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Estudo testa 24 cadeirinhas de bebê e indica quais são as mais seguras
Um total de 24 cadeirinhas de bebê, usadas para transportar crianças nos veículos, foram avaliadas por um novo estudo da Pesri, sigla para “Programa de Avaliação de Sistemas de Retenção Infantil”. Trata-se de uma ONG que faz parte do Latin NCAP, que promove diferentes testes de segurança em veículos vendidos na América Latina e Caribe.
Foram analisadas cadeirinhas comercializadas na Argentina, Brasil, México e Uruguai, porém os modelos também podem ser encontrados em outros países da região. Os testes incluem seis modelos apenas para bebês, quatro modelos conversíveis para bebês ou crianças pequenas e cinco cadeiras multigrupo que podem ser usadas em várias configurações, conforme o bebê vai crescendo.
O estudo explica que justamente pelo fato das cadeiras multigrupo poderem ser usadas por crianças em diversos grupos de peso e, logo, em diferentes estágios de crescimento, elas são mais populares e de preço mais acessível. No entanto, os testes mostram que dificilmente esses modelos alcançam bons desempenhos em toda a gama de uso – o que já havia sido indicado em exames anteriores.
Entre os defeitos desse modelo, que é fixado no assento usando o próprio cinto de segurança, está a dificuldade de instalação e necessidade constante de ajustes nas fivelas, para compensar o processo natural de folga nas travas e correias.
“Os resultados globais estão em linha com os anos anteriores e confirmam que os assentos multigrupo podem comprometer a segurança, especialmente os sistemas de retenção infantil instalados (SRI) com cinto de segurança. No entanto, três SRIs multigrupo (Pallas M-Fix, Kiddo Adapt e Bebesit Supersport) tiveram uma classificação de quatro estrelas”, afirma a análise.
O estudo afirma que as cadeirinhas que são presas no assento do carro com cinto de segurança do veículo devem ser reajustadas ou reinstaladas uma vez por semana. Diz também que “em linha com os novos padrões e tendências globais, é cada vez mais comum que novos modelos de veículos ofereçam ancoragens ISOFIX como equipamento padrão”. Esse modelo usa ganchos presos na própria carroceria do veículo, deixando-a preso de modo mais firme, o que contribui para “reduzir drasticamente o uso indevido e a instalação incorreta; melhorando consideravelmente a segurança”, destaca o Pesri. Embora esse modelo seja obrigatório em todos os carros vendidos no Brasil desde 1º de janeiro de 2020, ainda é permitido que empresas vendam cadeirinhas sem o Isofix.
Das 24 cadeirinhas avaliadas, apenas oito atingiram a nota máxima de cinco estrelas, cujos modelos pertencem às marcas Britax-Römer, Cybex, Maxi-Cosi e Peg Perego. Também foram avaliadas as empresas Bébé Confort, Bebesit, Chicco, Kiddo, Recaro e D’Bebé. onfort, Bebesit, Chicco, Kiddo, Recaro e D’Bebé, sendo esta última, destinada a bebês e crianças de até um ano, a única que conseguiu apenas uma estrela na avaliação.
O Pesri avaliou as cadeirinhas de bebê em diferentes testes de impacto frontal e lateral, usando uma carroceria parcial projetada especificamente pra isso. A ONG também avaliou o uso de adesivos de alerta (como o risco do uso do assento em bancos com airbag frontal) e instruções de uso, para verificar se o consumidor tem acesso a todas as informações necessárias para a correta instalação do equipamento.
Leia também: Lei da cadeirinha: saiba o que pode mudar no transporte de crianças nos veículos
Veja a classificação das cadeirinhas de bebê e/ou crianças, avaliadas pelo Pesri em 2021 na tabela a seguir.
Leia também: 5 cadeirinhas automotivas mais vendidas do mercado
Uso correto da cadeirinha de bebê é essencial para proteção
A ONG recorda que as instruções para os consumidores são um ponto importante de atenção. Trajetos inadequados do cinto de segurança, folga nas tiras do cinto ou cinto do veículo e o uso de cadeirinhas de bebê inapropriadas (por exemplo, tamanho ou orientação incorretos) aumentam a probabilidade de consequências graves para as crianças em caso de acidente; independentemente das qualidades de proteção dos assentos quando usados de forma otimizada. A D’Bebe demonstrou, segundo o estudo, um desempenho ruim nesta análise, por oferecer marcação ruim do trajeto do cinto, não ter a etiqueta de advertência do airbag para os assentos voltados para trás, entre outros aspectos. Os modelos Recaro Monza Nova e Monza Nova IS possuem manuais em preto e branco que não permitem apreciar a correta orientação e instalação do cinto de segurança, como nas versões coloridas.
Recomendações do PSRI para os consumidores:
Usar a cadeirinha adequada, voltada para trás para crianças pequenas com, pelo menos, 18 meses de idade e, quando possível, até três anos.
Ao utilizar boosters, recomenda-se o uso daqueles com encosto para melhorar a proteção em um eventual impacto lateral, visto que a maioria dos veículos do mercado latino-americano carece de proteção adequada contra impactos laterais. Boosters sem encosto não oferecem proteção contra impactos laterais.
Todas as crianças devem usar algum tipo de SRI até atingirem, pelo menos, 1m35cm de altura.
Leia também: Inmetro agora permite e certifica cadeirinhas infantis com o sistema Isofix
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Canguru News
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