para um laborat\u00f3rio de refer\u00eancia. O fluxo de coleta e material que ser\u00e1 analisado permanece o mesmo, mesmo na amplia\u00e7\u00e3o do teste. O que tem que ser adequado s\u00e3o os laborat\u00f3rios, que ter\u00e3o que realizar o rastreio das novas doen\u00e7as\u201d, afirma Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, pediatra neonatologista, membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

Amplia\u00e7\u00e3o de forma escalonada<\/h2>\n\n\n\n

A amplia\u00e7\u00e3o das doen\u00e7as detectadas no teste ocorrer\u00e1 de forma escalonada, em cinco etapas, que devem ser finalizadas ap\u00f3s cerca de cinco anos. Na primeira etapa<\/strong> est\u00e1 prevista a inclus\u00e3o da toxoplasmose cong\u00eanita. Na segunda etapa<\/strong>, ser\u00e3o detectados: n\u00edvel elevado de galactose no sangue; aminoacidopatias; dist\u00farbio do ciclo de ureia; e dist\u00farbios de betaoxida\u00e7\u00e3o de \u00e1cidos graxos. Na terceira etapa<\/strong>, ser\u00e3o inclu\u00eddas doen\u00e7as que afetam o funcionamento celular, e, na quarta etapa<\/strong>, altera\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas no sistema imunol\u00f3gico. J\u00e1 na quinta etapa<\/strong>, entra no teste a atrofia muscular espinhal (AME), doen\u00e7a gen\u00e9tica marcada pela degenera\u00e7\u00e3o de neur\u00f4nios motores, que comprometem a capacidade de locomo\u00e7\u00e3o e respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O diagn\u00f3stico precoce dessas doen\u00e7as \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para proporcionar melhoras na qualidade de vida das crian\u00e7as. \u201cApesar de serem doen\u00e7as raras, quando o diagn\u00f3stico \u00e9 feito de forma precoce podemos mudar a evolu\u00e7\u00e3o de muitas dessas doen\u00e7as, al\u00e9m de melhorar a assist\u00eancia para a crian\u00e7a e sua fam\u00edlia\u201d, ressalta o pediatra neonatologista Paulo Telles.<\/a> <\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico afirma que o aumento de seis para 50 doen\u00e7as detectadas ser\u00e1 muito expressivo e trar\u00e1 benef\u00edcios importantes para a popula\u00e7\u00e3o infantil. \u201cVale lembrar que as doen\u00e7as raras atingem de 6% a 8% da popula\u00e7\u00e3o mundial. No Brasil, esse n\u00famero significa por volta de 14 milh\u00f5es de pessoas, sendo que 75% dos casos se manifestam na inf\u00e2ncia. O diagn\u00f3stico precoce pode salvar vidas\u201d, destaca Telles.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Dia<\/figure>
\n

Dia Nacional do Teste do Pezinho: conquistas e desafios na realiza\u00e7\u00e3o do exame<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede p\u00fablica de sa\u00fade","post_excerpt":"A amplia\u00e7\u00e3o do exame permite rastrear cerca de 50 doen\u00e7as raras, mas sua execu\u00e7\u00e3o ainda \u00e9 um desafio para diversos munic\u00edpios e estados","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"teste-do-pezinho-ampliado-ja-esta-disponivel-em-hospitais-da-rede-publica","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-06-03 20:41:13","post_modified_gmt":"2022-06-03 23:41:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57134","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56467,"post_author":"55","post_date":"2022-05-30 15:49:02","post_date_gmt":"2022-05-30 18:49:02","post_content":"\n

Voc\u00ea conhece o transtorno borderline? Tamb\u00e9m chamado de transtorno da personalidade ou lim\u00edtrofe (da\u00ed o nome borderline<\/em>), a condi\u00e7\u00e3o costuma se manifestar nos adultos por meio de comportamentos exagerados e uma montanha-russa de emo\u00e7\u00f5es que provocam, em quest\u00e3o de minutos, sentimentos opostos como os de amor e \u00f3dio, alegria e tristeza, levando por vezes a problemas s\u00e9rios como agress\u00f5es f\u00edsicas e automutila\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Descoberto, no geral, na fase adulta, o transtorno pode ter forte liga\u00e7\u00e3o com a inf\u00e2ncia. \u201cO transtorno borderline muitas vezes come\u00e7a a se apresentar durante a vida escolar. Na maioria das situa\u00e7\u00f5es, os adultos diagnosticados com o transtorno descobrem que sofreram algum tipo de evento traum\u00e1tico durante a inf\u00e2ncia, como abuso emocional e psicol\u00f3gico\u201d, explica o pediatra Fausto Flor Carvalho<\/a>, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/a><\/p>\n\n\n\n

Rela\u00e7\u00f5es problem\u00e1ticas entre pai e filho ou entre m\u00e3e e filho, situa\u00e7\u00f5es de neglig\u00eancia, abuso sexual, bullying f\u00edsico, trauma ou chantagem emocional s\u00e3o poss\u00edveis gatilhos para o desenvolvimento do transtorno borderline.<\/p>\n\n\n\n

\"Em crian\u00e7as, o transtorno se caracteriza por uma insatisfa\u00e7\u00e3o cont\u00ednua com tudo. A crian\u00e7a oscila muito de humor, tem uma tend\u00eancia maior a fazer birra sem motivos aparentes, eventualmente tem certa agressividade e irritabilidade. Elas possuem um complexo de se sentirem injusti\u00e7adas e incompreendidas muito forte. Tamb\u00e9m vale ressaltar que elas insistem em ter raz\u00e3o nas suas justificativas, em seus argumentos\u201d, relata o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura J\u00fanior<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Transtorno se confunde com bipolaridade ou autismo<\/h2>\n\n\n\n

A estudante de fisioterapia D\u00e9bora Tovazi tem uma irm\u00e3 com o transtorno, mas a suspeita inicial era de que fosse a bipolaridade. \u201cLembro muito bem do dia que meus pais me contaram que minha irm\u00e3 tinha borderline. N\u00e3o fiquei surpresa quando descobri, nem eles, porque ela sempre manifestou, desde pequena, eram bem fortes os sintomas. Mas foi muito bom sabermos, assim conseguimos ajuda profissional, buscando um norte sobre o que est\u00e1vamos lidando e uma alguma forma de tratar. Como a gente achava que era bipolaridade, at\u00e9 porque muita gente confunde, ter um diagn\u00f3stico correto nos ajudou muito a lidar com ela\u201d, conta D\u00e9bora Tovazi. O transtorno foi descoberto na irm\u00e3 quando ela tinha 15 anos. Hoje ela est\u00e1 com 22. <\/p>\n\n\n\n

\"O mais complicado desse processo todo \u00e9 saber at\u00e9 onde \u00e9 borderline e o que \u00e9 car\u00e1ter da pessoa. Isso \u00e9 o que estamos tentando lidar at\u00e9 hoje\", diz D\u00e9bora Tovazi sobre a irm\u00e3, que, depois de confirmado o diagn\u00f3stico, passou a tomar rem\u00e9dios, \"o que a deixou mais tranquila e, principalmente, menos ansiosa\", avalia D\u00e9bora. <\/p>\n\n\n\n

Intelig\u00eancia e sensibilidade acima da m\u00e9dia<\/h2>\n\n\n\n

Devido \u00e0 dificuldade de diagnosticar o transtorno na inf\u00e2ncia, Fausto Carvalho orienta os pais a ficarem atentos a comportamentos diferentes em seus filhos, e se for o caso, procurarem um especialista, que os ajudar\u00e1, inclusive, a diferenciar o transtorno borderline da bipolaridade ou mesmo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). <\/a><\/p>\n\n\n\n

Para Wimer Bottura, \u00e9 fundamental a compreens\u00e3o do problema pelos pais para ajudar o filho de forma eficaz. \"N\u00e3o adianta que a crian\u00e7a seja tratada sem que os pais saibam lidar com a situa\u00e7\u00e3o. Muitas vezes, a crian\u00e7a borderline \u00e9 muito inteligente, muito sens\u00edvel. Por causa disso, ela percebe coisas que ainda n\u00e3o est\u00e1 preparada para entender. Os pais acabam n\u00e3o percebendo que isso est\u00e1 acontecendo e continuam cometendo os mesmos erros\", pontua o psiquiatra. Ele se refere a \"recomenda\u00e7\u00f5es infelizes\" de terceiros, que ao ver a situa\u00e7\u00e3o de fora creem ser necess\u00e1rio impor mais limites \u00e0 crian\u00e7a, o que acaba a privando de coisas importantes. \"\u00c9 essencial que entendam que n\u00e3o se trata de colocar limites, se trata de criar v\u00ednculos com esses menores. Eles precisam aprender a compreender e se vincular\u201d, destaca ele.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Bottura, um diagn\u00f3stico realizado com cautela, associado a um tratamento bem estruturado, pode trazer bons resultados para toda fam\u00edlia. Em alguns casos pode haver indica\u00e7\u00e3o de medicamentos, mas o transtorno \u00e9 tratado, principalmente, atrav\u00e9s de diferentes tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender seus comportamentos e desenvolver estrat\u00e9gias para evit\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Entenda<\/figure>
\n

A s\u00edndrome que cria muros no contato com o outro<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

