Vai viajar com as crianças? 5 coisas que você precisa saber para transportar os medicamentos com segurança

As férias chegam e, junto com elas, aquela mistura deliciosa de animação e correria para arrumar as malas da família. Mas, no meio dos brinquedos, documentos e lanchinhos, muitas famílias não podem se esquecer de itens importantes: os medicamentos. Seja como medida preventiva, para possíveis dores, acidentes, resfriados, ou quando fazem parte de tratamentos em andamento, é importante prestar atenção na forma de transportá-los. Isso porque, de acordo com o farmacêutico homeopata Jamar Tejada, remédios podem sofrer com calor, luz, umidade e até movimentos bruscos. Ele lembra que transportar os fármacos da forma errada pode comprometer o tratamento ou o eficácia.

Para ajudar mães e pais a se organizarem, o especialista reuniu cinco regras fundamentais para levar qualquer tipo de medicação com segurança — desde analgésicos e antitérmicos até hormônios, antibióticos, injetáveis e homeopáticos.

1. Bagagem de mão

Pode parecer óbvio, mas muita gente ainda coloca remédios na mala despachada. Jamar explica que o porão da aeronave sofre variações extremas de temperatura e pressão, que podem danificar fórmulas sensíveis. Na bagagem de mão, você tem mais controle — e ainda evita prejuízo caso a mala seja extraviada. Atenção para voos internacionais: frascos acima de 100 ml só entram com comprovação médica, e colírios, xaropes e soluções devem estar em sacos transparentes, como exige a regra atual de segurança aérea.

2. Embalagem original e prescrição

Nada de levar comprimidos soltos no bolso ou na carteira. Embalagem original, rótulos e bula ajudam a garantir que as autoridades sanitárias reconheçam o produto como medicamento — e não como substância suspeita. Remédios controlados exigem receita obrigatória, e alguns países (como EUA e vários da Europa) pedem declaração médica em inglês.

3. E quando o medicamento precisa de refrigeração?

Insulinas, alguns colírios, antibióticos líquidos e hormônios precisam ser mantidos entre 2°C e 8°C. As orientações do farmacêutico são usar bolsas térmicas apropriadas, gelo rígido (não coloque em contato direto com o frasco), evitar mudanças bruscas de temperatura e jamais congelar o medicamento. Temperaturas fora do recomendado podem inutilizar o princípio ativo — e isso pode passar despercebido.

4. Homeopáticos também precisam de cuidado

Quem usa homeopatia deve redobrar a atenção. Jamar explica que esses medicamentos são muito sensíveis ao calor, à luz e até aos campos eletromagnéticos. Por isso, é importante mantê-los longe de celulares e eletrônicos, ter cuidado para evitar a exposição ao sol e se certificar de manter os frascos sempre bem fechados e secos.

5. Evite porta-comprimidos (a não ser que realmente precise)

Eles são práticos, mas podem causar problemas. Sem embalagem original, você perde informações importantes e, em caso de fiscalização, pílulas soltas podem gerar suspeita. Além disso, comprimidos fora da caixinha absorvem umidade e podem deteriorar.

Mini farmácia de bolso

Para viajar com tranquilidade, Jamar sugere que a família leve:

• Analgésicos e anti-inflamatórios permitidos pela idade
• Antitérmico
• Antialérgico
• Protetor gástrico
• Sais de reidratação oral
• Curativos e antisséptico
• Medicamentos de uso contínuo organizados por horário