Por Cíntia Aleixo – Quando os filhos apresentam desajustes comportamentais ou sociais em suas relações, os pais sentem-se indecisos se devem encaminhá-los para um profissional de psicologia e iniciar a terapia infantil.
A criança possui características pessoais que moldam sua personalidade. Se os pais se atentarem aos hábitos e aos gostos particulares de seus filhos, fica mais fácil diferenciar o que foge de sua realidade comportamental.
É interessante pensarmos se a nossa visão de mundo influencia diretamente a autoridade sobre eles e a forma como esperamos que eles se comportem. A ex- pectativa é que ajam como gostaríamos. Um exemplo disso é quando a criança escreve com a mão esquer- da e isso não é aceito pelos pais. Ou seja, é um casode aceitação, e não de recomendação de psicoterapia infantil.
O sofrimento na família, os conflitos frequentes e prolongados e os constantes momentos de choro ou aflição são aspectos importantes que devem ser observados pelo adulto e colaboram para a decisão de buscar um psicólogo. A escola é uma grande aliada nessa observação e no encaminhamento para que o psicólogo assuma o diagnóstico.
No fundo, os pais sabem quando há algo de errado com o filho, mas nem sempre se encorajam a levá-lo ao psicólogo, o que deveria ser naturalmente saudável.
As queixas infantis mais comuns que chegam aos consultórios de psicoterapia são: dificuldade de aprendizagem, medos, ciúmes, agressividade, tiques, ma- nias, mau omportamento, excesso ou falta de sono ou apetite, birra, timidez e atraso no controle do esfíncter.
Em geral, as sessões com crianças acontecem semanalmente, de acordo com o caso. A criança vai tendo mais tranquilidade para viver esse momento difícil e, num passo de cada vez, vai retomando ou encontrando o seu lugar. Quanto mais a gente puder trazer para dentro da criança essa segurança, mais rápido essa conexão vai acontecer.
No fundo, os pais sabem quando há algo de errado com o fi lho, mas nem sempre se encorajam a levá-lo ao psicólogo.
Através do brincar, o psicólogo analisa diversos comportamentos, aspectos cognitivos, emocionais, anseios e vivências. Os pais participam das sessões em conjunto com o filho ou de sessões individuais, e, a partir da visão da dinâmica familiar e dos relatos dos pais, o psicólogo poderá traçar o caminho para quenovas possibilidades surjam, aspectos importantes venham à tona e tudo se ajuste.
Temos que delimitar responsabilidades às crianças de acordo com a sua idade e ter cuidado com a competição, o consumismo e outros tantos comportamentos que repassamos aos filhos mesmo quando não percebemos. Somos o espelho deles!
Cíntia Aleixo é psicóloga há 13 anos, especialista em psicologia perinatal. Atua em consultório particular no Rio e é idealizadora e diretora do projeto Um Mundo de Possibilidades Maternas, cujo objetivo é oferecer apoio emocional às mulheres que são mães, mas que também exercem muitos outros papéis sociais e encontram-se perdidas, afl itas e/ou confusas. Também é colaboradora do blog nanamaternidadepreta.com.
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