[mc4wp_form id=\"26137\"]   <\/p>\n","post_title":"Transtorno borderline pode ter origem na inf\u00e2ncia: saiba mais sobre seus sintomas","post_excerpt":"A psicoterapia e instru\u00e7\u00e3o dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos s\u00e3o essenciais para um tratamento eficaz","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"transtorno-borderline-pode-ter-origem-na-infancia-saiba-mais-sobre-seus-sintomas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-30 19:12:13","post_modified_gmt":"2022-05-30 22:12:13","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56467","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56948,"post_author":"55","post_date":"2022-05-27 07:50:00","post_date_gmt":"2022-05-27 10:50:00","post_content":"\n

O aumento de casos de Covid e o risco de haver uma nova onda da doen\u00e7a no pa\u00eds t\u00eam feito com que v\u00e1rias cidades brasileiras voltem a recomendar o uso de m\u00e1scaras em ambientes fechados como as escolas. \u00c9 o caso de Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo e S\u00e3o Caetano do Sul, na Grande S\u00e3o Paulo, e Londrina, no Paran\u00e1. Na capital paulista, o uso da prote\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 mais obrigat\u00f3rio em nenhum ambiente desde mar\u00e7o, mas h\u00e1 escolas que recomendam ou mesmo exigem o acess\u00f3rio. <\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 recomend\u00e1vel o uso de m\u00e1scara nas escolas, especialmente em lugares fechados, para crian\u00e7as de todas as idades, pois n\u00e3o apenas a Covid est\u00e1 se espalhando, mas temos observado o aumento de outras doen\u00e7as respirat\u00f3rias virais. Vale ressaltar e lembrar que crian\u00e7as podem sim ter Covid\u201d, explica Fausto Flor Carvalho, presidente do Departamento de Sa\u00fade Escolar da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

A infectologista Aline Scarabelli, do Labi Exames<\/a>, comenta que \u00e9 dif\u00edcil fazer com que as crian\u00e7as mantenham o distanciamento adequado umas com as outras, motivo pelo qual \"a m\u00e1scara se torna fundamental para ajudar na preven\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as de transmiss\u00e3o respirat\u00f3ria\". Ela ressalta que o ideal seria que o uso fosse feito por todas as crian\u00e7as maiores de dois anos, visto que ainda n\u00e3o h\u00e1 indica\u00e7\u00e3o de vacina para menores de cinco anos de idade. <\/p>\n\n\n\n

Nas crian\u00e7as entre 5 e 11 anos, para as quais j\u00e1 h\u00e1 vacina aprovada, 60% tomaram a primeira dose e cerca de 30% apenas est\u00e3o com esquema vacinal completo. <\/p>\n\n\n\n

Para a epidemiologista Ethel Maciel<\/a>, a obrigatoriedade do uso de m\u00e1scara em locais fechados n\u00e3o deveria nem ter sido retirada. \"Com a chegada do inverno, j\u00e1 era previsto o aumento de casos de doen\u00e7as respirat\u00f3rias, o que, em conjunto com a pandemia, torna a situa\u00e7\u00e3o ainda mais delicada\", diz ela.<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1scaras cir\u00fargicas e filtros de ar<\/h2>\n\n\n\n

Ethel Maciel tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de usar m\u00e1scaras adequadas, que garantem maior prote\u00e7\u00e3o. \u201cTemos que lembrar que j\u00e1 n\u00e3o estamos mais falando de qualquer m\u00e1scara. Com essas variantes mais transmiss\u00edveis, precisamos falar de m\u00e1scaras filtrantes. Precisamos de pol\u00edticas p\u00fablicas para distribui\u00e7\u00e3o desse item, de maneira a distribuir m\u00e1scaras do tipo cir\u00fargicas e PFF2 nas escolas. Esses s\u00e3o os modelos que ajudam a proteger mais\u201d, orienta.<\/p>\n\n\n\n

A epidemiologista tamb\u00e9m diz ser necess\u00e1rio um debate acerca de investimento nas escolas para coloca\u00e7\u00e3o de filtro de ar HEPA, sigla para High Efficiency Particulate Arrestance<\/em>, em ingl\u00eas. \u201cS\u00e3o aqueles filtros de alta filtragem e recircula\u00e7\u00e3o de ar, que agora podem ser colocados at\u00e9 em estruturas de ar condicionado. Vimos que esse investimento foi feito em outros pa\u00edses, para tornar o ar em ambientes fechados de melhor qualidade para nossas crian\u00e7as e adolescentes. Enquanto isso, no Brasil nem ouvimos falar disso. Precisamos pensar em escolas mais equipadas para receber os alunos por conta da pandemia\u201d, enfatiza Ethel. <\/p>\n\n\n\n

Em nota t\u00e9cnica do dia 11 de mar\u00e7o, o grupo de trabalho <\/a>de Retorno \u00e0s Atividades Escolares <\/a>da Fiocruz destacou que apesar do enfrentamento cont\u00ednuo \u00e0 pandemia, a flexibiliza\u00e7\u00e3o de protocolos de obrigatoriedade de m\u00e1scaras em escolas era vi\u00e1vel, desde que a medida fosse proposta por autoridades sanit\u00e1rias locais e comit\u00eas cient\u00edficos. Ainda que a flexibiliza\u00e7\u00e3o contasse com o apoio do grupo, a Fiocruz destacou a necessidade da manuten\u00e7\u00e3o de alguns cuidados, enfatizando a import\u00e2ncia da ventila\u00e7\u00e3o nas salas de aula e o incentivo \u00e0 constante higieniza\u00e7\u00e3o das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n

Protocolos nas escolas<\/h2>\n\n\n\n

No Col\u00e9gio Vital Brazil, na zona oeste de S\u00e3o Paulo, a recomenda\u00e7\u00e3o aos alunos \u00e9 para que utilizem m\u00e1scaras em ambientes fechados e nos hor\u00e1rios de entrada e sa\u00edda, apesar de n\u00e3o terem estabelecido obrigatoriedade. O Col\u00e9gio Stocco, em Santo Andr\u00e9, segue a mesma linha: apesar de n\u00e3o ter tornado o uso obrigat\u00f3rio, recomenda o uso de m\u00e1scara por crian\u00e7as nas depend\u00eancias escolares. A Escola Castanheiras, em Santana do Parna\u00edba, na regi\u00e3o metropolitana da capital paulista, afasta os alunos com o teste positivo. Em caso de mais de 3 casos em uma sala, as crian\u00e7as s\u00e3o orientadas a usar a prote\u00e7\u00e3o. J\u00e1 o Col\u00e9gio Equipe, tamb\u00e9m na zona oeste da capital paulista, manteve a obrigatoriedade da m\u00e1scara, mesmo com a libera\u00e7\u00e3o do acess\u00f3rio na cidade pelo governo em mar\u00e7o. A dire\u00e7\u00e3o do col\u00e9gio explicou que como o espa\u00e7o aberto \u00e9 pequeno, optou-se por continuar a adotar medidas que protegem ao m\u00e1ximo os estudantes. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Os<\/figure>
\n

Crian\u00e7as dizem se sentir mais seguras com a m\u00e1scara<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n","post_title":"Crian\u00e7as devem voltar a usar m\u00e1scara na escola?","post_excerpt":"Aumento de casos de Covid-19 preocupa \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, que voltam a recomendar o uso da prote\u00e7\u00e3o em locais fechados. Escolas tamb\u00e9m t\u00eam refor\u00e7ado recomenda\u00e7\u00e3o de uso","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"criancas-devem-voltar-a-usar-mascara-na-escola","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-31 11:27:39","post_modified_gmt":"2022-05-31 14:27:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56948","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":57016,"post_author":"55","post_date":"2022-05-26 18:58:16","post_date_gmt":"2022-05-26 21:58:16","post_content":"\n

A s\u00edndrome de Cri du Chat (CDC) \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica bastante rara, que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crian\u00e7as. Por se tratar de um quadro com baixa incid\u00eancia, nem sempre \u00e9 f\u00e1cil encontrar informa\u00e7\u00e3o confi\u00e1vel e aprofundada sobre o assunto, o que dificulta a vida de familiares de crian\u00e7as que t\u00eam a sindrome. Para ajudar esse p\u00fablico, ser\u00e1 lan\u00e7ado neste domingo (29), em S\u00e3o Paulo, o livro \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d, escrito pelos pais de um menino com a s\u00edndrome \u2012 Sandra Doria Xavier,<\/a> m\u00e9dica e pesquisadora do Instituto do Sono, e Fernando da Silva Xavier<\/a>, m\u00e9dico radiologista \u2012, em conjunto com Monica Levy Andersen<\/a>, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono. <\/p>\n\n\n\n

As caracter\u00edsticas e os diversos graus de comprometimento neuropsicomotor da doen\u00e7a s\u00e3o explicados na obra por especialistas que atendem crian\u00e7as com a condi\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, o livro tamb\u00e9m traz relatos de esperan\u00e7a e motiva\u00e7\u00e3o para ajudar e dar acolhimento a todos que convivem com a doen\u00e7a. <\/p>\n\n\n\n

\u201cEste livro foi feito por muitas m\u00e3os. Convidamos alguns dos profissionais que tiveram muito significado na vida do 'Fefe' ao longo dos seus 16 anos, como <\/em>fisioterapeutas, fonoaudi\u00f3logos, terapeutas ocupacionais, psic\u00f3logos, dentistas e, cada um deles, desenvolveu um cap\u00edtulo, com contribui\u00e7\u00e3o cient\u00edfica valiosa\u201d, contam os autores do livro, Sandra e Fernando.<\/p>\n\n\n\n

