Bullying: 10 perguntas para identificar se seu filho é vítima de violência

Para combater a prática, famílias e escolas devem procurar formas de criar um ambiente inclusivo e que promova o bem-estar

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Aluno sentado no chão apoia cabeça sobre joelhos
Pais e escola têm de conversar e pensar em formas de ajudar a criança vítima de bullying
Buscador de educadores parentais
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Nem sempre é simples para os pais identificar se o filho é vítima de bullying. As agressões verbais, físicas ou psicológicas recorrentes que levam o aluno à humilhação ou intimidação têm ocorrido cada vez com maior frequência nas escolas e nos ambientes virtuais. E por mais que a família esteja atenta ao comportamento dos filhos, muitas vezes eles próprios podem evitar falar sobre isso, com receio de agravar a situação, dificultando com que sejam ajudados.

cyberbullying cresceu de 13% para 16.67%, entre 2021 e 2022, enquanto o bullying foi apontado por 11% das crianças questionadas, segundo um estudo realizado em 44 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa “Comportamento de saúde em crianças de idade escolar” contou com a participação de 279 mil crianças e adolescentes de 44 países da Europa, Canadá e Ásia Central.

“Os aparelhos eletrônicos oferecem uma falsa proteção e anonimidade para quem faz bullying, mas é preciso entender que assim como no mundo real, há regras e leis que devem ser seguidas. O que acontece online tem repercussões diretas no mundo real”, afirma a coordenadora de apoio educacional do Colégio Marista Paranaense, Priscila Cirino. Ela lembra que esse cenário se agravou durante e após a pandemia, quando as relações se tornaram majoritariamente virtuais e agora, para combatê-lo é preciso um trabalho de conscientização sobre relacionamentos e educação midiática.

A escola é um espaço importante para a prevenção, identificação e combate de práticas de violência. Para o psicólogo Henrique Costa Brojato, coordenador de cuidado integral do Marista Brasil, é fundamental que o debate sobre bullying seja ampliado nas escolas e em casa durante todo o ano. “A escola precisa atuar em três dimensões: na prevenção, na identificação e nos encaminhamentos dos casos confirmados de bullying, promovendo um ambiente inclusivo e de bem-estar aos estudantes”, pondera o coordenador. A propósito do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência, celebrado no dia 07, a rede de escolas fará em abril uma série de atividades de combate ao bullying e ao cyberbullying visando promover a cultura da paz e do respeito às diferenças. 

Abaixo, os educadores sugerem perguntas que podem ser feitas a crianças e adolescentes para identificar situações de bullying:

  1. Você já recebeu algum apelido ofensivo na escola?
  2. Você já deu algum apelido ofensivo para alguém?
  3. Algum colega já te machucou fisicamente?
  4. Você já precisou trocar de lugar para não ser incomodado?
  5. Alguém já mexeu (guardou, escondeu, jogou) seu material escolar ou lanche?
  6. Você já se sentiu excluído na escola?
  7. Você já teve medo de vir para a escola?
  8. Você já recebeu algum comentário ofensivo de colegas nas redes sociais?
  9. Você já presenciou alguma situação de bullying? Como foi?
  10. Para você, a escola/clube/parquinho/playground do prédio é um lugar seguro?

Diante da confirmação da suspeita, a família deve procurar o professor e/ou a direção da escola para que juntos possam discutir diferentes formas de ajudar o aluno.

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