Por Maria Claret Lamounier Elias
Como tudo começou? Não sei. Acredito que carregamos na genética um dom, mas tenho certeza de que minha avó Nair interferiu enormemente na minha escolha profissional. Primeiro, porque ela era professora exigente e tinha uma letra maravilhosa! Lembro-me bem de como desenhava as letras e as decorava em meus cadernos.
Ao sentar à mesa para fazer os deveres de casa, exigia de mim, milimetricamente, os cadernos em sequência um ao lado do outro.
Hoje, tenho certeza de que esses cuidados me ajudaram a me tornar a profissional organizada, criativa, persistente que sou.
Mas foi apenas ao entrar para a faculdade que aflorou em mim esse amor pela profissão.
Quando falo de amor, podem entender como “piegas”, mas aprendi com meus pais, alunos, pais de alunos, professores quem eu sou.
Na vida, nada acontece por acaso, nossa caminhada vai adquirindo sentido e vamos acreditando cada dia mais em nós e aí se faz a história de vida.
Uma professora, cheia de sonhos, foi tomando corpo enquanto ser humano, somando a cada encontro o aprendizado e doando a cada dia o que aprendeu.
Assim nasceu o encontro mãe/professora/pais/escola. A construção levou tempo!
O casamento, a maternidade e a família vieram para somar, mas não foi fácil. Quantas vezes pensei em desistir! Ser um pouco de cada não é uma jornada para qualquer uma.
Para que contar isso? Para mostrar que as interferências, o convívio, a persistência, o desejo, o estudo, o sonho não podem perder o sentido. Temos que elaborar em nós a melhor maneira de encontrar o caminho.
Uma experiência de vida é tudo.
Posso ajudar com a palavra: coragem, professor! Vá em frente! Siga sua história. Assim se constrói um professor!
Isso é vida!!