No pref\u00e1cio, Silvia Regina Grecco, secret\u00e1ria municipal da Pessoa com Defici\u00eancia de S\u00e3o Paulo e m\u00e3e do Nickollas, cego e autista, diz que todos os cap\u00edtulos trazem um olhar cuidadoso sobre a s\u00edndrome, do diagn\u00f3stico ao momento da descoberta, as especificidades das horas de alimenta\u00e7\u00e3o e de descanso e os desafios do desenvolvimento das crian\u00e7as com Cri du Chat, entre outros temas. \u201cUm encontro valioso de esclarecimentos, cient\u00edficos e pr\u00e1ticos, das caracter\u00edsticas e das dificuldades vivenciadas e observadas por cada um dos autores, com clareza e compet\u00eancia ineg\u00e1veis\u201d, apontou Grecco.<\/p>\n\n\n\n

O m\u00e9dico Mauricio Yoshida, que tamb\u00e9m colaborou com o pref\u00e1cio do livro, complementa que o mesmo tem a finalidade de afastar os \u201cmonstros\u201d que surgem e crescem em fun\u00e7\u00e3o da car\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es. \u201cO livro compartilha experi\u00eancias pessoais cotidianas, aborda as suas caracter\u00edsticas cl\u00ednicas de forma clara e acess\u00edvel, e oferece um \u201combro amigo\u201d para todos aqueles que se relacionam com o indiv\u00edduo portador da s\u00edndrome. Certamente, ser\u00e1 um importante ponto de apoio\u201d, diz Yoshida. <\/p>\n\n\n\n

Sobre a s\u00edndrome<\/h2>\n\n\n\n

Em 1963, o pediatra e geneticista franc\u00eas J\u00e9r\u00f4me Lejeune identificou a s\u00edndrome em crian\u00e7as que apresentavam um choro muito caracter\u00edstico no nascimento, bastante agudo e que lembrava muito o choro de um gatinho. Assim ficou conhecida a s\u00edndrome de Cri du Chat (\u201cmiado do gato\u201d, em franc\u00eas), que se d\u00e1 por conta de um desenvolvimento anormal da musculatura da laringe. <\/p>\n\n\n\n

A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como a s\u00edndrome 5p-, devido \u00e0 falta de um peda\u00e7o do cromossomo 5, mais precisamente o bra\u00e7o curto \u2013 chamado de \u201cp-\u201d deste cromossomo. Sua incid\u00eancia estimada \u00e9 de 1 a cada 50 mil indiv\u00edduos nascidos vivos. Apenas como compara\u00e7\u00e3o, a s\u00edndrome de Down acomete 1 a cada 700 nascidos vivos, enquanto o Transtorno do Espectro Autista \u00e9 observado em 1 a cada 54 nascidos vivos.
<\/p>\n\n\n\n

Servi\u00e7o:
Lan\u00e7amento da obra \u201cCri Du Chat \u2013 mais amor, realidade e esperan\u00e7a\u201d
Quando: domingo, 29\/05, das 17h \u00e0s 20h
Onde: Livraria Cultura -Conjunto Nacional -av. Paulista, 2073
A obra j\u00e1 est\u00e1 dispon\u00edvel em pr\u00e9-venda no site
www.sindromedecriduchat.com.br<\/a><\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/strong><\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"Menina<\/figure>
\n

Quando nasce uma crian\u00e7a com s\u00edndrome de Down: um guia para ajudar as fam\u00edlias<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Novo livro explica s\u00edndrome rara em linguagem acess\u00edvel","post_excerpt":"Especialistas produzem livro sobre a S\u00edndrome de Cri Du Chat, conhecida como \u201cmiado de gato\u201d; a obra pode servir de manual para pais de crian\u00e7as portadoras do quadro","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lancamento-de-livro-sobre-a-sindrome-de-cri-du-chat","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-27 14:31:14","post_modified_gmt":"2022-05-27 17:31:14","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=57016","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56782,"post_author":"55","post_date":"2022-05-24 11:52:31","post_date_gmt":"2022-05-24 14:52:31","post_content":"\n

A fissura labiopalatina \u00e9 um defeito cong\u00eanito, que ocorre na gesta\u00e7\u00e3o e resulta do desenvolvimento incompleto do l\u00e1bio e\/ou do palato no per\u00edodo de forma\u00e7\u00e3o do beb\u00ea. A condi\u00e7\u00e3o atinge 1 em cada 650 crian\u00e7as, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, e embora sua descoberta provoque ang\u00fastia a pais e familiares, esse \u00e9 um quadro que pode ser corrigido atrav\u00e9s de cirurgia, garantindo a sa\u00fade das crian\u00e7as. <\/mark><\/p>\n\n\n\n

Existem dois tipos de malforma\u00e7\u00e3o: a fissura labial e a fenda palatina, mas n\u00e3o s\u00e3o raros os casos de crian\u00e7as que t\u00eam os dois problemas juntos. A fissura labial se caracteriza por uma fenda no l\u00e1bio superior que pode se prolongar at\u00e9 a regi\u00e3o nasal. J\u00e1 a fenda palatina se caracteriza pelo aparecimento da falha no c\u00e9u da boca (palato) e a mesma se prolonga at\u00e9 a cavidade nasal. \"Elas podem ser unilaterais ou bilaterais, completas (quando atingem o l\u00e1bio e o palato) ou incompletas (quando atingem somente uma dessas estruturas)\u201d, explica a<\/a> pediatra e geneticista Patr\u00edcia Salmona<\/a>, presidente do Departamento de Gen\u00e9tica<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo. <\/p>\n\n\n\n

Fatores de risco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A causa das fissuras ainda n\u00e3o est\u00e1 totalmente esclarecida. Sabe-se que altera\u00e7\u00f5es g\u00eanicas e influ\u00eancias ambientais contribuem para o seu aparecimento. Entre os fatores de risco durante a gesta\u00e7\u00e3o est\u00e3o: ingest\u00e3o de \u00e1lcool, fumo, diabetes, obesidade, defici\u00eancias nutricionais, idade materna avan\u00e7ada, radia\u00e7\u00e3o, consumo de alguns tipos de medicamentos e hereditariedade. A condi\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m pode se associar a outras malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas, uma vez que se caracteriza por uma altera\u00e7\u00e3o de migra\u00e7\u00e3o tecidual durante a vida embrion\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na gesta\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a fissura, explica a cirurgi\u00e3 pedi\u00e1trica Dulce Maria Fonseca Soares Martins<\/a>, do Hospital Santa Marcelina<\/a>, em S\u00e3o Paulo. \u201cO diagn\u00f3stico pode ser feito mediante ultrassonografia, mas, ainda assim, o tratamento n\u00e3o \u00e9 realizado de maneira intrauterina, visto que a forma\u00e7\u00e3o varia em amplitude a cada caso, necessitando de protocolos e tratamentos distintos, com progn\u00f3sticos espec\u00edficos\", relata a cirurgi\u00e3.  Ela comenta que o tratamento \u00e9 feito por meio de cirurgia, de maneira humanizada e com equipe multiprofissional, com acompanhamento de cirurgi\u00e3o pl\u00e1stico, otorrinolaringologista, fonoaudi\u00f3logo e odont\u00f3logo. <\/p>\n\n\n\n

Tratamento<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso das fissuras labiais, a cirurgia \u00e9 realizada logo nos primeiros meses de vida e, no caso das fendas palatinas, antes dos dezoito meses. \"O ideal \u00e9 evitar que a opera\u00e7\u00e3o seja realizada precocemente, para que o crescimento do osso n\u00e3o seja afetado e tamb\u00e9m para que n\u00e3o ocorra preju\u00edzo \u00e0 linguagem verbal. Enquanto esperam pelo final da reconstitui\u00e7\u00e3o, as crian\u00e7as usam um aparelho ortod\u00f4ntico, que cobre a fenda palatina\", explica Patr\u00edcia Salmona. Ela afirma que quando o tratamento \u00e9 realizado de maneira adequada, o progn\u00f3stico \u00e9 muito positivo.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, quando n\u00e3o tratadas, ambas condi\u00e7\u00f5es podem trazer consequ\u00eancias expressivas \u00e0 vida do indiv\u00edduo: \u201cUma crian\u00e7a, ao nascer com a fenda, tem dificuldade com a pr\u00f3pria alimenta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que fica mais velha, a depender do grau da fissura, existe um problema psicossocial muito importante, porque a fenda representa uma perda da integridade facial consider\u00e1vel. Tamb\u00e9m pode ocorrer um s\u00e9rio problema na denti\u00e7\u00e3o. N\u00e3o \u00e9 somente um problema est\u00e9tico\u201d, alerta Larissa Sumodjo<\/a>, cirurgi\u00e3 pl\u00e1stica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl\u00e1stica<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"O ideal \u00e9 que o diagn\u00f3stico seja realizado ainda durante a gesta\u00e7\u00e3o, para que os pais estejam preparados, de maneira que j\u00e1 exista um movimento de serem informados acerca de como pode ocorrer a evolu\u00e7\u00e3o do caso e como pode ser tratado. Ainda assim, mesmo que diagnosticado depois do nascimento, o quadro pode ser tratado de maneira adequada\", completa Larissa. <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Crian\u00e7a com dente no c\u00e9u da boca: saiba qual a causa e como tratar<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malforma\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas","post_excerpt":"M\u00e9dicos ressaltam import\u00e2ncia do diagn\u00f3stico precoce para tratar as condi\u00e7\u00f5es, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimenta\u00e7\u00e3o","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"fissura-labiopalatina-quadro-comum-entre-recem-nascidos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:12:47","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:12:47","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56782","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56711,"post_author":"55","post_date":"2022-05-19 18:02:44","post_date_gmt":"2022-05-19 21:02:44","post_content":"\n

