Brincar é muito mais que diversão. “O ato de brincar é responsável por estimular a criação, o faz de conta, a cooperação e a flexibilidade”, explica Glades Serra, diretora do Marista Escola Social Robru. Por meio das brincadeiras, a criança se expressa, produz ideias, desenvolve a criatividade, trabalha a imaginação e explora o mundo ao seu redor.
Dentre tantos outros aprendizados, apresentar às crianças brincadeiras antigas também pode ser muito divertido, ao nos fazer relembrar práticas da nossa infância. “Ao resgatar uma brincadeira que o adulto fazia na sua infância, ele acessa memórias, conta histórias e cria novas conexões com os filhos, ajudando-os ainda a se desconectar das telas, o que pode fazer bem para toda a família”, reforça a educadora. Abaixo, veja lista de sugestões com brincadeiras antigas que podem ser feitas por adultos e crianças.
Brincadeiras antigas para recordar a infância e estreitar vínculos
Amarelinha
Também é conhecida por outros nomes, como maré, sapata, jogo da pedrinha e macaca, a depender da região do país. A brincadeira consiste em jogar uma pedra na primeira casa e sair pulando todas as outras com um pé só até pegar a pedra na volta. Em seguida, joga-se a pedra na segunda casa e assim sucessivamente até o céu (círculo).
Pular corda
Haja energia e coordenação motora para sincronizar o pulo com o exato momento em que a corda passa pelo chão. Mas a criançada tira isso de letra, não é verdade? Além de ser um exercício aeróbico, a diversão estimula a noção de ritmo, concentração e mesmo a importância do trabalho em equipe, quando feito em dupla.
Jogo da velha
Este jogo tradicional ajuda a estimular o raciocínio lógico e pode ser um ótimo passatempo não só em casa, mas também em salas de espera de médicos e no restaurante, por exemplo. Para quem curte essa brincadeira, que tal investir em peças personalizadas com pedras ou outros objetos, criando um tabuleiro gigante?
Vampiro Vampirão
As crianças fazem uma fileira e um participante fica em frente de todos, de costas. Elas cantam “Vampiro, vampirão, que horas são?”. A criança ou adulto que é o vampiro diz um número e os outros participantes devem dar os passos referentes àquele número. Se o vampiro diz ser meia-noite, as crianças devem correr de volta para a linha de partida, evitando assim de serem pegas por ele. Quem conseguir chegar do outro lado do campo sem ser pego, vence. A brincadeira trabalha aspectos como raciocínio, rapidez e atenção.
Parlendas
Presentes no folclore brasileiro, as parlendas são rimas infantis que fortalecem a memória e a fixação de alguns conceitos. Podem ser utilizadas para uma brincadeira em família muito divertida. Quem não lembra da parlenda abaixo?
“Um, dois, feijão com arroz/
três, quatro, feijão no prato/
cinco, seis, falar inglês/
sete, oito, comer biscoito/
nove, dez, comer pastéis.”
LEIA TAMBÉM:
Cama de Gato
Para esta brincadeira, você só precisa de um barbante, habilidade e força nas mãos. A ideia é trançar um cordão entre os dedos formando alguns desenhos. A diversão continua à medida que cada um vai tentando passar o barbante para sua mão.
Meu mestre mandou
Essa é uma das brincadeiras antigas que sempre rende momentos divertidos. A dica aqui é reunir a família toda e experimentar em lugares diferentes – como praças, parques e jardins -, fazendo com que o mestre proponha diferentes desafios – pegar uma flor vermelha, trazer um graveto em “v”, juntar dez pedrinhas e por aí vai!
Brincadeiras cantadas
Crianças curtem muito as brincadeiras cantadas. O ritmo da música e a melodia podem contribuir para momentos de desenvolvimento e descontração. Experimente jogos como “complete a música” ou “batalha de ritmos”.
Contação de histórias
Contar histórias é sempre um ponto de conexão entre adultos e crianças. Utilizar livros, filmes ou mesmo recordar momentos divertidos da própria infância são maneiras de estreitar vínculos em família.
Corre, cotia
As crianças ficam sentadas em roda, de olhos fechados, enquanto uma delas está de pé e coloca um objeto atrás de um dos participantes. Quando terminam de cantar a música “Corre, cotia, na casa da tia…”, as crianças verificam se o objeto está atrás delas. Aquela que encontrar a peça atrás de si precisa correr atrás do participante que estava em pé, enquanto este tenta sentar no lugar que ficou vago na roda. Se ele conseguir, a nova criança assume o seu lugar. Coordenação, equilíbrio, raciocínio, rapidez, atenção e confiança são algumas das habilidades exigidas.