Domingo à noite e seu filho sofre um acidente doméstico, precisando de pontos cirúrgicos. Ou então apresenta vômitos que não cessam com a medicação orientada pelo pediatra. Uma febre insistente que já passa do terceiro dia comprometendo o estado geral da criança ou até mesmo uma alergia alimentar com placas de urticária que se espalham por todo corpo. São inúmeras as situações em que o atendimento médico necessita ser de urgência, não podendo esperar uma consulta de rotina ou um encaixe com o pediatra da criança.
Quando há necessidade de internação, não é incomum presenciarmos o desolamento dos acompanhantes. A internação de qualquer ente querido, mas especialmente de uma criança, tem a capacidade de ser devastadora para a família.
Não queremos ver nossos filhos sofrendo, mas ali, naquele momento, é necessária a agulha do acesso venoso, dos exames, da sutura, da coleta de líquor, sonda para a urina. O sofrimento é necessário para que o melhor tratamento seja iniciado o mais rápido possível e, na maior parte das vezes, é em meio a lágrimas e suor que tudo se desenrola e aos poucos começa a fase de recuperação.
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Enquanto isso, o mundo lá fora segue seu ritmo mesmo com a mudança de rotina que o hospital impõe: dispensa do trabalho, revezamento de acompanhantes, aviso à escola e todos os lugares que a criança frequenta, decidir quem fica com o(s) irmão(s) e por aí vai…
Imprevistos acontecem e precisamos saber lidar com essas situações com calma e racionalidade, por mais impossível que isso possa parecer.Você sabe para onde ir? Sabe como escolher um bom serviço de saúde? Um serviço que acolha as angústias do momento e ofereça o melhor tratamento para a condição intempestiva que se instalou?
É aconselhável que a escolha do serviço de saúde de referência seja compartilhada com o seu pediatra. Essa escolha deve ser pauta durante consultas de rotina já nos primeiros meses após o nascimento e sempre renovada, caso haja troca de convênio ou mudança de plano de saúde.
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Prefira sempre um serviço de saúde que preze pelo atendimento humanizado. Por definição, a humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde. A integração entre pacientes, familiares e os provedores do serviço garante por meio da comunicação eficaz que a situação do adoecimento seja acolhida e respeitada de maneira individualizada, proporcionando alívio e conforto. E o cenário dessas interações não é menos importante: espaços saudáveis, com infraestrutura adequada e qualificação técnica do corpo assistencial, devem estar na lista de itens analisados.
Na Pediatria, todos esses aspectos se fazem ainda mais necessários. Bebês e crianças menores ainda não têm a capacidade de entender o motivo de estar passando por tantas intervenções invasivas contra a sua vontade. Crianças maiores e adolescentes já entendem que estão passando por um momento de fragilidade e percebem a preocupação dos familiares.
É um universo muito particular e, considerando essas características da população pediátrica, uma equipe multiprofissional é fundamental. Do médico aos técnicos do lactário, passando pela Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Assistência Social, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, “Hospitalhaços”, Cães Terapeutas e todo o pessoal do administrativo, que permite que o atendimento se desenvolva em meio ao processo burocrático. É um verdadeiro time que deve estar alinhado com os propósitos e diretrizes do atendimento humanizado.
Em nosso íntimo, esperamos que a internação ou serviço de urgência nunca aconteça, mas precisamos estar preparados, caso seja necessário. Converse com o seu pediatra e, em caso de urgência, prefira um atendimento humanizado.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Canguru News.
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