Piolhos em crianças: conheça os riscos e as formas de lidar com as infestações

Os piolhos podem ser transmitidos ao compartilhar objetos como escovas, bonés, chapéus, lenços, capacetes e mesmo travesseiros

1662
Piolhos em crianças: conheça os riscos e tratamentos; Menina coçando o cabelo com as mãos
Coçar intensamente o couro cabelo por causa dos piolhos pode provocar feridas.
Buscador de educadores parentais
Buscador de educadores parentais
Buscador de educadores parentais

Os piolhos são pequenos e medem, no máximo, 3mm (milímetros), aproximadamente do tamanho de um grão de gergelim. Mas apesar de minúsculos, provocam uma coceira terrível no couro cabeludo. Ali, alimentam-se do sangue da criança e se reproduzem rapidamente, podendo provocar até anemia nos pequenos. “Ao picar o couro cabeludo, o piolho injeta saliva, cujos componentes podem causar uma reação de hipersensibilidade. Isso leva a uma coceira intensa e pode provocar infecções bacterianas secundárias, como impetigo e o aumento de gânglios”, explica a pediatra Brunna Santana do Grupo Prontobaby.

Ainda de acordo com a especialista, “em casos graves, quando há uma grande infestação ou quando o combate não é adequado, acaba havendo novas infestações que podem levar à anemia”, afirma Brunna. Mais frequentes no verão, os piolhos se alimentam cerca de quatro vezes ao dia e as picadas provocam coceira, marcas e até feridas devido ao ato de coçar. Por isso, fazer o tratamento errado é muito arriscado.

Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, a contaminação não acontece apenas por meio do contato com o cabelo infectado. Os piolhos em crianças podem ser transmitidos ao compartilhar objetos como escovas, bonés, chapéus, lenços, capacetes e mesmo travesseiros. Por isso, é preciso sempre prestar atenção ao couro cabeludo das crianças e checar com frequência se há lêndeas ou piolhos.


LEIA TAMBÉM: Índice de anemia cai pela metade em crianças de até cinco anos; veja alimentos ricos em ferro


Como acabar com os piolhos em crianças

Esqueça as receitas caseiras com maionese, vaselina ou margarina. “Além de sua eficácia não ter comprovação científica, eles podem causar irritação local e dermatite de contato”, alerta Brunna. O recomendado é fazer a aplicação de medicamentos inseticidas, conforme instruções de modo de uso e quantidade especificadas nas embalagens.

No entanto, é indispensável o uso de um pente fino para a eliminação das lêndeas (ovos dos piolhos). Se isso não for feito, é possível que haja uma reinfecção. Uma dica é posicionar a criança sentada, com um pano branco nos ombros e passar o pente fino cuidadosamente no cabelo, da base até o final do fio. Assim, é possível visualizar os piolhos que foram retirados. Além disso, é importante limpar todos os itens de uso pessoal com que a criança entrou em contato nas 24 a 48 horas anteriores ao tratamento. Dessa maneira, os pais garantem que os piolhos não continuarão a se reproduzir no couro cabeludo.

Após sete dias da primeira aplicação do medicamento, é importante verificar se ainda restam sinais de infestação no couro cabeludo. Se sim, uma segunda aplicação pode ser feita. Porém, se os piolhos permanecerem ali por mais uma semana, o mais indicado é procurar aconselhamento médico sobre quais medidas podem ser anotadas para acabar de vez com o problema.


LEIA TAMBÉM: Dermatite atópica é uma manifestação alérgica que atinge 25% das crianças


Gostou do nosso conteúdo? Receba o melhor da Canguru News, sempre no último sábado do mês, no seu e-mail.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, deixe seu comentário
Seu nome aqui