Projeto na Câmara de BH prevê atenção contínua contra depressão pós-parto

Programa de atenção contínua acompanharia mães depois do parto para o cuidado com a depressão pós-parto.

Com informações da Câmara Municipal de Belo Horizonte

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Foto: Pixabay

Em atenção à mulher e ao bebê, tramita na Câmara de BH o Projeto de Lei 67/2017, de Marilda Portela (PRB), prevendo a criação de um programa contínuo para diagnóstico e tratamento da depressão pós-parto. A proposta recebeu parecer favorável da Comissão de Saúde e Saneamento em reunião ordinária na última quarta, 7.

De acordo com o texto, seria criado um programa de ação contínua na rede pública municipal de saúde, garantindo atendimento a todas as gestantes, tanto aquelas que realizarem os partos nas unidades de saúde, quanto às que fizerem o procedimento em suas casas. O projeto entende por depressão “a doença que tem como característica afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza”, já a depressão pós-parto seria a manifestação clínica similar à anterior, qualificada pela apresentação dos sintomas iniciais nos primeiros seis meses após o parto.

Relator do projeto na Comissão de Saúde e Saneamento, o vereador Cláudio da Drogaria Duarte (PMN) reconheceu o mérito da proposta e emitiu parecer favorável à criação do programa, que foi acatado pelos demais membros do colegiado. O projeto tramita em 1º turno e deve ser apreciado ainda pelas Comissões de Administração Pública e de Orçamento e Finanças Públicas antes de seguir para votação em Plenário.

O que é a depressão pós-parto?

Tristeza, apatia, falta de interesse pelo bebê, irritação, insônia, culpa e medo… são alguns dos sentimentos conflituosos experimentados por muitas mães logo após o parto. No entanto, muito além das variações de humor ocasionadas por alterações hormonais, algumas mulheres vivem esses sintomas com grande intensidade, dando origem à depressão pós-parto.

“Depressão pós-parto não é uma falha de caráter ou uma fraqueza. Segundo especialistas, o tratamento imediato pode ajudar a gerir os seus sintomas, entretanto, na grande maioria dos casos, as mães que apresentam a doença são tratadas como pessoas mimadas, temperamentais, imaturas ou mal acostumadas”, alerta a vereadora Marilda Portela, destacando que, apesar da seriedade, a doença tem sido pouco abordada pelas políticas de saúde.

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