Você sabe se seu filho já foi abordado por estranhos na internet?

Estudo revela que 12% dos pais já flagraram um desconhecido entrando em contato com as crianças pela web; veja dicas para proteger os pequenos

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Pai e filho usando um notebook juntos, em ilustração à matéria sobre a importância da supervisão dos pais quando as crianças estão na internet.
É preciso que os pais estejam atentos à vida online das crianças
Buscador de educadores parentais
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Uma pesquisa realizada pela empresa internacional de cibersegurança Kaspersky, em parceria com a consultoria CORPA, apontou que cerca de um em cada oito pais brasileiros desconhece se as crianças já foram contatadas por pessoas estranhas na internet – e 12% dos pais entrevistados já flagraram algum desconhecido abordando seus filhos pela web.

Ainda segundo a pesquisa, apesar de 71% dos pais brasileiros afirmarem se preocupar com o acesso dos menores a conteúdo inapropriado, apenas 8% já solicitaram ao provedor de internet o bloqueio de alguma página. Outros 27% afirmam que possuem algum programa de controle parental instalado nos dispositivos usados pelas crianças.

O estudo é parte da campanha Crianças Digitais e tinha o objetivo de analisar o quanto pais e mães estão envolvidos com a vida online de seus filhos. Foram entrevistados 2.294 pais e mães com idade entre 25 e 60 anos, pertencentes às classes A, B ou C, usuários de dispositivos eletrônicos e com filhos de idade entre zero e 18 anos. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e março deste ano, por meio de enquetes online. Além do Brasil, a pesquisa abrangeu mais cinco países da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. 

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Os dados servem de alerta aos pais em relação à importância de sua supervisão das atividades que as crianças realizam na internet – principalmente em meio à pandemia, com um aumento da presença dos pequenos no ambiente digital. “No atual contexto de confinamento, em que as crianças tendem a passar mais tempo online – e nem sempre com a supervisão necessária – é de extrema importância que os adultos acompanhem o que seus filhos fazem na internet”, recomenda Fabiano Tricarico, diretor de vendas de varejo da Kaspersky na América Latina. 

O advogado Marcos Ehrhardt, vice-presidente da Comissão Nacional de Família e Tecnologia do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, ressalta que ninguém considera seguro deixar uma criança pequena na rua ou permitir que ela fale com estranhos, mas, quando o assunto é internet, não parece haver o mesmo cuidado. “Infelizmente, isso [crianças falando com estranhos] está ocorrendo neste momento, em algum lar brasileiro, a poucos metros dos pais, que, muitas vezes, não acompanham com quem seus filhos interagem na internet”, afirma o especialista.

Para Marcos, a ausência da supervisão dos pais quanto ao que as crianças fazem na internet pode configurar negligência. Essa negligência quanto à segurança dos filhos na internet também é chamada de “abandono digital”. “O ‘abandono digital’ está relacionado à falta de cuidado, especialmente no que se refere à ausência de informações sobre o uso dos programas e demais recursos digitais”, diz Marcos. O advogado destaca ainda que os deveres inerentes ao exercício da autoridade parental valem no mundo real e também no ciberespaço.

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Para resolver a situação, o melhor caminho é a conversa, defende o advogado, primeiro entre os pais e depois envolvendo também as crianças. “Entender o uso que é feito dos jogos e demais aplicações na internet, estabelecer limites e, sobretudo, explicar os motivos de definição dos limites é algo essencial para construir um ambiente de uso responsável da tecnologia”, declara. 

A Kaspersky tem quatro recomendações para ajudar os pais a protegerem as crianças na internet. Confira: 

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  • Converse com as crianças regularmente sobre os perigos da internet. Procure ser o seu mentor de boas condutas de cibersegurança e passe sempre confiança para que elas possam falar abertamente sobre qualquer eventual experiência incômoda. 
  • Oriente seu filho(a) a bloquear sites ou usuários que sejam incômodos. Essas medidas criam uma boa conduta online e ajudam a criança a lidar com esse tipo de experiência. 
  • O mundo digital é igual ao mundo real. Explique à criança que ela deve agir na internet da mesma forma que fora dela. Se há algo que você não compartilharia ou diria no “mundo real”, então também não se deve fazê-lo no ambiente online. 
  • Conte com uma solução de segurança em todos os dispositivos com acesso à internet – seja um computador, smartphone ou tablet – que tenha uma ferramenta de controle parental, com funções como filtros de acesso a conteúdo inadequado e bloqueio a pesquisas inapropriadas. 

No blog da Kaspersky, é possível obter mais dicas sobre cibersegurança para crianças. 

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