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“A criança é do tamanho da esperança que o professor deposita nela”, diz pedagoga
Muitos professores focam seu trabalho no conteúdo, quando a atenção principal deve estar no aluno. A afirmação é da pedagoga Iolene Lima, especializada em gestão de instituições escolares, qualidade educacional e alfabetização, ressalta: “A ação pedagógica deve ser realizada com intencionalidade, mediação e fluidez, pensando que o alvo é o estudante, e não o conteúdo. O conteúdo gruda no estudante por meio das emoções, justamente quando acertamos o gatilho correto”.
Em entrevista à Canguru News, ela explica a correlação entre educação e parentalidade – visto que ambos estão diretamente ligados a um objeto: a pessoa – e destaca o impacto da pandemia na valorização dos professores: “A pandemia foi responsável por um aumento da valorização da classe pedagógica. Os pais, dentro de casa com seus filhos, puderam compreender o importante papel dos professores. A sociedade, de forma geral, acabou se solidarizando, visto que passaram a olhar os professores. Eu espero que isso não retroceda. As pessoas, como sociedade civil, precisam continuar valorizando essa classe, que não deixou a educação parar no país, mesmo em meio a pandemia.”
Para a especialista, os desafios relacionados à educação em uma cenário pós pandêmico tornaram a realidade do ensino brasileiro ainda mais complexa. Mesmo antes da pandemia, os números apresentados pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), já eram preocupantes. O programa previa que um patamar médio relacionado aos padrões de educação somente seria atingido no Brasil em 2060. Por conta da pandemia, o número se tornou ainda mais alarmante. De acordo com Iolene, apesar de ser um grande problema, os educadores devem estar focados na solução.
“A solução perpassa por acolhimento, ou seja, acolhimento desses estudantes com as suas demandas, sendo que muitos estão voltando traumatizados, com dores da perda de entes próximos e conhecidos. Sendo assim, primeiro precisamos passar pelo acolhimento, acolhimento dos nossos professores inclusive, entendendo que nossos professores tiveram as mesmas demandas que as outras famílias tiveram. Segundo: precisamos recuperar o tempo perdido. Podemos fazer isso olhando primeiramente para o sujeito, ressignificando o objeto (conteúdo), através de intencionalidade pedagógica e bons planejamentos.
A entrevista com a pedagoga, que pode ser vista no vídeo acima, faz parte do quadro “Conversas sobre Educação Parental”. A Canguru News entrevistou diversos especialistas durante o 2º Congresso de Educação Parental, no final de 2021. Para assistir aos vídeos com outras entrevistas visite nossa página no Youtube.
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Maria Clara Villela
Maria Clara Villela é estudante de jornalismo na faculdade Cásper Líbero. Fascinada por escrita, já desenvolveu textos em diversas editorias, incluindo esporte, parentalidade e política, suas maiores paixões.
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