O frio intenso, como visto nos \u00faltimos dias em diversas cidades do pa\u00eds, tem acentuado alergias respirat\u00f3rias como asma e rinite nas crian\u00e7as. Nariz entupido, coriza, chiado no peito e tosse est\u00e3o entre sintomas que se agravaram neste per\u00edodo de baixas temperaturas nas regi\u00f5es sul, sudeste e centro-oeste brasileiro. Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS)<\/a>, cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o brasileira t\u00eam algum tipo de alergia. As respirat\u00f3rias s\u00e3o as principais; 25% destas pessoas sofrem com rinite al\u00e9rgica e 20%, asma al\u00e9rgica. Apesar de comuns entre os brasileiros, poucos sabem que elas podem se manifestar de diferentes formas. <\/p>\n\n\n\n

Segundo a American College of Allergy, Asthma and Immunology<\/a>, 70% das alergias aparecem antes dos 20 anos. Pensando nos diferentes tipos de alergias e na dificuldade em diferenci\u00e1-las, a Canguru News <\/strong>consultou especialistas, que esclarecem as principais d\u00favidas sobre as mais recorrentes: asma e rinite al\u00e9rgica. <\/p>\n\n\n\n

Asma<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser poss\u00edvel que a doen\u00e7a apare\u00e7a em qualquer idade, seu surgimento \u00e9 mais comum na inf\u00e2ncia, sendo que 30% a 80% dos portadores desenvolvem a asma at\u00e9 os 3 anos. Entre eles, de 50% a 65% manifestam os sintomas no primeiro ano de vida. \u201cA asma \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o pulmonar com base inflamat\u00f3ria, al\u00e9rgica ou n\u00e3o al\u00e9rgica. Na asma ocorre uma inflama\u00e7\u00e3o das vias respirat\u00f3rias inferiores que gera estreitamento dos br\u00f4nquios, chamado de broncoespasmo. Isto causa falta de ar, cansa\u00e7o e chiado no peito (chamado de sibil\u00e2ncia)\u201d, explica Maura Neves<\/a>, otorrinolaringologista da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C\u00e9rvico-Facial (ABORL-CCF). <\/a><\/p>\n\n\n\n

\"Acredita-se que v\u00e1rios fatores ambientais influenciam o desenvolvimento dessas doen\u00e7as respirat\u00f3rias em indiv\u00edduos geneticamente suscet\u00edveis. Os agentes que causam esse tipo de alergia s\u00e3o ant\u00edgenos inalantes em suspens\u00e3o no ar que penetram no organismo atrav\u00e9s das vias a\u00e9reas. Entre eles est\u00e3o: poeira, \u00e1caros, fungos, pelos de animais, e p\u00f3lens, sendo que a mesma sensibilidade do nariz pode se manifestar no pulm\u00e3o\", esclarece a especialista Brianna Nicolletti<\/a>. Causas n\u00e3o al\u00e9rgicas, como mudan\u00e7a clim\u00e1tica, exerc\u00edcios f\u00edsicos, baixas temperaturas, estresse e ansiedade tamb\u00e9m podem fazer com que os sintomas se manifestem. Quando as crises asm\u00e1ticas atingem n\u00edveis mais graves, as crian\u00e7as podem apresentar l\u00e1bios com colora\u00e7\u00e3o arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confus\u00e3o mental, sonol\u00eancia, pulsa\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e sudorese. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 importante ressaltar que a asma n\u00e3o deve ser tratada somente nas situa\u00e7\u00f5es de crise. O tratamento precisa ser cont\u00ednuo, mesmo que a crian\u00e7a n\u00e3o apresente sintomas. A pr\u00e1tica de alguns cuidados permitem que a crian\u00e7a asm\u00e1tica tenha a mesma qualidade de vida de indiv\u00edduos que n\u00e3o s\u00e3o portadores do quadro. \u201cNo caso da asma, utilizamos medica\u00e7\u00f5es inalat\u00f3rias, como broncodilatadores e corticoides. Os corticoides podem ser utilizados de maneira inalat\u00f3ria ou, em casos mais graves, de maneira oral. O mais importante \u00e9 o tratamento preventivo. O uso de medica\u00e7\u00e3o \u00e9 feito diariamente, em crian\u00e7as menores de 6 anos atrav\u00e9s de sprays e em crian\u00e7as acima dos 6 anos atrav\u00e9s de um pozinho. Vale ressaltar que esse tratamento \u00e9 extremamente eficiente\u201d, completa Alfonso Alvarez<\/a>, presidente do Departamento de Pneumologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0Os medicamentos devem sempre serem prescritos pelo m\u00e9dico da crian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Rinite al\u00e9rgica<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Assim como a asma, a rinite \u00e9 uma das principais condi\u00e7\u00f5es al\u00e9rgicas da inf\u00e2ncia. Ela \u00e9 caracterizada por um excesso de atividade do sistema imunol\u00f3gico, que come\u00e7a a reagir contra part\u00edculas inofensivas do dia a dia, como p\u00f3len, poeira e \u00e1caros. Com isso, inicia-se um processo inflamat\u00f3rio nocivo para o corpo do indiv\u00edduo. Ele \u00e9 caracterizado por um incha\u00e7o de uma estrutura dentro do nariz chamada de corneto nasal. Isso provoca uma obstru\u00e7\u00e3o do fluxo de ar bastante inc\u00f4moda, que se intensifica diante do contato com algum al\u00e9rgeno. <\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam<\/a> que 70% dos asm\u00e1ticos podem apresentar sintomas de rinite al\u00e9rgica, enquanto 30% a 50% dos pacientes com rinite desenvolvem os sintomas da asma. Entre seus principais ind\u00edcios est\u00e3o: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com frequ\u00eancia no nariz, garganta e olhos. \u201c\u00c9 bem comum que as pessoas portem essas duas doen\u00e7as. Nesse caso, a crian\u00e7a que tem asma e rinite tem que tratar as duas doen\u00e7as, de maneira separada\u201d, ressalta Alfonso. <\/p>\n\n\n\n

Assim como a asma, deve-se fazer um tratamento preventivo, observando aspectos como manter a casa sempre ventilada, sem cortinas e tapetes, e de prefer\u00eancia com os animais dom\u00e9sticos fora de ambientes onde as crian\u00e7as usualmente dormem e brincam. Evitar a vassoura na hora da limpeza, preferindo panos \u00famidos e\/ou aspiradores de p\u00f3 com filtro tamb\u00e9m \u00e9 importante para n\u00e3o espalhar a poeira. Caso o quadro se manifeste, o tratamento \u00e9 realizado atrav\u00e9s de corticoides intranasais, que s\u00e3o vendidos na forma de spray, e antial\u00e9rgicos orais, vendidos em comprimidos ou solu\u00e7\u00f5es com anti-histam\u00ednicos, que bloqueiam os efeitos causados pelas c\u00e9lulas de alergia. Segundo o m\u00e9dico, n\u00e3o s\u00e3o eficazes para a obstru\u00e7\u00e3o nasal, mas s\u00e3o os melhores para as queixas de coriza, coceira e espirros.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Crian\u00e7a<\/figure>
\n

Como prevenir doen\u00e7as respirat\u00f3rias em crian\u00e7as, que aumentam no outono<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respirat\u00f3rias em crian\u00e7as","post_excerpt":"Os quadros de alergia respirat\u00f3ria se manifestam desde a inf\u00e2ncia, causando grande desconforto entre as crian\u00e7as; Especialistas ressaltam a diferen\u00e7a entre os tipos de alergia e as possibilidades de tratamento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"asma-e-rinite-saiba-como-diferenciar-as-alergias-respiratorias-em-criancas","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-24 12:03:08","post_modified_gmt":"2022-05-24 15:03:08","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56711","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56642,"post_author":"55","post_date":"2022-05-18 18:02:24","post_date_gmt":"2022-05-18 21:02:24","post_content":"\n

\u00c9 entre os 6 e os 12 anos que, geralmente, a crian\u00e7a come\u00e7a a sofrer abuso sexual. E n\u00e3o se trata de uma \u00fanica vez - 69% dos casos s\u00e3o recorrentes, ou seja, o agressor - geralmente, algu\u00e9m da fam\u00edlia ou pr\u00f3ximo a ela - pratica o crime com regularidade, na sua casa ou na casa da v\u00edtima. Apesar de haver dados sobre o assunto, a maioria dos casos ainda s\u00e3o subnotificados. Estima-se que apenas 10% das ocorr\u00eancias de viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as sejam registradas - outras 90% sequer chegam ao conhecimento da sociedade. <\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, dentre as viola\u00e7\u00f5es de direitos a diversos segmentos sociais - como idosos, mulheres e pessoas com defici\u00eancia - as crian\u00e7as e os adolescentes s\u00e3o as principais v\u00edtimas: 55% das den\u00fancias em 2019 referiam-se ao p\u00fablico infantojuvenil, segundo dados divulgados nesta ter\u00e7a-feira (17) por uma pesquisa da ONG Vis\u00e3o Mundial, com base em relat\u00f3rio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100<\/a>. <\/p>\n\n\n\n

