Cooperar e colaborar é (bem) melhor do que competir

Em casa, durante esse período de isolamento social, a sala se tornou um espaço multiuso. Tem aula de yoga, meditação, massagem, música, dança, filme

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Cooperar e colaborar é (bem) melhor do que competir
Há alguns meses meu marido introduziu o Badminton como atividade diária, usando a mesa de jantar para dividir a quadra
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Tenho hábito de me deitar na cama do Felipe e ler ou meditar ou conversar antes dele dormir. Outro dia, num momento desses ele me disse:

“Mãe, eu não gosto de competição, é chato. Prefiro quando a gente faz as coisas juntos sem ter que ver quem é melhor.”

Concordei com ele, eu também não gosto de competição, todo mundo é bom em alguma coisa, mas eu prefiro competir comigo mesma, me superar a cada dia. Se tiver que escolher entre competir ou cooperar e colaborar, vou escolher os dois últimos, faz muito mais sentido, embora a competição seja incentivada todo o tempo.

Quando gostamos de cooperar e colaborar, não sentimos medo de perder numa competição porque sabemos que temos capacidade de tentar outra vez, de se reinventar. A gente aprende que perder também é bom, que às vezes até dói, mas a dor ensina.

Em casa, durante esse período de isolamento social, a sala se tornou um espaço multiuso. Tem aula de yoga, tem meditação, tem massagem, tem música, tem dança, tem filme. Jogamos Mico, Xadrez, Banco Imobiliário e nesses jogos sempre tem um perdedor, mas vale a diversão. Há alguns meses meu marido introduziu o Badminton como atividade diária, usando a mesa de jantar para dividir a quadra.

Badminton é um jogo com dois jogadores, duas raquetes e uma peteca. O objetivo é não deixar a peteca cair: o contrário do pingue-pongue, que também poderíamos jogar na sala, mas tem o objetivo de fazer o adversário errar. Confesso que deveria ter filmado as minhas 10 ou 20 primeiras tentativas de acertar um saque, só dava a petequinha caindo no chão e eu acertando o ar como num desenho animado. Felipe e Alexandre estão bem melhores, fazem 80 rebatidas, eu não chego em 8, mas nunca levei muito jeito nos esportes. Sigo tentando.

Nesse momento de luta contra o vírus, de espera pela vacina, preferimos esquecer a competição e focar na colaboração para não deixar a peteca cair.

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1 COMENTÁRIO

  1. A competição cria um ambiente de alta pressão, o que é danoso para a saúde mental. O mundo tem competição para todos os lados: no ambiente de trabalho, no ambiente pessoal e nos esportes. Em todo lugar tem alguém tentando superar as demais pessoas e sobressair. Isso torna as pessoas ansiosas e deprimidas, pois a alta competitividade cobra sempre o seu preço, que é elevado. Olhe o exemplo da Simone Biles, uma moça jovem e talentosa retirando-se de uma competição olímpica para cuidar de sua saúde mental. Eu fico imaginando o nível de pressão a que esses jovens foram submetidos. Todos doutrinados a dar o máximo de si apenas para derrotar outras pessoas.
    A alta competitividade produz um punhado de privilegiados, às custas de uma montanha de pessoas esmagadas, derrotadas, tristes, amarguradas e deprimidas. Aprendemos que a derrota em competições é algo negativo.
    Por um mundo mais colaborativo e menos competitivo.

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