Por Luís Giffoni
SEMPRE QUE CHEGA novembro, as férias e o Natal viram os assuntos que a gente mais comenta. Onde passar as festas do fim de ano? Para nós não foi difícil tomar a decisão. Resolvemos ir para Londres. Lá moram nossa tia e duas primas. Aproveitamos as passagens em promoção e embarcamos rumo à capital inglesa.
Londres, uma cidade com tanta história e tanta importância, oferece muito às crianças. Nenhuma pode deixar de conhecer o BIG BEN e o PARLAMENTO, lado a lado, à margem do Tâmisa. Ali foram tomadas decisões que, em certa época, afetaram muito o Brasil.
Nenhuma pode deixar de passear nas ruas antigas do centro, como a OXFORD e a REGENT, com sua imponência do tempo em que a Grã-Bretanha mandava no planeta. Nenhuma pode se esquecer do PALÁCIO DE BUCKINGHAM e da troca da guarda da rainha, um espetáculo de cores e coordenação. Ou da PRAÇA TRAFALGAR, com seus generais e leões imponentes, fundidos em bronze, sem falar nos tesouros de arte da NATIONAL GALLERY, a mais bela coleção de obras de arte do país. Uma visita ao MUSEU BRITÂNICO também precisa constar do roteiro, com uma parada nas múmias do Egito. Não, elas não correm atrás da gente. De quebra, passe na BIBLIOTECA BRITÂNICA, ali pertinho, onde estão expostos alguns dos livros mais raros do mundo.
Para nós, há outras pequenas grandes atrações. No MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL, existe um simulador de terremoto que é imperdível. O cômodo inteiro balança, as coisas caem das prateleiras. Você vive o tremor sem o medo. Numa das salas, há um enorme tiranossauro que urra e tenta atacar. Claro que é de brinquedo. Em outra, a gente mergulha na história da Terra e pode tocar num meteorito que pesa muitas toneladas. É um pouco como viajar para fora do Sistema Solar, de onde o meteorito veio.
No entanto, a Londres de que mais gostamos fica fora desse circuito. Nada como um passeio pelo REGENT’S PARK, onde a gente pode correr à vontade e pisar na grama o tanto que quiser. O parque possui um lago com milhares de aves. Alimentar os cisnes brancos é quase impossível ante a fome das gaivotas. As galinhas-d’água buscam alimento no lodo do fundo, donas de grande fôlego. Até maritacas aparecem nas árvores para trazer um colorido tropical ao céu cinzento de dezembro. No zoológico, no meio do parque, há desde cangurus até uma aranha maior que a palma da mão.
Nosso pequeno segredo, no entanto, só as crianças sabem valorizar. São os cupcakes da PRIMROSE BAKERY (foto), uma confeitaria da Avenida Gloucester que é a capital da doçura em Londres. Depois de ir ali, dá vontade de voltar todos os dias. O problema é que o Natal passa, o Ano Novo chega, e logo as férias acabam. Mas o doce gostinho do céu fica para sempre na memória. Londres é um cupcake para todos os gostos.
LUÍS GIFFONI
é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos. Neste mês, ele escreve a seis mãos com as netas Giulia, 9, e Marina, 8.
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