\"Esse problema n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa\", afirma Eva Dengler<\/a>, gerente de programas e rela\u00e7\u00f5es empresariais da Childhood Brasil<\/a>, organiza\u00e7\u00e3o que faz parte da World Childhood<\/em> Foundation, e atua em causas a favor de crian\u00e7as em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Eva explica que o abuso sexual n\u00e3o tem classe social, n\u00edvel de escolaridade nem localiza\u00e7\u00e3o, atingindo crian\u00e7as de diferentes condi\u00e7\u00f5es socioecon\u00f4micas. \"Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual\", diz, embora ela reconhe\u00e7a que quest\u00f5es de pobreza e desigualdade estejam entre os principais motivos relacionados a esses crimes. Al\u00e9m deles, situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia tamb\u00e9m pesam nesse contexto. Assim como o fato de que o abuso \u00e9 cometido geralmente pelo pai ou padrasto, e a m\u00e3e, mesmo ciente, se nega a denunciar o companheiro pelo receio de perder o v\u00ednculo ou por quest\u00f5es de depend\u00eancia econ\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n

Neste m\u00eas de campanha do Maio Laranja<\/a>, que busca jogar luz a esse problema t\u00e3o s\u00e9rio, a Canguru News<\/strong> conversou com Eva Dengler<\/a>. Leia abaixo a entrevista e ou\u00e7a em \u00e1udio trechos de algumas de suas respostas.  <\/p>\n\n\n\n

Qual o perfil e a idade das crian\u00e7as que sofrem abuso sexual? <\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes, tanto o abuso quanto a explora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o tem classe social, n\u00e3o tem n\u00edvel de escolaridade, tanto do agressor quanto da crian\u00e7a, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem localiza\u00e7\u00e3o, ou seja, acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano. Na verdade, crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual. Naturalmente, o abuso \u00e9 a viol\u00eancia mais comum, e a explora\u00e7\u00e3o sexual est\u00e1 sim relacionada a uma quest\u00e3o financeira, a uma quest\u00e3o de desigualdade social, ou at\u00e9 mesmo a quest\u00f5es de abandono. Mas vale ressaltar que, em  todas as classes sociais esse problema acontece.<\/p>\n\n\n\n

Os casos ocorrem principalmente entre fam\u00edlia?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

O abuso sexual intrafamiliar \u00e9 a viol\u00eancia sexual mais denunciada e a mais comum, principalmente praticada pelos pr\u00f3prios familiares, como pai, padrasto, tio e av\u00f4. Normalmente \u00e9 um homem praticando com uma menina. <\/p>\n\n\n\n

Esse n\u00e3o \u00e9 um problema novo, por\u00e9m, persiste. Por que \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil combat\u00ea-lo?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual \u00e9 um problema multicausal, ou seja, como ela n\u00e3o tem uma \u00fanica origem ou um \u00fanico motivo, esse \u00e9 o principal desafio do combate. Hoje n\u00f3s identificamos como principais fatores de risco as quest\u00f5es sociais, ligadas tanto \u00e0 quest\u00e3o da pobreza e da desigualdade social, quanto \u00e0s situa\u00e7\u00f5es de machismo, racismo e homofobia. As pessoas tendem a deixar essas quest\u00f5es em grande invisibilidade, por isso \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil enfrentar esse problema. Ele n\u00e3o \u00e9 visto e n\u00e3o \u00e9 falado. Quando n\u00e3o sabemos sobre ele, tamb\u00e9m n\u00e3o sabemos como agir e como identificar uma quest\u00e3o como essa.<\/p>\n\n\n\n

Muitas m\u00e3es resistem a acreditar que os(as) filhos(as) sofrem viol\u00eancia, quando estes resolvem denunciar o criminoso. Por qu\u00ea?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando existe uma revela\u00e7\u00e3o espont\u00e2nea do filho ou da filha, sobre uma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual, e ela \u00e9 contada para a m\u00e3e, \u00e9 muito comum que haja uma resist\u00eancia em avan\u00e7ar com a den\u00fancia sobre essa quest\u00e3o. Existem algumas raz\u00f5es vinculadas a isso. Uma delas \u00e9 o medo do agressor, at\u00e9 porque geralmente \u00e9 o marido dela, ent\u00e3o pode ser o pai da crian\u00e7a, ou o padrasto, ou at\u00e9 mesmo o av\u00f4 ou tio, sendo que as rela\u00e7\u00f5es mais dif\u00edceis s\u00e3o marido ou padrasto. O primeiro medo \u00e9 a perda do v\u00ednculo com o seu companheiro, a mulher adulta n\u00e3o quer perder esse v\u00ednculo afetivo, e muitas vezes existe uma grande depend\u00eancia econ\u00f4mica, o que a leva a n\u00e3o querer enfrentar a situa\u00e7\u00e3o. Por incr\u00edvel que pare\u00e7a, tamb\u00e9m existe a possibilidade dessa m\u00e3e acreditar que foi a pr\u00f3pria filha que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando j\u00e1 \u00e9 um segundo ou terceiro casamento. Existem essas d\u00favidas constantes que justificam muitas vezes a n\u00e3o den\u00fancia e o n\u00e3o enfrentamento e dificultam romper esse ciclo de viol\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n

 O que pode ser feito para reduzir os casos de viol\u00eancia sexual?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

No caso do Brasil, n\u00f3s acreditamos que a redu\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes depende da preven\u00e7\u00e3o. A preven\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos aspectos mais complexos desse fen\u00f4meno, porque atualmente a nossa sociedade \u00e9 conservadora e n\u00e3o aceita muito bem a educa\u00e7\u00e3o sexual nas escolas. Pensando nisso, temos sugerido uma nova metodologia que desenvolve habilidades e condi\u00e7\u00f5es nas crian\u00e7as, para que elas estejam preparadas para enfrentar essa situa\u00e7\u00e3o. Isso vem atrav\u00e9s da autoprote\u00e7\u00e3o, de forma que desde pequenas as crian\u00e7as s\u00e3o ensinadas sobre os riscos que elas correm em determinadas situa\u00e7\u00f5es, explicando n\u00e3o de um ponto de vista sexual, mas de um ponto de vista com a autoprote\u00e7\u00e3o, com cuidados relacionados ao pr\u00f3prio corpo e a pessoas que elas n\u00e3o conhecem. Principalmente, ensinamos que elas n\u00e3o precisam se sujeitar a determina\u00e7\u00e3o de nenhum adulto que elas n\u00e3o conhecem, ou at\u00e9 mesmo, de um adulto que elas entendam que seja de confian\u00e7a, mas que exige delas um segredo. Devemos ensinar, desde pequenas, atitudes auto protetivas.<\/p>\n\n\n\n

O que outros pa\u00edses conseguiram fazer com \u00eaxito sobre o assunto?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Apesar de ser um problema global, percebemos que em pa\u00edses de primeiro mundo, principalmente na Europa, as pessoas s\u00e3o mais esclarecidas sobre esses assuntos. As pessoas conversam mais abertamente com seus filhos sobre quest\u00f5es de auto prote\u00e7\u00e3o e at\u00e9 mesmo sobre a vida sexual, desde muito pequenos. Isso faz com que, naturalmente, essas crian\u00e7as cres\u00e7am com mais capacidade de reagir diante de situa\u00e7\u00f5es e amea\u00e7as em que s\u00e3o colocadas. <\/p>\n\n\n\n

O quanto e de que forma a viol\u00eancia sofrida impacta o futuro dessas crian\u00e7as?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

A viol\u00eancia sexual contra crian\u00e7as e adolescentes gera na crian\u00e7a um trauma muito grande, porque ela afeta tanto o desenvolvimento f\u00edsico quanto o desenvolvimento emocional e psicol\u00f3gico dessa crian\u00e7a. Uma situa\u00e7\u00e3o praticada em uma idade e em um momento da vida em que ela n\u00e3o est\u00e1 preparada pra isso, e o impacto emocional quando essa viol\u00eancia \u00e9 gerada por algu\u00e9m com quem essa crian\u00e7a tem uma rela\u00e7\u00e3o afetiva muito grande, principalmente algu\u00e9m muito pr\u00f3ximo da fam\u00edlia, como pai, padrasto, av\u00f4 e tio, gera um trauma ainda maior. Gera um sentimento de culpa muito grande, de maneira que essa crian\u00e7a ou adolescente passa anos carregando uma culpa, achando que foi ela que provocou essa situa\u00e7\u00e3o, quando n\u00e3o h\u00e1 uma devida responsabiliza\u00e7\u00e3o desse agressor. Por isso \u00e9 t\u00e3o importante n\u00e3o aceitar que nenhuma situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia contra crian\u00e7as ou adolescentes fique sem solu\u00e7\u00e3o, sem den\u00fancia, solu\u00e7\u00e3o e encaminhamento. N\u00e3o podemos deixar que essa crian\u00e7a fique sem um cuidado posterior, do ponto de vista emocional e psicol\u00f3gico. Os traumas s\u00e3o muito grandes e podem afetar toda vida adulta dessa pessoa.<\/p>\n\n\n\n

<\/audio><\/figure>\n\n\n\n
\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/p>\n\n\n\n

\"Menino<\/figure>
\n

Viol\u00eancia dom\u00e9stica: pais devem ficar atentos aos sinais que a crian\u00e7a d\u00e1<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"'Crian\u00e7as e adolescentes de qualquer idade e de qualquer fam\u00edlia podem ser v\u00edtimas de viol\u00eancia sexual'","post_excerpt":"Em entrevista \u00e0 Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a pr\u00e1tica desse crime e os desafios para combat\u00ea-lo no pa\u00eds \n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"violencia-sexual-e-abuso-contra-criancas-e-adolescentes","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-23 16:38:33","post_modified_gmt":"2022-05-23 19:38:33","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56642","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56359,"post_author":"55","post_date":"2022-05-14 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-14 13:00:00","post_content":"\n

