A comunicação pode ser um desafio para diversos tipos de relações, principalmente nas familiares. Pensando na complexidade de educar os filhos em situações onde o diálogo e a maneira de guiá-lo é uma grande barreira, a educadora parental Stella Azulay escreveu a obra “Como Educar Se Não Sei me Comunicar? Aprenda a Criar Vínculos e Uma Relação de Respeito com Filhos de Todas as Idades”, que será lançada nesta terça-feira (28), em São Paulo (veja detalhes abaixo).
Prefaciado pela acadêmica especialista em educação Cláudia Costin, o livro aborda questões de relacionamento que envolvem desde bebês até filhos na fase adulta.
“A comunicação é a espinha dorsal de qualquer relacionamento. É a partir da forma que você se comunica com as pessoas que você cria vínculos ou destrói vínculos. Uma comunicação bem trabalhada e consciente trará resultados positivos. Com a educação parental não é diferente, aliás, quando se trata de relacionamento pais e filhos, a comunicação é a base para tudo que vai acontecer com aquele criança, adolescente e futuro adulto. Da mesma forma que treinamos formas de nos comunicarmos para obtermos resultados em nossas vidas profissionais, ou em nossa vida social, por exemplo, precisamos treinar para sermos pais, educadores, mentores e influenciadores”, explica a autora.
Para além do enfoque teórico, Stella, que é mãe de quatro filhos, compartilha com o leitor relatos pessoais em situações desafiadoras, e narra suas lembranças como filha e neta de um sobrevivente do Holocausto, sempre associadas a sugestões práticas.
“Cresci escutando as histórias dos meus avós sobre como viveram a guerra. E de meus pais também. Isso impactou totalmente na formação do meu caráter e na minha visão de mundo. Sabendo detalhes que me trouxeram valores, que construíram habilidades em mim de muita resiliência, força e coragem. Por isso acredito muito no poder de contar histórias na educação dos filhos. É muito importante os pais compartilharem com os filhos suas histórias de vida. Todo mundo já teve que superar alguma perda, alguma dor, alguma frustração. É importante que os filhos conheçam suas raízes, de onde vieram, a histórias de seus avós e bisavós. Todo esse conteúdo vem carregado de muita riqueza de mensagens e com um potencial imenso de ensinar os filhos sobre a vida”, completa.
Como foi o seu dia hoje?
O livro também fala das dinâmicas do dia a dia familiar, em que, muitas vezes, os pais se frustram por não conseguir criar um diálogo com os filhos. Durante o decorrer da narrativa, os pais se deparam com a importância de, além de contarem histórias e compartilharem momentos com seus filhos, também os ouvirem e questionarem sobre assuntos relevantes de suas vidas. Segundo a autora, muitas vezes os pais fazem perguntas no “piloto automático”, e recebem respostas da mesma forma. Ao perguntar, por exemplo, “como foi o seu dia hoje”, Stella diz que “é preciso demonstrar real interesse pelo que aconteceu naquele dia na vida de seu filho”. E para isso é importante elaborar questões que tragam respostas com mais conteúdo e emoção. Por exemplo: “teve algo que te deixou feliz ou triste hoje na escola?”, ou então, “o que você aprendeu hoje na aula?’. Para a autora, essas são perguntas que estimulam os filhos a responder de maneira mais elaborada e fazem com que os pais realmente saibam mais sobre o dia daquela criança.
Ao longo dos 32 capítulos, distribuídos em 208 páginas, Stella destaca que tão importante quanto fazer a gestão das emoções, saber se comunicar envolve conhecer as raízes. Entender de onde e de quais circunstâncias se deu nossa criação e conseguir se adaptar ao hoje para a partir daí pensar: Que filhos deixaremos para o mundo?
Serviço
O livro será lançado com sessão de autógrafos e bate-papo nesta terça feira, 28 de junho, às 18:30. O evento acontecerá na Livraria da Vila, localizada no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo (SP). O bate-papo será mediado pela jornalista Mariana Kotscho e terá participação da educadora Cláudia Costin.
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