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Tudo porque fui gordinha na infância
Essa garota não é menos gente só porque é gordinha. Ela tem sentimentos e chora à noite, enquanto os corações de seus pais ficam despedaçados. Ela foge das atividades esportivas na escola. Está sempre escondida para não chamar a atenção e se sentir constrangida. É sempre a amiga e nunca a namorada. Frases como: “Você tem o rosto tão bonito, porque não emagrece” eram constantes entre familiares. Ou então: “Nossa, você é corajosa de usar biquíni”.
O quanto que eu passei por isso e o quanto que minhas clientes adolescentes também passam nos dias de hoje. Os apelidos, as risadas, a falta de educação e o constrangimento que eram na minha época, são os mesmos hoje. E o quanto que esta circunstância impactou a minha vida adulta. Perdi oportunidades, tive problemas de relacionamento por falta de aceitação e claro problemas com minha autoestima e amor próprio.
Leia tanbém: Como não descuidar da alimentação das crianças durante o isolamento social?
Tudo porque fui gordinha na infância.
Hoje eu entendo que a responsabilidade é minha como mãe. Há 50 anos, a minha mãe não tinha todos os recursos e informações que temos hoje. Para ela, a boa mãe era aquela que tinha filhos com dobras pelo corpo. Bebe gorducho era sinônimo de saúde. Hoje temos condições de criarmos nossos filhos emocionalmente saudáveis para que eles não tenham a necessidade de se apegar a vícios como a comida.
Nenhuma criança merece viver este trauma de excesso de peso, só porque é gordinha, nem o trauma de ter de fazer uma dieta de adulto para virar um adulto que só pensa em dieta. Não deixe o seu filho viver este trauma. Não teremos o controle sobre tudo o que acontece com eles, mas podemos evitar alguns possíveis traumas.
Cuide da alimentação dos seus filhos com a mesma responsabilidade que você cuida das lições de casa dele.
Leia também: Consumo de adoçantes por crianças só aumenta; especialista alerta para riscos à saúde
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Andrea Romão
Andrea Romão é psicóloga há mais de 20 anos, pós-graduada em Gestão de Pessoas, com certificações internacionais em Coaching, Programação Neurolinguística, Neurociência e EFT (Emotion Freedon Tecniques). Há dez anos, trabalha com reeducação emocional, ajudando adultos e crianças a entender e lidar com as suas emoções.
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