A maioria das escolas brasileiras ainda n\u00e3o possui profissionais devidamente instru\u00eddos sobre os cuidados especiais demandados por estudantes com algum tipo de defici\u00eancia. Mas ainda que a realidade seja muito distante do ideal, profissionais da \u00e1rea da educa\u00e7\u00e3o reconhecem a import\u00e2ncia do acolhimento desses alunos em classes regulares, gerando um benef\u00edcio coletivo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo do<\/a> Instituto Rodrigo Mendes<\/a>, realizado pelo Datafolha<\/a>, contou com a participa\u00e7\u00e3o de 967 professores de todas as regi\u00f5es do pa\u00eds e corroborou a tese da educa\u00e7\u00e3o inclusiva. Cerca de 70% dos profissionais relataram enxergar a escolariza\u00e7\u00e3o de crian\u00e7as com algum tipo de defici\u00eancia em turmas regulares como ben\u00e9fica para todos os estudantes. Os docentes que responderam \u00e0 pesquisa lecionam em institui\u00e7\u00f5es de ensino p\u00fablicas, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino M\u00e9dio. As entrevistas foram realizadas por telefone, entre 9 de novembro e 1 de dezembro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Entre os docentes que relatam enxergar benef\u00edcios, 76% lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 66% no Ensino Fundamental II e 72% no Ensino M\u00e9dio.  Para 12% dos entrevistados, a inclus\u00e3o prejudica os alunos sem defici\u00eancia, sendo que 11% lecionam no Ensino Fundamental I, 14% nos \u00faltimos anos do Ensino Fundamental e 9% no Ensino M\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n

Quando questionados se conhecem os direitos dos estudantes com defici\u00eancia, 95% responderam que sim, considerando o total da amostra. Entre os principais direitos garantidos aos alunos com necessidades especiais na Constitui\u00e7\u00e3o est\u00e3o: direito \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, condi\u00e7\u00f5es de igualdade, adapta\u00e7\u00e3o, ensino em Braille e Libras, profissionais de apoio escolar e inclus\u00e3o ampla com a participa\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n

Ainda que a pesquisa jogue luz sobre a import\u00e2ncia de uma metodologia de ensino mais inclusiva, a maioria das escolas n\u00e3o conta com um n\u00famero ideal de profissionais de apoio. Segundo a Secretaria Municipal de Educa\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo<\/a> (SME), as institui\u00e7\u00f5es de ensino administradas pela Prefeitura de S\u00e3o Paulo recebem cerca de 18,2 mil alunos com defici\u00eancia, e contam com uma rede de apoio de 4.000 funcion\u00e1rios para atend\u00ea-los.<\/p>\n\n\n\n

Em teoria, de acordo com os n\u00fameros, cada funcion\u00e1rio \u00e9 respons\u00e1vel pelo aux\u00edlio e acompanhamento de 5 estudantes. Na pr\u00e1tica, a rela\u00e7\u00e3o pode ser ainda mais desigual. O contingente de alunos est\u00e1 espalhado por diferentes turmas e per\u00edodos, o que pode aumentar a necessidade de auxiliares.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa do Instituto Rodrigo Mendes, apesar de apontar positivamente para a rela\u00e7\u00e3o dos professores com a educa\u00e7\u00e3o desses alunos, destaca um n\u00famero preocupante: 40% dos professores entrevistados afirmam nunca terem praticado m\u00e9todos de inclus\u00e3o. Entre eles, 31% lecionam no Ensino Fundamental I, 36% no Ensino Fundamental II e 50% no Ensino M\u00e9dio. \u00a0Neste mesmo recorte, os docentes do Nordeste (49%) e do Norte (41%) s\u00e3o a maioria; na regi\u00e3o Sudeste s\u00e3o 40%. As regi\u00f5es Sul e Centro-Oeste s\u00e3o as que apresentam a menor quantidade de professores que nunca praticaram a inclus\u00e3o em sala de aula, com 28%.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o dos dados da pesquisa, Luiza Corr\u00eaa, coordenadora de advocacy do IRM, declarou que ainda h\u00e1 muito o que se avan\u00e7ar na qualidade da inclus\u00e3o nas escolas brasileiras. A coordena\u00e7\u00e3o do IRM disse considerar um avan\u00e7o a cren\u00e7a dos professores no sistema inclusivo.<\/p>\n\n\n\n

<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Alunos<\/figure>
\n

Novo Ensino M\u00e9dio tenta responder a mudan\u00e7as do mundo, mas implementa\u00e7\u00e3o \u00e9 incerta<\/a><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Maioria dos professores concorda que educa\u00e7\u00e3o inclusiva \u00e9 ben\u00e9fica a todos","post_excerpt":"Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benef\u00edcios para crian\u00e7as com e sem defici\u00eancia; Ainda que isso seja o ideal, as escolas brasileiras ainda se encontram pouco preparadas\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"maioria-dos-professores-concorda-que-educacao-inclusiva-e-benefica-a-todos","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-13 17:08:59","post_modified_gmt":"2022-05-13 20:08:59","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56359","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":56313,"post_author":"55","post_date":"2022-05-12 16:01:35","post_date_gmt":"2022-05-12 19:01:35","post_content":"\n

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia<\/a> apontam que a vis\u00e3o das crian\u00e7as tem exigido o uso de m\u00e9todos de corre\u00e7\u00e3o cada vez mais cedo. Segundo o \u00f3rg\u00e3o, na \u00faltima d\u00e9cada o \u00edndice de crian\u00e7as entre 6 e 9 anos de idade que apresentaram problemas de vis\u00e3o passou de 10% para 20%. Pensando nisso, surge o questionamento, que tal o uso de lentes de contato durante a inf\u00e2ncia?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as lentes sejam populares entre os adultos, principalmente por proporcionarem, para muita gente, liberdade e praticidade no dia a dia, grande parte dos pais ainda tem receios sobre a seguran\u00e7a de seu uso em crian\u00e7as. Por demandarem higieniza\u00e7\u00e3o e cuidados espec\u00edficos, as lentes de contato acabam sendo esquecidas durante a inf\u00e2ncia, ainda que possam proporcionar benef\u00edcios. <\/p>\n\n\n\n

A partir de que idade o uso \u00e9 recomendado?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Segundo especialistas, as lentes de contato podem ser utilizadas a partir dos 11 anos de idade, com foco na corre\u00e7\u00e3o da miopia, caracterizada pela dificuldade em enxergar de longe, e da hipermetropia, quando existe dificuldade em enxergar de perto. O recomendado \u00e9 que o uso seja realizado de maneira espor\u00e1dica, principalmente durante a pr\u00e1tica de esportes e eventos sociais. <\/p>\n\n\n\n

\u201cH\u00e1 situa\u00e7\u00f5es especiais que podem fazer com que a crian\u00e7a use lentes de contato mais cedo, como por exemplo o controle de miopia. Existem estudos mostrando que crian\u00e7as j\u00e1 conseguem colocar e tirar as lentes de contato sozinhas. De qualquer forma, sempre oriento que a responsabilidade de verificar o uso correto e higiene seja dos pais e n\u00e3o das crian\u00e7as\u201d, explica o oftalmologista Hallim Feres<\/a>, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. <\/p>\n\n\n\n

O uso das lentes na inf\u00e2ncia\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Durante a inf\u00e2ncia, por quest\u00f5es higi\u00eanicas, as lentes descart\u00e1veis de uso di\u00e1rio s\u00e3o as mais utilizadas. \u201cSempre recomendo as lentes de descarte di\u00e1rio em vez das lentes de troca programada. Nessa fase, \u00e9 importante ter sempre uma lente nova nos olhos para evitar ainda mais os riscos\u201d, relata Hallim.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

