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Brincar de boneca estimula a criança a falar dos sentimentos do outro, aponta estudo
Pelo segundo ano consecutivo, a empresa Barbie, juntamente com um time de neurocirurgiões da Cardiff University, no Reino Unido, se juntam para entender a resposta cerebral de crianças a uma determinada atividade: brincar de boneca. No primeiro ano, as evidências mostraram que as áreas do cérebro associadas a habilidades sociais são ativadas durante as brincadeiras.
Desta vez, o estudo analisou os impactos a curto e longo prazo das brincadeiras com bonecas. Segundo os especialistas, além de ter sido revelada a importância do que as crianças dizem enquanto brincam, eles também puderam concluir que, ao brincar sozinhos, os menores compartilham muitos pensamentos e sentimentos com as bonecas.
As pesquisas apontam para a facilidade das crianças em falarem mais sobre os sentimentos dos outros, conhecida como LEI (Linguagem de Estado Interno). De acordo com os dados divulgados, os menores são mais capazes de desenvolver essa capacidade ao brincar de boneca do que jogando em tablets. Falar sobre sentimentos de terceiros faz com que as crianças pratiquem habilidades sociais, além de ser benéfico para o desenvolvimento emocional em geral.
Os pesquisadores perceberam um aumento da atividade na região sulco temporal, região altamente envolvida no desenvolvimento de habilidades de processamento social e emocional, enquanto as crianças falavam sobre os pensamentos e sentimentos das próprias bonecas. Mesmo quando brincando sozinhos, as habilidades sociais vitais dos menores são desenvolvidas.
“Quando as crianças criam mundos imaginários e encenam com bonecas, elas expressam primeiro em voz alta, depois internalizam a mensagem sobre pensamentos, sentimentos e emoções do outro”, afirma a pesquisadora Sarah Gerson, comandante da pesquisa.
Sarah ainda relata que, a longo prazo, os benefícios são muitos. “Isso pode ser muito benéfico a longo prazo, já que pode levá-las a ter mais sucesso em processar questões sociais e emocionais e ajudá-las a desenvolver a empatia, que pode moldar seus hábitos ao longo de suas vidas”, afirma.
Em meio a falta de estímulos sociais vindo de terceiros devido a pandemia, 61% dos pais abordados na pesquisa relataram que o desenvolvimento social e emocional de seus filhos foram negativamente afetados durante o período. Brincar com bonecas, no entanto, pode significar às crianças a oportunidade de simular cenas e interações que aconteceriam no dia-a-dia, destacam os pesquisadores da Cardiff University. Eles complementam que as bonecas podem servir de modelo para que os menores recriem aquilo que ouviram e viram, ensaiando habilidades sociais que poderão ser utilizadas em situações da vida real.
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Maria Clara Villela
Maria Clara Villela é estudante de jornalismo na faculdade Cásper Líbero. Fascinada por escrita, já desenvolveu textos em diversas editorias, incluindo esporte, parentalidade e política, suas maiores paixões.
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