Sem dor de cabeça

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É hora de arrumar as malas, checar a documentação dos pequenos, conferir os horários dos voos e, claro, pensar em alternativas para distrair a meninada antes do embarque.
 
Por Cristiane Miranda
 

AeroportoAs férias estão chegando e as viagens com a garotada, também. Nessa época, só de pensar em como controlar as crianças enquanto esperam os voos, os pais já ficam de cabelo em pé. Não à toa. Fim de ano é sinônimo de salas de embarque lotadas e indefectíveis atrasos nas decolagens. Mas, calma, basta tomar alguns cuidados para não estressar demais. Mãe de Pedro Henrique, de 9 anos, e Maria Eduarda, de 5, a jornalista Luciana Resende sempre viaja com os pimpolhos nas férias, acompanhada do marido, o advogado Davidson. Precavida, ela já tem um kit de sobrevivência para a espera nos aeroportos. “Sempre levo aparelhos eletrônicos, livros para colorir e algum livro da escola para as crianças usarem durante o tempo ocioso nos saguões dos aeroportos ou mesmo dentro do avião”, conta. Luciana recorre também ao DVD portátil para acalmar as “ferinhas impacientes”.

Durante o período de festas, quem passar pelo Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, terá a oportunidade de tirar fotos com o Papai Noel. O Bom Velhinho estará logo na entrada do Terminal 1, em frente a uma grande árvore. “Nossa ideia é trazer o clima natalino para as instalações do aeroporto e mexer com o imaginário das crianças durante essa época do ano”, afirma Andréa Fonseca, coordenadora de marketing da BH Airport, concessionária responsável pelo aeroporto. Para não deixar os pequenos entediados, a administradora de empresas Cristiane Nilo Abranches, mãe de Thomaz, de 4 anos, e Ana Clara, de 6, também tem seus segredinhos. “Antes das viagens, dou uma mochilinha para cada um e os ajudo a separar os brinquedos preferidos, livros, alguns biscoitinhos e suco”, conta. Nas férias de julho, a família escolheu o Chile como destino. “A viagem é curta, de apenas duas horas, mas ficamos quatro horas no saguão do aeroporto em São Paulo, por causa da conexão”, lembra Cristiane. “Cada um tem o próprio tablet, mas logo se cansam e querem outra distração.” Ela dá uma dica às administradoras de aeroportos: “Para mim, o ideal seria instalar salas de cinema”, brinca.

Direitos

Além de se virarem para não deixar os pequenos aborrecidos, os pais precisam ficar atentos a outros detalhes. “A primeira coisa que precisam fazer é checar toda a documentação”, recomenda Fernanda Fonseca, diretora de eventos e marketing da Associação Brasileira e Agências de Viagens de Minas Gerais (Abav-MG). “Se o local escolhido é para fora do Brasil e a criança está viajando apenas com um dos pais, não se pode esquecer a autorização de viagem.” Uma portaria da Polícia Federal obriga os hotéis brasileiros a exigirem certidão de nascimento ou carteira de identidade dos menores de idade. “Muitas pessoas acham que não precisam levar a documentação dos filhos quando viajam de carro, mas a preocupação deve ser a mesma que a das viagens aéreas ou de ônibus”, enfatiza. Nos aeroportos, os direitos das crianças são os mesmos dos adultos. “Em situações de atraso superior a quatro horas, cancelamento de voo, interrupção do serviço ou preterição de embarque, caberá ao transportador oferecer ao passageiro alternativas”, diz a advogada e professora de turismo da PUC Minas Luciana Atheniense, autora do livro Viajando Direito — Guia Prático dos Direitos e Deveres dos Turistas e Prestadores de Serviços. “Ele pode acomodar a família em voo próprio ou de outra companhia; oferecer outra modalidade de transporte; ou reembolsar o valor integral pago, no caso de não aceitação das opções anteriores.”

Para não fazer das férias um tormento

itemChecar, antes de tudo, a documentação dos pequenos. “Uma dica para quem vai viajar para o exterior com criança e adolescente portando o passaporte novo (azul). É necessário também levar a identidade ou certidão de nascimento, já que o documento não especifica a filiação do menor”, afirma Luciana Atheniense.

itemSe a companhia aérea escolhida oferecer televisão individual, estará resolvida metade dos problemas para distrair a garotada durante o percurso. Mas para não passar aperto, o ideal é levar o brinquedo preferido ou cadernos de colorir. “Só recomendo aos pais que não levem brinquedos sonoros, assim evitam aborrecimentos com os outros passageiros”, diz Fernanda Fonseca.

itemEvite brinquedos com peças muito pequenas, que podem cair da poltrona do avião, ou carrinhos que podem “rolar” durante o pouso.

item Crianças menorzinhas, de até 2 anos, precisam de mais distração. Brinquedos de encaixar, aqueles com blocos grandes, vão mantê-las ocupadas dentro e fora do avião.

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Quando a espera é saguão do aeroporto, caminhe com a criança ou faça um lanche rápido para passar o tempo.

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A tecnologia é uma aliada dos papais e mamães. Tablets e smartphones com os joguinhos preferidos das crianças ajudam a não deixá-las estressadas. E a não estressar os pais.

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