As crian\u00e7as devem ser instru\u00eddas com bastante cuidado acerca dos procedimentos necess\u00e1rios para a manuten\u00e7\u00e3o de uso. Entre os principais cuidados est\u00e3o: n\u00e3o dormir com as lentes, evitar co\u00e7ar os olhos, manter constante lubrifica\u00e7\u00e3o durante o uso e realizar todos os passos de aplica\u00e7\u00e3o com as m\u00e3os lavadas. \u201cAl\u00e9m dos cuidados na aplica\u00e7\u00e3o, \u00e9 importante que as lentes sejam lavadas com solu\u00e7\u00e3o antiss\u00e9ptica pr\u00f3pria e guardadas em um estojo limpo, que contenha essa mesma solu\u00e7\u00e3o\u201d, afirma a oftalmologista pedi\u00e1trica M\u00e1rcia Keiko Tabuse<\/a>, presidente do Departamento de Oftalmologia<\/a> da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O oftalmologista refor\u00e7a a import\u00e2ncia do cuidado e aten\u00e7\u00e3o constante dos pais: <\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos os passos de lavar as m\u00e3os, colocar e tirar as lentes devem ser acompanhados pelos pais, que precisam entender a responsabilidade de conferir se a crian\u00e7a tirou as lentes antes de dormir, por exemplo. Nunca os pais devem transferir essa responsabilidade para os filhos\", ensina M\u00e1rcia Tabuse.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, a oftalmologista sustenta que \u00e9 importante que \"os \u00f3culos estejam sempre atualizados e dispon\u00edveis para qualquer eventualidade, e nunca colocar lentes de contato com alguma irrita\u00e7\u00e3o, dor ou vermelhid\u00e3o nos olhos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Quais as contraindica\u00e7\u00f5es?<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Quando os pais n\u00e3o podem realizar esse acompanhamento cuidadoso e detalhado com seus filhos, monitorando regularmente tanto a higieniza\u00e7\u00e3o na aplica\u00e7\u00e3o das lentes, o uso n\u00e3o \u00e9 recomendado. \u201cA lente \u00e9 aplicada dentro do olho e tem que ser manipulada, colocada e tirada todos os dias, o que aumenta muito o risco de infec\u00e7\u00e3o e trauma sobre a c\u00f3rnea. Al\u00e9m disso, a lente reduz o aporte de oxig\u00eanio que chega direto do ar para a c\u00f3rnea e por isso existe um tempo limite de uso\u201d, esclarece M\u00e1rcia Keiko Tabuse.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por se tratar de uma regi\u00e3o sens\u00edvel, o uso \u00e9 contraindicado quando a crian\u00e7a tem dificuldade na adapta\u00e7\u00e3o, mesmo ap\u00f3s testar diversas marcas e op\u00e7\u00f5es. Lentes com mau encaixe, al\u00e9m de trazerem desconforto, podem provocar preju\u00edzo \u00e0 vis\u00e3o, ocasionando poss\u00edveis inflama\u00e7\u00f5es e infec\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Benef\u00edcios do uso\u00a0<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Entre os maiores benef\u00edcios do uso durante a inf\u00e2ncia est\u00e3o principalmente a maior autonomia e liberdade das crian\u00e7as, que podem se sentir mais \u00e0 vontade durante a pr\u00e1tica de esportes, passeios e eventos sociais. Muitas crian\u00e7as se sentem visualmente desconfort\u00e1veis ao utilizarem \u00f3culos, e o uso das lentes pode auxiliar na autoestima.<\/p>\n\n\n\n

\"Uma crian\u00e7a que precisa tirar os \u00f3culos para jogar futebol (ou que passa o jogo mais preocupada com os \u00f3culos do que com a bola) n\u00e3o vai performar adequadamente. Poder enxergar bem enquanto pratica seu esporte favorito faz toda a diferen\u00e7a na performance, e consequentemente na confian\u00e7a e autoestima\", explica Hallim Feres.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Segundo o oftalmologista, pode ser que a crian\u00e7a, socialmente, tamb\u00e9m prefira usar lentes de contato em vez de \u00f3culos: \"Nesse caso, claro que as lentes tamb\u00e9m ajudam\". \"Mas, \u00e9 importante ajudar a crian\u00e7a ou adolescente a entender que o valor dela \u00e9 muito maior do que essa percep\u00e7\u00e3o (errada) de ela ser mais f\u00e1cil de ser aceita de um jeito ou de outro\u201d, enfatiza o m\u00e9dico.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEu comecei a utilizar lentes de contato bem nova, quando tinha 12 anos. Fiz isso porque j\u00e1 estava naquela idade em que comecei a frequentar festinhas, adorava me maquiar, e os \u00f3culos me atrapalhavam. Por um lado foi muito bom, me trouxe uma autonomia social e me senti bem esteticamente, mas, por outro lado, acabou ressecando bastante meus olhos, o que me incomodou muito\u201d, revela Maria Edhuarda Castro, estudante de jornalismo.\u00a0<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Miopia<\/figure>
\n

Casos de miopia crescem at\u00e9 3 vezes entre crian\u00e7as na pandemia, diz estudo<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Lentes de contato na inf\u00e2ncia: saiba pr\u00f3s e contras","post_excerpt":"\nO n\u00famero de crian\u00e7as com problemas de vis\u00e3o \u00e9 cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso, a Canguru convidou especialistas para explicarem sobre os benef\u00edcios do uso das lentes de contato na inf\u00e2ncia, as contraindica\u00e7\u00f5es e os cuidados necess\u00e1rios\n\n\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"lentes-de-contato-na-infancia-saiba-pros-e-contras","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2022-05-12 16:01:39","post_modified_gmt":"2022-05-12 19:01:39","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=56313","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"},{"ID":55994,"post_author":"55","post_date":"2022-05-11 10:00:00","post_date_gmt":"2022-05-11 13:00:00","post_content":"\n

Cerca de dois milh\u00f5es de beb\u00eas nascem mortos anualmente no mundo, aponta levantamento <\/a>da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU)<\/a>. Esse n\u00famero representa um natimorto a cada 16 segundos, sendo que a maior parte dos casos ocorre entre 8 e 12 semanas. Ainda que os dados sejam expressivos, o luto neonatal, decorrente da morte de um beb\u00ea antes de seu nascimento ou logo ap\u00f3s o parto, \u00e9 um dos mais complexos e de menor valida\u00e7\u00e3o social, cercado de tabus. <\/p>\n\n\n\n

\u201cTrata-se de um processo que apresenta uma caracter\u00edstica diferente de outros tipos de luto porque implica em lidar com o projeto de um filho que n\u00e3o se concretizou. Os pais podem sentir sua dor deslegitimada ou desvalorizada diante daqueles que, porventura, possam buscar minimizar o sofrimento deles com palavras que supostamente seriam de incentivo, como \u201clogo voc\u00eas engravidam de novo\u201d. Essas palavras podem, na verdade, ser recebidas como menosprezo e desautoriza\u00e7\u00e3o da dor\u201d, explica o p<\/a>sicanalista Ronaldo Coelho<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A dor da perda<\/h2>\n\n\n\n

A dor gerada pela perda de um filho, quando pouco acolhida pelos mais pr\u00f3ximos, pode transformar-se em luto n\u00e3o reconhecido. A falta de espa\u00e7os em sociedade para vivenciar esse momento faz com que os pais se sintam desamparados diante do sofrimento, acompanhado de invalida\u00e7\u00e3o. A incompreens\u00e3o do sentimento de perda ocorre porque o falecimento de um neonato n\u00e3o \u00e9 tratado da mesma forma que o de um filho adulto. Pela falta de lembran\u00e7as, mem\u00f3rias e recorda\u00e7\u00f5es do beb\u00ea, sua exist\u00eancia tende a ser descaracterizada. <\/p>\n\n\n\n

\"Demorei muito tempo para finalmente me permitir sofrer\", afirma Aparecida Silva, empregada dom\u00e9stica. Segundo Aparecida, o luto neonatal \u00e9 uma das piores dores que podem ser enfrentadas por uma m\u00e3e. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito doloroso. No meu caso, aguardei 9 meses para finalmente poder conhecer meu filho, mas ele nasceu morto. Um momento que se aguarda vida e felicidade, acabou me trazendo muita tristeza. O processo de aceita\u00e7\u00e3o e reconhecimento da minha dor foi bem doloroso. S\u00f3 tentei ter filhos novamente depois de alguns anos\", conta Aparecida Silva.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

O apoio familiar \u00e9 uma ferramenta muito importante de apoio, esclarece Renata Condes<\/a>, psic\u00f3loga, membro do N\u00facleo de Estudo de Sa\u00fade Mental <\/a>da Sociedade de Pediatria de S\u00e3o Paulo<\/a>. \u201cO amparo da fam\u00edlia e dos amigos mais pr\u00f3ximos \u00e9, na maioria das vezes, o caminho mais eficiente no aux\u00edlio de pais que est\u00e3o passando pelo processo de luto. Alguns pais podem se beneficiar de acompanhamento psicol\u00f3gico, e em casos mais extremos, de acompanhamento psiqui\u00e1trico. \u00c9 importante entender que esses pais, na maioria das vezes, procuram um especialista por conta da falta de resson\u00e2ncia e amparo em seus grupos sociais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Luto negligenciado<\/h2>\n\n\n\n

Quando negligenciada, a dor tende a ser extremamente prejudicial para a sa\u00fade mental, acompanhada de culpa e sentimento de fracasso. A m\u00e3e passa a se sentir respons\u00e1vel e tenta buscar justificativas sem fundamento para o ocorrido. N\u00e3o reprimir a dor \u00e9 uma das principais ferramentas para elabora\u00e7\u00e3o de um luto saud\u00e1vel. Esconder os sentimentos ou retornar \u00e0s atividades cotidianas antes do momento apropriado pode contribuir para o desenvolvimento de um luto atrasado ou complicado. <\/p>\n\n\n\n

\"\u00c9 muito comum que os pais tenham sentimento de culpa\u201d, relata Ronaldo Coelho. \u201cUma crian\u00e7a pequena, e ainda mais um beb\u00ea, n\u00e3o sobrevive sem a presen\u00e7a, cuidados e prote\u00e7\u00e3o de adultos. As fun\u00e7\u00f5es paternas e maternas s\u00e3o o que garantem a vida do feto e do beb\u00ea. Numa situa\u00e7\u00e3o de aborto espont\u00e2neo \u00e9 comum a mulher se perguntar o que ela deveria ter feito de diferente, ficar repassando o que pode ter feito de errado que levou ao ocorrido. Essa condi\u00e7\u00e3o faz com que a dor, a culpa e uma sensa\u00e7\u00e3o de que o sofrimento n\u00e3o deveria estar ali possam se confundir e gerar pensamentos e sentimentos ambivalentes, confusos e desorganizados. \u00c9 poss\u00edvel tamb\u00e9m que os pais se sintam desamparados, incompreendidos e desajustados. Tudo isso s\u00f3 dificulta o processo de luto\u201d, acrescenta o psicanalista.<\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong><\/p>\n\n\n\n

\"Luto<\/figure>
\n

Luto infantil: estamos preparados?<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n\n\n\n

