Aplicação da vacina bivalente contra a Covid começa em grupos prioritários

Crianças e adultos que não estão no grupo prioritário devem terminar o esquema vacinal com a monovalente; veja orientação sobre o número de doses e reforço para cada faixa etária

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Aplicação de vacina no braço de paciente
Ministério da Saúde prevê atingir 90% da população com idades entre 6 meses e 59 anos que não se vacinaram ou não completaram o esquema
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Por Agência Einstein – A vacinação de reforço com a vacina bivalente da Pfizer, que protege contra a cepa original da Covid-19 e também contra a variante ômicron, começa a partir desta segunda-feira (27) para grupos prioritários. A informação está no Informe Técnico Operacional da Vacinação contra a doença, divulgado pelo Ministério da Saúde. As doses ainda estão em processo de aquisição e, portanto, a vacinação será implementada de forma escalonada e gradativa à medida que elas estejam disponíveis.

Importante: no caso dos grupos que não são prioritários, a estratégia do Governo Federal prevê, pelo menos por enquanto, a aplicação apenas das vacinas monovalentes para que seja completado o esquema primário (2 ou 3 doses, dependendo da idade) mais o reforço – o modelo já estava disponibilizado no país com os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac. O objetivo é atingir 90% da população-alvo – todos aqueles com idades entre 6 meses e 59 anos que não se vacinaram ou não completaram o esquema. As vacinas infantis também estão em processo de aquisição. 

“Quem não está no grupo prioritário deve terminar seu esquema vacinal com a monovalente, já que essas vacinas continuam evitando a doença grave e óbitos”, enfatiza a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein. 

Agora, para receber o reforço com a bivalente, aqueles que estiverem no grupo prioritário (leia mais abaixo as datas previstas) devem ter completado o ciclo primário com pelo menos duas doses da monovalente. O reforço com a bivalente poderá ser aplicado somente naqueles que receberem a última dose há mais de 4 meses.

O informe técnico do Ministério da Saúde também afirma que o imunizante da Pfizer se mostrou seguro e que os efeitos adversos mais comuns são dor de cabeça, dor muscular, febre, dor no local da vacina, diarreia e fadiga. Alguns estudos observaram um risco um pouco aumentado de miocardite em adolescentes meninos, mas em geral foram casos leves. O risco dessa complicação se mostrou maior para quem contrai a própria doença.

As vacinas de vetor viral, como as da AstraZeneca e da Janssen, estiveram associadas a risco de raríssimos casos de um tipo de trombose, especialmente após a primeira dose e em pessoas mais jovens. Por isso, a Câmara Técnica optou por recomendar o uso dessas vacinas em adultos acima de 40 anos. Pessoas na faixa dos 18 aos 39 anos podem recebê-las em caso de indisponibilidade. Elas são contraindicadas para quem teve histórico de trombose após qualquer vacina. 

Veja a previsão para a aplicação da vacina bivalente por grupos prioritários (vale confirmar as datas em cada município):

27/2

  • Idosos acima de 70 anos;
  • Pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores;
  • Pacientes imunocomprometidos com mais de 12 anos (aqueles que vivem com HIV, transplantados, portadores de doença renal crônica em hemodiálise, pacientes que passaram por quimio ou radioterapia nos últimos seis meses, portadores de erros inatos da imunidade, entre outros);
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas com idade acima de 12 anos

6/3

  • Idosos na faixa dos 60 a 69 anos

20/3

  • Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)

17/4

  • Trabalhadores da saúde
  • Pessoas com deficiência permanente com mais de 12 anos
  • População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade

Vacinação nos demais grupos, já a partir desta segunda-feira (27), com a vacina monovalente:

  • Crianças de seis meses a 4 anos recebem a vacina da Pfizer; 

*Aquelas na faixa entre 3 e 4 anos, podem receber também a Coronavac, sendo o reforço preferencialmente com a Pfizer

  • Crianças de 5 a 11 anos recebem Pfizer ou Coronavac, assim como adolescentes de 12 a 17  anos. O reforço também é preferencialmente com a Pfizer
  • Adultos de 18 a 39 anos recebem Pfizer ou Coronavac
  • Adultos acima de 40 anos podem receber Pfizer, Coronavac, AstraZeneca ou Janssen 

Veja, abaixo, se o seu esquema vacinal está completo de acordo com a faixa etária:

  • 6 meses a 4 anos: 3 doses da Pfizer
  • 3 a 4 anos: 3 doses da Pfizer ou 2 doses da Coronavac mais um reforço, preferencialmente da Pfizer
  • 5 a 11 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da Coronavac, com reforço preferencialmente da Pfizer
  • 12 a 17 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da Coronavac, com reforço preferencialmente da Pfizer
  • 18 a 39 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da Coronavac, com reforço preferencialmente da Pfizer
  • 40 a 59 anos: 2 doses de Pfizer, Coronavac, Astrazeneca, Janssen com 2 doses de reforço, sendo a segunda preferencialmente com Pfizer

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