Leia a coluna de Luís Giffoni em dezembro: ‘À sombra dos vulcões’

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    Foto: PixabayQuando eu era garoto, ti­nha um sonho: entrar em um vulcão. Creio que muitas crianças têm o mes­mo sonho. Adultos também. Se for o seu caso, há um país em que os vul­cões se enfileiram paisagem afora, uns ativos, em constante erupção, outros nem tanto. Lá você pode vi­sitar as crateras. Depois, andar pela trilha da lava, já endurecida e fria. Pode até ver os buracos deixados no solo pelas bombas incandescentes atiradas ao espaço pela fornalha. 

    Esse lugar é a COSTA RICA, pe­queno país da América Central, ser­vido a partir de BH com apenas uma conexão no Panamá. Por ser peque­no, pode-se ver muito dele em pouco tempo. Por exemplo: num único dia, a partir de San José, a capital, visitam-se três ou quatro vulcões, entre eles o Poás e o Irazú. O mais interessante, no entanto, fica ao norte, na cidade de La Fortuna. É o Arenal (foto), um cone quase perfeito que vomita fogo sem parar. Mas não se preocupe. Quando ele explode, as pedras in­candescentes não atingem a cidade, tampouco os hotéis que ficam à sua sombra e aproveitam as águas termais para encher suas piscinas. As crianças adoram nadar na água quente ou ficar debaixo das cascatinhas, que massa­geiam o corpo inteiro. Os spas da re­gião revigoram pais e mães. 

    Mas a Costa Rica não é feita só de vulcão. Possui um turismo mais orga­nizado que o nosso. Mantém seus par­ques nacionais como tesouros que lhe trazem milhões de dólares e visitantes. Suas florestas tropicais se espalham ao longo das estradas com a exuberância da Mata Atlântica original e possuem muitos animais soltos, como o quet­zal, pássaro tão bonito que era consi­derado um deus para os povos pré-colombianos. Existe, em Monteverde, até um Bosque Eterno dos Meninos, mantido com a contribuição de crian­ças do mundo todo. 

    Em muitas dessas florestas há passeios pelas copas das árvores, às vezes a quase cinquenta metros de altura, onde se observa a riqueza da vida escondida entre os galhos. Nos­sos filhos passeiam lá no alto em tiro­lesas seguras. Pura curtição, à qual os pais também não resistem. 

    Se as crianças gostam de praia, o país também as oferece no Atlânti­co e no Pacífico. O Parque Nacional Manuel Antonio, no Pacífico, perto de Quepos, combina a beleza das águas cristalinas com a areia branca e os passeios pela floresta quase vir­gem da orla. Já o Parque Nacional Tortuguero, no Caribe, permite que a gente veja milhares de tartarugas em desova e, ao mesmo tempo, as tartaruguinhas recém-nascidas lu­tando para chegar até o mar. 

    A melhor época para visitar a Costa Rica é entre dezembro e março, quan­do a chuva dá uma trégua. Por coin­cidência, os meses das férias de verão no Brasil. Tempo perfeito para juntar o lazer à vontade de viver a natureza. À sombra dos vulcões, sem dúvida. 

     

     

    Luís Giffoni

    LUÍS GIFFONI

     é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos. 

    Contato: giffoni@cangurubh.com.br

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