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Onde você imagina sua família daqui a 5, 10 ou 15 anos?
Uma das tarefas mais desafiadoras que um ser humano pode ter na vida é a de educar os filhos. O problema é que, em geral, não nos propomos a aprender como desempenhar esse papel tão importante da mesma forma como nos dedicamos a aprender uma profissão ou a fazer a gestão de uma grande empresa.
Quando somos donos de um negócio, investimos tempo e dinheiro para contratar as pessoas certas, para ver a empresa crescer, somos cuidadosos para tratar os funcionários e os clientes, nos empenhamos ao máximo para não fazer escolhas erradas, buscamos constantemente nos aprimorarmos para nos mantermos firmes e fortes no nosso propósito. Por que quando se trata de educar os filhos, nos deparamos com tantas dificuldades para nos dedicarmos e procrastinamos tanto para fazer o que realmente precisa ser feito?
Precisamos compreender e trazer para a consciência tudo aquilo que incomoda em nós mesmos, antes de conseguirmos melhorar o relacionamento com os nossos filhos.
Você tem uma visão clara de onde quer e como quer que sua família esteja daqui a cinco, dez ou quinze anos? E o que você tem feito para construir essa realidade? Quando falo em construir, falo de valores emocionais, de conexão, de confiança, de construir relações que dinheiro nenhum no mundo poderá comprar e, principalmente, de ter filhos gratos por terem tido a oportunidade de ter um pai ou uma mãe como você.
É importante nos perguntar: “Que tipo de pai ou mãe desejo ser? Como posso agir todos os dias um pouquinho para construir uma relação harmoniosa, feliz e duradoura com os meus filhos?”.
Comece observando se suas atitudes estão ou não trazendo os resultados que você gostaria no comportamento das suas crianças ou, ainda, considere se as suas atitudes podem estar afetando negativamente a autoimagem e os sentimentos do seu filho. Se as suas respostas mostrarem que algo precisa ser feito para conseguir alcançar seus objetivos familiares, você mudaria a maneira de se relacionar com os seus filhos?
Quando percebemos e tomamos consciência do quanto nossas atitudes podem estar causando danos ao desenvolvimento emocional das crianças fica mais fácil buscar um novo caminho.
Certamente estamos sendo o melhor que podemos. Afinal, amamos os nossos filhos e queremos o melhor para eles. Mas atuamos muitas vezes de forma inconsciente, dando ordens e querendo mandar, obrigar e anular a identidade das nossas crianças, assim como a maioria dos pais pais fizeram conosco no passado.
Não nos deram voz e não foi por mal, mas sim por repetirem um padrão que foi aprendido e repetido sem ser questionado. E isso é destrutivo para a construção da base emocional do ser humano, pois aos poucos vamos aprendendo a nos desconectar de quem somos e começamos a invalidar o que pensamos, sentimos e desejamos e, sem querer, podemos fazer o mesmo com os nossos filhos.
A tomada de consciência é o único caminho capaz de quebrar esse ciclo. Busque a sua.
Leia também: Quando os erros ajudam seu filho a ter sucesso no futuro
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Telma Abrahão
Telma Abrahão é formada em Biomedicina mas mudou de carreira após a maternidade, tornando-se educadora parental. Autora do livro "Pais que evoluem" e apaixonada pelo tema da Parentalidade Positiva, fundou a empresa Positive Parenting Education, uma escola de pais localizada na Flórida (EUA), que ajuda famílias a encontrar mais equilíbrio em suas relações entre pais e filhos.
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