Pneumonia e diarreia matam mais de 1,4 milhão de crianças por ano

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UNICEF

 
Os líderes mundiais reunidos na COP22 têm a oportunidade de assumir compromissos que ajudarão a salvar a vida de 12,7 milhões de crianças até 2030

Foto: PixabayA pneumonia e a diarreia juntas matam 1,4 milhão de crianças por ano, mais do que todas as outras doenças infantis juntas – a esmagadora maioria delas vive em países de baixa e média renda. Essas mortes na infância ocorrem apesar de ambas as doenças serem amplamente evitáveis por meio de soluções efetivas simples e de baixo custo, tais como amamentação exclusiva, vacinação, cuidados de saúde primários de qualidade e redução da poluição do ar no interior das residências.

Essas conclusões fazem parte de relatório do UNICEF lançado no dia 11 de novembro – Uma é demais: Pondo fim à morte de crianças por pneumonia e diarreia (One is Too Many: Ending Child Deaths from Pneumonia and Diarrhoea – disponível somente em inglês).

A pneumonia, particularmente, continua a ser a principal causa de morte de crianças menores de 5 anos, tendo ceifado a vida de quase 1 milhão de crianças em 2015 – cerca de uma criança a cada 35 segundos, e mais do que a malária, a tuberculose, o sarampo e a aids juntos. Aproximadamente metade de todas as mortes de crianças por pneumonia está ligada à poluição do ar, um fato que, segundo o UNICEF, os líderes mundiais deveriam ter em mente durante o debate em curso na 22ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP22).

“Vemos claramente que a poluição do ar ligada às mudanças do clima está prejudicando a saúde e o desenvolvimento das crianças ao provocar pneumonia e outras infecções respiratórias”, afirmou Fatoumata Ndiaye, diretora executiva adjunta do UNICEF.

“Dois bilhões de crianças vivem em áreas onde a poluição do ar excede os padrões internacionais, e muitas adoecem e morrem como resultado. Os líderes mundiais que participam na COP22 podem ajudar a salvar a vida de crianças comprometendo-se a tomar medidas para reduzir a poluição do ar associada às mudanças do clima e acordando em investir na prevenção e nos cuidados de saúde”, disse Ndiaye.

Assim como a pneumonia, a diarreia entre crianças pode, em muitos casos, estar associada a níveis de precipitação mais baixos decorrentes das mudanças do clima. A disponibilidade reduzida de água potável deixa as crianças com um maior risco de contrair doenças diarreicas e ter seu crescimento físico e cognitivo prejudicado.

Cerca de 34 milhões de crianças morreram de pneumonia e diarreia desde 2000. Sem maior investimento em medidas-chave de prevenção e tratamento, o UNICEF estima que mais 24 milhões de crianças morrerão de pneumonia e diarreia até 2030.

“Essas doenças têm um enorme impacto na mortalidade na infância e o seu tratamento tem um custo relativamente baixo”, afirmou Ndiaye. “Contudo, elas continuam recebendo apenas uma pequena parcela do investimento global em saúde, o que não faz nenhum sentido. Essa é a razão pela qual estamos pedindo um maior investimento global para intervenções de proteção, prevenção e tratamento que sabemos que são eficazes para salvar a vida de muitas crianças”.

O UNICEF recomenda também um maior financiamento nos cuidados de saúde infantil em geral e com uma particular atenção aos grupos de crianças especialmente vulneráveis à pneumonia e à diarreia – as mais jovens e as que vivem em países de baixa e média renda.

O relatório mostra que:

– Aproximadamente 80% das mortes de crianças ligadas à pneumonia e 70% das que estão associadas à diarreia ocorrem durante os dois primeiros anos de vida;

– Países de baixa e média renda são o lar de 62% das crianças menores de 5 anos em todo o mundo, mas contabilizam mais de 90% das mortes na infância em decorrência de pneumonia e diarreia globalmente.

Para fazer o download do relatório e de fotos e vídeos, acesse: http://weshare.unicef.org/Package/2AMZIFSBQHY

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