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Cansou de aniversário online? Saiba como preparar uma festa de verdade – e segura – para os pequenos
Durante a quarentena, as festas virtuais foram a saída encontrada por muitos pais para não passar em branco um dos dias mais esperados do ano pelas crianças – o do próprio aniversário. Atualmente, porém, passados quase 12 meses de pandemia, as famílias têm procurado serviços de festas infantis que se adaptaram às normas de saúde e segurança, oferecendo alternativas seguras para celebrar a festa dos pequenos, ainda que com poucos amigos.
Caixas unitárias de alimentos para cada um dos convidados, aluguel de brinquedos e recreação com opções de brincadeiras sem contato físico entre as crianças são algumas das novidades encontradas no mercado. A seguir, veja o que sugerem três empresas de festas infantis em São Paulo para poder oferecer um aniversário seguro para o seu filho!
Caixas individualizadas com doces, salgados e bebidas
Para evitar o manuseio dos alimentos por várias pessoas, é possível contratar pacotes de festa com caixas individuais de doces e/ou salgados para cada um dos convidados. Além disso, os bolos são embrulhados em porções individuais ou servidos em marmitinhas e as bebidas vêm garrafinhas pequenas. Dessa forma, os participantes podem confraternizar sem estar em volta de uma mesa de comida compartilhada. “Tudo pensado para facilitar e evitar o contato entre os participantes, porque não é recomendado que todos usem a mesma suqueira nem os pegadores de alimentos”, salienta Márcia Fróes, fundadora da Picnics, empresa especializada em eventos ao ar livre.
Na estruturação da festa, a empresa monta pequenos espaços separados para grupos de 3 a 4 pessoas, que incluem mesas com distanciamento de 1,5 metro entre elas. “Se os pais que não abrem mão da festa presencial, orientamos a convidar apenas as crianças, não necessariamente todas, mas sim os amiguinhos mais íntimos”, aconselha Márcia.
Para a realização da festa, ela sugere espaços como o quintal de casa, praças do bairro ou ambientes abertos do condomínio do prédio, já que muitos parques ainda não permitem a realização de qualquer tipo de reunião no local. Márcia relata que para minimizar riscos de transmissão da covid-19, todos os eventos estão sendo feitos com uma equipe reduzida, desde os responsáveis pelo transporte dos materiais até as pessoas encarregadas do serviço.
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Brinquedos separados para cada uma das crianças
A Brincando no Pé, centro cultural que organiza festas infantis, oferece pacotes com kits individuais de brinquedos disponibilizados para cada uma das crianças convidadas. Os kits costumam conter brinquedos para a recreação, materiais para oficinas que o grupo realiza e até mesmo peças para que os pequenos incrementem a decoração da festa de aniversário. Essa proposta tem como objetivo individualizar as oficinas e as brincadeiras, evitando o compartilhamento de objetos entre os convidados. Também tem como intenção proporcionar à criança a experiência de criar seu próprio brinquedo, reforçando as habilidades de coordenação motora e criatividade.
Segundo Suely Bloch, idealizadora do centro cultural, o momento atual pede que reforcemos as bolhas de convivência na hora de planejar a festa de aniversário das crianças, dando preferência aos amigos com quem elas têm mantido contato na pandemia, como os colegas de classe, primos e amigos do condomínio. “Após o retorno das escolas, o pedido está sendo para que as pessoas circulem pouco entre outros grupos, para diminuir as chances de contaminação. Então o principal indicativo é fazer a reunião com o pequeno grupo que a criança já se relaciona, o mesmo grupo de convivência”, reforça Suely. Ela também sugere decorações mais simples, feita pelos próprios familiares.
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Recreação com atividades como slime
Para quem não abre mão de um recreador infantil, a Anjos da Guarda tem como objetivo oferecer diversão para toda a família online ou presencialmente. As brincadeiras foram todas adaptadas para que se evite ao máximo o contato físico entre as crianças. Alguns pais têm dado preferência às oficinas, como as de arte e de slime, assim as crianças podem realizar suas atividades sozinhas e, muitas vezes, sentadas e distantes umas das outras.
A festas em casa são realizadas com um número reduzido de crianças e com todos os protocolos de segurança e EPIs (Equipamente de Proteção Individual) disponíveis para os recreadores. Taís Cury, recreadora e fundadora do negócio, destaca a importância de manter a segurança de seus colaboradores: “em dias de festa, medimos a temperatura de todos os funcionários, além da temperatura dos convidados”.
Além disso, o tempo de monitoria dos recreadores diminuiu. “O que antes era de quatrou a três horas de brincadeiras, passou para, no máximo, duas horas”, relembra Taís. Ela também comenta sobre a necessidade de enviar um profissional a mais, isso porque enquanto um atende às crianças, o outro fica incumbido da missão de higienizar todos os brinquedos que estão sendo usados.
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Michele Custódio
Jornalista formada pela Unesp, tem experiência na redação de temas como Saúde, Ciência e Cultura. Atualmente, pesquisa sobre Educomunicação, Marketing e Acessibilidade.
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