O luto paterno<\/h2>\n\n\n\n

O luto gestacional, por estar associado na maior parte do tempo \u00e0s mulheres, tende a se manifestar de maneira diferente nos homens, que frequentemente t\u00eam seu sofrimento invalidado. No luto paterno existe o preconceito enraizado ao manifestar emo\u00e7\u00f5es como choro e tristeza, associado a coment\u00e1rios como \u201cvoc\u00ea precisa dar for\u00e7as \u00e0 sua esposa\u201d ou \u201ccomo a sua parceira encarou a perda?\u201d. Dessa maneira, os pais adotam atitudes mais racionais ao lidar com a morte do filho, atravessando o luto sozinhos, enquanto buscam proporcionar suporte \u00e0s suas parceiras. <\/p>\n\n\n\n

\u201cOs pais acabam sendo colocados em segundo plano porque muita aten\u00e7\u00e3o \u00e9 direcionada \u00e0s m\u00e3es, devido ao v\u00ednculo materno, que \u00e9 super forte. Precisamos entender que os pais tamb\u00e9m vivem uma perda muito importante, ainda que existam diferen\u00e7as, pois o luto \u00e9 totalmente individual, mesmo que tenham perdido a mesma pessoa. H\u00e1 um sofrimento importante nesse pai, que quando esquecido, adiciona um sofrimento a mais. Todas as aten\u00e7\u00f5es se concentram na m\u00e3e e o pai conta com pouco suporte\u201d, completa Renata Condes.<\/p>\n\n\n\n

Vida conjugal afetada<\/h2>\n\n\n\n

O sentimento de perda, al\u00e9m de afetar diretamente a sa\u00fade emocional de cada indiv\u00edduo, tamb\u00e9m pode desgastar a vida conjugal. Isso acontece porque cada parte manifesta os sentimentos de maneiras distintas, seja atrav\u00e9s da express\u00e3o constante da dor e ang\u00fastia, ou atrav\u00e9s do des\u00e2nimo, falta de paci\u00eancia e falta de comunica\u00e7\u00e3o. Os comportamentos podem provocar desentendimentos e distanciamentos, ocasionando, em casos mais complexos, a separa\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

Segundo Renata Condes, o luto neonatal vai muito al\u00e9m da perda de uma vida: <\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos entender que quando um pai ou uma m\u00e3e perdem um filho, eles n\u00e3o perdem somente esse filho. Eles perdem tamb\u00e9m a fun\u00e7\u00e3o de se sentirem pais\/m\u00e3es. Muitos relatam a sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o entenderem mais qual sua fun\u00e7\u00e3o na vida, na medida em que aquele filho n\u00e3o existe mais\u201d.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Assist\u00eancia ao luto neonatal<\/h2>\n\n\n\n

A maioria das pessoas ainda n\u00e3o sabe como lidar com esse tipo de luto, e a busca por um atendimento humanizado geralmente \u00e9 deixada de lado. A assist\u00eancia adequada de profissionais de sa\u00fade \u00e9 crucial para os pais encararem e elaborarem melhor a situa\u00e7\u00e3o. O luto pode ser vivido de maneira mais expressiva, com transbordamento de emo\u00e7\u00f5es e manifesta\u00e7\u00f5es, ou de maneira silenciosa, o que, na maioria das vezes, \u00e9 mais preocupante. <\/p>\n\n\n\n

\u201cO interesse por tudo, inclusive pela vida, tende a diminuir neste in\u00edcio. Com o tempo \u00e9 esperado que a dor v\u00e1 diminuindo e o interesse pelas coisas e pela vida, v\u00e1 aumentando. Caso aconte\u00e7a o contr\u00e1rio, estamos diante de um luto complicado. Nestas situa\u00e7\u00f5es, onde a dor s\u00f3 aumenta com o tempo, \u00e9 importante considerar a busca por psicoterapia. Um tratamento medicamentoso pode ser indicado como apoio e a medica\u00e7\u00e3o pode variar caso a caso, sendo definida por um especialista. Sabemos que a qualidade da rela\u00e7\u00e3o terap\u00eautica \u00e9 um diferencial importante para o sucesso do tratamento. Quanto maior for o sentimento do paciente de estar sendo cuidado e compreendido, maior \u00e9 a chance de efic\u00e1cia de todo tratamento psicoter\u00e1pico e medicamentoso\u201d, finaliza Ronaldo Coelho.  <\/p>\n\n\n\n


\n\n\n\n

LEIA TAMB\u00c9M<\/mark><\/strong>:<\/mark><\/p>\n\n\n\n

\"O<\/figure>
\n

O luto, o medo e a culpa: \u00e9 preciso ouvir as crian\u00e7as<\/a><\/mark><\/strong><\/h4>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
\n","post_title":"Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais","post_excerpt":"O luto neonatal pode se manifestar atrav\u00e9s do sil\u00eancio, incompreens\u00e3o e culpabilidade, podendo se transformar em dor n\u00e3o reconhecida; Especialistas explicam sobre a import\u00e2ncia do apoio familiar e reconhecimento do sofrimento\n","post_status":"publish","comment_status":"open","ping_status":"closed","post_password":"","post_name":"o-luto-neonatal","to_ping":"","pinged":"","post_modified":"2025-11-14 15:30:40","post_modified_gmt":"2025-11-14 18:30:40","post_content_filtered":"","post_parent":0,"guid":"https:\/\/cangurunews.com.br\/?p=55994","menu_order":0,"post_type":"post","post_mime_type":"","comment_count":"0","filter":"raw"}],"next":false,"prev":true,"total_page":4},"paged":1,"column_class":"jeg_col_2o3","class":"epic_block_3"};

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

Avatar de Maria Clara Villela

Maria Clara Villela

Maria Clara Villela é estudante de jornalismo na faculdade Cásper Líbero. Fascinada por escrita, já desenvolveu textos em diversas editorias, incluindo esporte, parentalidade e política, suas maiores paixões.

A imagem representa pé de uma criança, durante a realização do teste do pezinho

Entra em vigor lei que amplia o teste do pezinho na rede pública de saúde

A ampliação do exame permite rastrear cerca de 50 doenças raras, mas sua execução ainda é um desafio para diversos...

Duas crianças, lado a lado, expressando diferentes sentimentos

Transtorno borderline pode ter origem na infância: saiba mais sobre seus sintomas

A psicoterapia e instrução dos pais acerca de como lidar com o comportamento de seus filhos são essenciais para um...

Duas crianças em uma sala de aula, em distanciamento, utilizando máscaras. A criança ao fundo está sendo auxiliada pela professora, enquanto faz lição

Crianças devem voltar a usar máscara na escola?

Aumento de casos de Covid-19 preocupa órgãos públicos, que voltam a recomendar o uso da proteção em locais fechados. Escolas...

Novo livro explica síndrome rara em linguagem acessível

Especialistas produzem livro sobre a Síndrome de Cri Du Chat, conhecida como “miado de gato”; a obra pode servir de...

Nariz e boca de uma criança, que passou pela cirurgia de fissura labial

Fissura labial e fenda palatina: saiba mais sobre essas malformações congênitas

Médicos ressaltam importância do diagnóstico precoce para tratar as condições, que podem provocar atraso na fala e dificuldade na alimentação

Asma e rinite: saiba como diferenciar as alergias respiratórias em crianças

Os quadros de alergia respiratória se manifestam desde a infância, causando grande desconforto entre as crianças; Especialistas ressaltam a diferença...

Menina em pé, com mãos apertando seus ombros

‘Crianças e adolescentes de qualquer idade e de qualquer família podem ser vítimas de violência sexual’

Em entrevista à Canguru News, Eva Dengler, da ONG Childhood Brasil, fala sobre os motivos que favorecem a prática desse...

Crianças com síndrome de down sorrindo, sentadas a mesa e estudando com seus amigos

Maioria dos professores concorda que educação inclusiva é benéfica a todos

Estudo aponta que, segundo professores, um estudo inclusivo traz benefícios para crianças com e sem deficiência; Ainda que isso seja...

Menina com expressão de indagação, segurando um óculos e um estojo de lentes de contato

Lentes de contato na infância: saiba prós e contras

O número de crianças com problemas de visão é cada vez maior, principalmente pelo uso excessivo de telas; Pensando nisso,...

Mulher deitada com joelhos encolhidos e cara triste

Luto neonatal, dor pouco reconhecida e permeada pela culpa dos pais

O luto neonatal pode se manifestar através do silêncio, incompreensão e culpabilidade, podendo se transformar em dor não reconhecida; Especialistas...

Página 4 de 10 Anterior 1 … 3 4 5 … 10 Próximo

Mais Lidas

Por que essas 3 séries de livros estão fazendo crianças e adolescentes largarem as telas

Que cor vestir na virada?
Foto: Freepik

O que vestir na virada? O significado das cores para começar o ano com boas energias

6 dicas espertas para fazer aquela organização de fim de ano no quarto das crianças

Canguru News - © 2024 - 2025 - Todos Direitos Reservados

ZionLab - Agência de E-Commerce - Marketing Digital

  • MENU
  • AJUDA
  • Gravidez & Parto
  • Mães
  • Crianças
  • Adolescentes
  • Viver Bem
  • Guia de Compras
  • Gravidez & Parto
  • Mães
  • Crianças
  • Adolescentes
  • Viver Bem
  • Guia de Compras
  • Entrar / Cadastre-se
Carrinho
Fechar
Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade.
Aceitar
Home
0 Lista de Desejos
0 items Carrinho
Minha Conta