A hora certa de ir à escola

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    Buscador de educadores parentais
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    É difícil encontrar pais que não passam por angústias no momento de decidir se vão colocar seus filhos na escola ou deixá-los aos cuidados de uma babá. Normalmente, os pediatras aconselham esperar um tempo maior antes de matricular os pequenos, por causa da formação de seu sistema imunológico. Psicólogos e educadores, no entanto, privilegiam questões como a socialização e a promoção da autonomia da criança. 

    É preciso ter em mente que cada caso é um caso e que a família deve buscar a solução que melhor atenda às suas necessidades. Hoje, sabemos que estimular as crianças contribui para o seu aprendizado futuro. Desenvolve suas capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social. O contato das crianças com os educadores e com outras crianças transforma-se em relações de aprendizado.

    O desenvolvimento da autonomia é considerar, no processo de aprendizagem, que a criança tem interesses e desejos próprios e que é um ser capaz de interferir no meio em que vive. Entender a função de brincar no processo educativo é conduzir a criança, ludicamente, para suas descobertas cognitivas, afetivas, de relação interpessoal, de inserção social. A brincadeira leva a criança ao conhecimento da língua oral e escrita, além da matemática.

    Essas experiências podem acontecer no ambiente escolar ou em casa, dependendo da realidade de cada família, e isso deve ser considerado pelos pais antes de decidir. Crianças sem irmãos, sem espaço para brincar e sem convívio com outras crianças devem ter a oportunidade de ingressar na escola infantil, que surgiu para responder às demandas das famílias com esse perfil, que cresce consideravelmente dia a dia.

    Sabemos que estimular as crianças contribui para o seu aprendizado futuro. Desenvolve suas capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social.

    Definida a ida para a escola, a segunda questão é escolher qual. A primeira coisa é analisar se a linha da escola é adequada aos valores da sua família e também ao temperamento da criança. Além disso, a família deve conhecer a coordenação, se inteirar a respeito do projeto pedagógico e observar se o método proposto se ajusta às necessidades do seu filho. É fundamental que haja um psicopedagogo para acompanhar o aprendizado dos alunos. E é preciso ter um espaço físico propício para brincadeiras e interação social.

    Outra etapa importante é o período de adaptação. Nos primeiros dias, a escola deve permitir a permanência da mãe ou de alguém com quem a criança tenha vínculo afetivo. Se a criança se sentir insegura ou chorar, deve ser levada ao aconchego dessa pessoa para perceber que não foi abandonada. Por mais cheia de lágrimas que essa fase possa ser, é perfeitamente superável e uma etapa fundamental na construção da personalidade de todo indivíduo.

     


    Maria do Carmo Gontijo


    maria do carmo gontijo

    é pedagoga formada pela UFMG. Especialista em psicopedagogia e psicomotricidade, atua há trinta anos em psicopedagogia clínica.

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