‘Uma criança que não se alimenta bem pode se tornar um adulto doente’

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    Por Liliany Faicari

    A primeira infância é o período que compreende os cinco anos iniciais na vida do indivíduo. Essa fase é marcada por um processo intenso de desenvolvimento, e, por isso, a atenção à alimentação adequada é essencial. Boas práticas alimentares nessa época da vida fornecerão os nutrientes indicados para suprir as necessidades nutricionais para o desenvolvimento biológico ideal.

    O aleitamento materno é a primeira prática alimentar a ser estimulada para promoção da saúde, formação de hábitos alimentares saudáveis e prevenção de muitas doenças. O leite materno fornece todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento do lactente e, por se tratar de um alimento completo, é fundamental para a saúde da criança nos seis primeiros meses de vida. Nesse período, é desnecessário o consumo de qualquer outro alimento, inclusive água e chás – exceto em casos de indicação médica. O Ministério da Saúde recomenda aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida.

    Após o sexto mês, começa a transição, de forma gradativa, da amamentação para a alimentação semissólida e depois para a sólida. Quando bem conduzido, esse período permite à criança conhecer e, assim, aceitar diferentes sabores e amadurecer as suas preferências alimentares. Pais e cuidadores devem aproveitar a oportunidade para ensinar hábitos de alimentação saudável para os pequenos. Nessa fase, muitas crianças abdicam do leite materno, mas cada mãe e cada bebê decidem juntos a hora de parar.

    Uma criança que não se alimenta
    bem pode se tornar um adolescente
    ou um adulto gravemente doente

    A introdução alimentar, normalmente, inicia-se com frutas oferecidas nos intervalos das mamadas. Importante lembrar que não é necessário adicionar açúcar. Após duas semanas, já se recomenda a inserção de papas salgadas nos horários do almoço e do jantar. Não é recomendado oferecer a refeição em forma de papa batida em liquidificador. Essa prática tão comum pode prejudicar o desenvolvimento do maxilar e da mastigação.

    Nesse período, é preciso levar em consideração a pequena capacidade gástrica dos pequenos. Por isso, é recomendado colocar pouca comida no prato e nunca forçar a criança a comer depois que ela sinaliza que está satisfeita. Também não é recomendado utilizar artifícios para estimular a continuidade da refeição, como aviãozinho, trenzinho, televisão, sobremesa, presentes, brincadeiras ou castigo.

    As crianças são espelhos dos pais. Desse modo, é muito importante que a família toda siga hábitos alimentares saudáveis a fim de estimular a garotada a fazer o mesmo. Uma criança que não se alimenta bem pode se tornar um adolescente ou um adulto gravemente doente.

    A alimentação ideal para toda a família, incluindo as crianças, deve ser repleta de verduras, legumes, frutas, cereais, tubérculos, leguminosas, carnes, leite e ovos, ou seja, comida de verdade. Já os alimentos industrializados devem ser estritamente evitados.

     

    Liliany Faicari é nutricionista, mestre em saúde da criança e do adolescente e coordenadora do curso de nutrição da Faculdade Anhanguera de Campinas – unidade Ouro Verde.

     

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