Era para ser uma aula de educação física fantástica, afinal, o professor havia pensado em uma atividade com bolas coloridas, onde trabalharia com as cores e depois com pequenas somas, atribuindo valor a cada uma. Mas, uma colega nova chegou naquele dia e adivinhem? Ela era cega. Como identificaria as cores e faria as somas a partir delas?
O dia da festa das mães chegou e estava tudo maravilhoso. O teatro lotado, a decoração impecável, muita emoção e expectativa, até que dois pais chegam de mãos dadas e se assentam na primeira fileira. Dois pais podem representar a mãe, no dia das mães?
A aula seria de trigonometria e o professor separou um vídeo muito interessante, para os alunos. Mas, na hora da apresentação, não havia como traduzir o vídeo em Libras e o aluno surdo ficou de fora da atividade.
Leia também: 10 maneiras de contribuir para uma infância sem racismo
A professora pediu aos alunos que colorissem o personagem com lápis cor da pele. Mas, um aluno negro disse que não estava encontrando a cor da sua pele na caixa de lápis de cor.
Se você está achando tudo isso inacreditável, quero te dizer que TODAS as situações relatadas acima são fatos reais.
As situações são diversas, mas trazem uma coisa em comum: ninguém sabe como lidar com a diversidade na escola. O diferente nos coloca diante do novo e saber como agir é nosso grande desafio. O mundo é feito de pluralidades.
Historicamente, as escolas foram pensadas e desenhadas para um pequeno grupo de privilegiados social, econômica, política e culturalmente.
A escola, por ser um espaço público e democrático, precisa acolher as diferenças. É certo que vamos receber, no espaço escolar uma diversidade enorme de pessoas.
A Base Nacional Comum Curricular, documento normativo que vai orientar a elaboração dos novos currículos escolares, fez questão de destacar a necessidade de a escola contribuir para aplacar toda discriminação e preconceito, dialogar com a multiculturalidade. A convivência e respeito à diversidade na escola deve ser uma dimensão fundamental de uma instituição acolhedora.
A defesa dos direitos humanos transpassa qualquer posicionamento político ou ideológico. Por isso, são fundamentais, o diálogo e o entendimento em torno da nova BNCC, com o resgate de valores essenciais para a educação, como o integral respeito aos direitos humanos no processo de formação de nossa crianças e juventudes.
Leia também: 7 competências socioemocionais para pôr em prática em tempos de pandemia
Quer receber mais conteúdos como esse? Clique aqui para assinar a nossa newsletter. É grátis!