Por André Vieira – Metro – As escolas públicas e particulares do estado de São Paulo poderão iniciar o ano letivo de 2021 com aulas presenciais e serão autorizadas a permanecer abertas mesmo que a pandemia avance e obrigue o retorno para uma fase mais dura da quarentena. As novas regras foram anunciadas ontem (17) pelo governo e serão oficializadas hoje com decreto no Diário Oficial.
Na prática, as escolas, que hoje só podem abrir a partir das fase 3-amarela, entram para o grupo dos serviços considerados essenciais e ficam liberadas para receber grupos de alunos mesmo na fase 1-vermelha, a mais restritiva.
Hoje, todo o estado está na fase 3-amarela. Com a mudança, mesmo que em fevereiro de 2021, no início do ano letivo, haja aumento do número de casos e mortes pela covid-19, as escolas seguirão liberadas para funcionar.
A autorização é para a realização de forma presencial das aulas regulares – e não só de atividades extracurriculares –, e vale para as turmas dos ensinos infantil, fundamental e médio.
O ensino superior segue sendo liberado para receber alunos só na fase 3-amarela – com exceção dos cursos de saúde, liberados em qualquer etapa do Plano São Paulo.
“A escola não pode mais fechar”, resumiu o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, que se emocionou. “Fico emocionado quando falo da volta às aulas pela certeza de que a sociedade precisa defender isso como prioridade.”
O governador João Doria (PSDB) lembrou que a decisão de manter as escolas abertas, mesmo com o recrudescimento da pandemia, já foi tomada em outros locais, como em países da Europa que fecharam bares e restaurantes na segunda onda da covid-19, mas têm mantido colégios em funcionamento.
As escolas foram fechadas em março e motivaram uma longa discussão sobre os impactos para a aprendizagem e a saúde emocional das crianças, além dos desafios para os pais e os problemas econômicos para a rede privada.
As unidades estaduais reabriram parcialmente em setembro e ainda não houve registro de transmissão da covid-19 dentro dos colégios.
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Pena que nosso prefeito Bruno Covas não tomou essa atitude lá em outubro, preferindo manter escolas fechadas a perder votos de funcionários da educação pública municipal.