O ano letivo de 2022 teve início na grande maioria das escolas brasileiras, de forma presencial e, para muitos, após um longo tempo no virtual apenas.
Muita ansiedade, receio, expectativa e o medo sobre o contágio ainda permanece no ar. Passaremos ainda dias difíceis, mas creio, tudo isso nos fará crescer e muito. A cabeça dos pais está lotada de informações acerca da pandemia, do contágio, sobre vacinação e tantas outras demandas. E, junto vem a questão da adaptação das crianças ao ambiente escolar.
Entendemos que as reações podem variar muito, tanto em relação às manifestações emocionais quanto ao tempo necessário para se efetivar a adaptação que, em situações rotineiras, duraria, aproximadamente, uma quinzena. Nesse processo de nova adaptação, após pandemia, não estaremos livres de passar por alguns transtornos, enquanto escola e família.
Segundo estudos da Psicologia e Neurologia, sabemos que a criança, seja da Educação Infantil ao Ensino Fundamental I, apresenta uma noção de espaço e de tempo em uma proporção muito diferente (maior) que os adultos, necessitando de um período de reajuste às rotinas anteriores, como é o caso das rotinas e tempos escolares. As crianças aproveitam as férias durante 50 dias, em média, e o retorno precisa ser gradual e planejado; mesmo que já conheçam os espaços. Imagine as que nunca frequentaram a escola ou aquelas que até esse momento estavam estudando apenas na modalidade virtual.
No início do ano letivo, todos os alunos são novos em todas as séries, mesmo aqueles que estão matriculados há mais tempo na escola. Para alguns, são muitas “novidades” para se adaptar: nova escola, nova sala, professor novo, novos colegas, novo mobiliário, novos livros e novas posturas e comportamentos que serão esperados e/ou exigidos em um novo ano escolar. Todo ano é uma novidade! Novas expectativas de aprendizagem e novas expectativas também de avaliação.
Confira as dicas para facilitar a adaptação no ambiente escolar do seu pequeno ou do seu grandinho:
1. Faça a mudança parecer gradual
Para aqueles que mudarão de escola, se possível, antes da mudança em si, já comece a conversar com seu filho sobre a nova instituição. Façam juntos o futuro caminho até ela. Se for em uma nova cidade, aprendam juntos sobre ela. Mostre o site para seu filho, fotos, fale porque você escolheu aquele lugar.
Para os que continuam na mesma escola e estão apenas mudando de ano, classe ou até prédio escolar, vale a mesma dica: converse sobre o retorno. Exemplo de atividade: faça um calendário e deixe na porta do quarto ou da geladeira, marcando os dias que tem aula e os finais de semana (que a criança ficará em casa).
2. Atenção para a rotina
A rotina proporciona conforto e segurança. Se um ambiente novo é introduzido em uma rotina já conhecida, o impacto percebido é bem menor. Sendo assim, não deixe a criança dormir tarde, pois com certeza ela acordará “zangada” e ficará sonolenta. É necessário introduzir os horários com pelo menos uma semana de antecedência.
Para crianças um pouco mais crescidas, o mais importante é envolvê-las em todos os processos, seja arrumar a mochila para a nova escola até separar o uniforme novo no dia anterior.
3. Transforme a “hora de dar tchau”
O momento crucial durante a adaptação é a despedida no portão ou na porta da sala de aula. Mostrar confiança na nova escola, em seus educadores e na decisão pela escola é algo que a criança percebe. Deixe bem claro que essa situação não significa deixar algo para trás, mas a oportunidade de encontrar coisas pela frente: novos amigos, novas brincadeiras, novas aventuras.
Atitude prática: troque o “tchau” por “tenha boas aventuras”.
4. Esqueça a culpa
Provavelmente, você vai sentir culpa por deixar seu filho na escola. Mesmo que já no primeiro dia ele saia correndo sem nem se despedir de você. Esse sentimento vai passar, e isso acontece à medida que você vê o quanto a criança está feliz e segura. Mas, também é muito comum os pais, cheios de culpa, tentarem compensar os filhos com presentes e doces, o que não é recomendado. O vínculo se constrói não pela quantidade de tempo que você passa com seu filho, e sim pela qualidade desse tempo.
O novo tende a nos causar ansiedade e até medo. Não tem problema em sentir isso. O que não podemos é sermos paralisados pelo medo. Com segurança, precaução e unidos mais do que nunca, passaremos por mais essa etapa. Crescer faz parte da vida, celebre essa nova fase com seu filho e com a família toda.
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Tenho gêmeas Maria Cecília e Maria Clara elas estão na creche há 6 meses,a Maria Clara chora ao chegar na creche porém para logo de chorar porém a Cecília chora muito chega a ficar se esperniando no chão.pedir pra vê as câmeras da creche ela ficou da hora que chegou 07:15 até às 8:00 sem levantar do lugar não achei normal aquilo minha profissão é babá não acho normal uma criança passar tanto tempo no mesmo lugar sentada.a Maria Clara levanta brinca corre não para quieta diferente da irmã.o que será que acontece?