Às vezes, dói ser mãe e amar tanto

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    MaternagemSegundo Sigmund Freud, criador da psicanálise, o impacto da maternidade em cada mulher é singular. Cada mulher é única e vive essa fase com conflitos e necessidades diferentes. Muitas mulheres sentem que essa experiência lhes permite assumir quem realmente são. Desperta a mulher forte que vive dentro dela. Mas o que se observa nos grupos de mulheres e nos consultórios é que há momentos em que dói ser mãe e amar tanto. A mulher sente-se fragilizada diante de um novo ser e já não tão vigorosa. No consultório, é comum escutar as mulheres dizerem que estão divididas, sentindo solidão e que não encontram o apoio que desejam e precisam à sua volta. Diante disso, elas podem fazer diferentes escolhas, inclusive não amamentar ou não ser uma mãe presente. Mas a diferença está nas consequências dessas escolhas.

    Para Donald Woods Winnicott, pediatra e psicanalista, a função da sociedade nos primeiros meses do bebê é favorecer um ambiente tranquilo para a mãe, que se doa inteiramente para o filho. As pessoas ao redor precisam estar atentas às necessidades dessa mãe e oferecer orientação, apoio, ajuda e amizade. A mulher também precisa ser mais bem preparada, para que não tenha medo dos sentimentos que emergem e para que possa tomar decisões planejadas junto com esse outro ser que está ao seu lado, inclusive sobre sua carreira, que na atualidade sempre exige muito dessa mulher. Cada mulher e família vão ter a própria vivência. As experiências das outras pessoas serão apenas repertório de luz inspiradora para que essa família possa criar o próprio caminho. As corporações e a sociedade como um todo precisam conhecer melhor esse fenômeno fundamental na vida de uma mulher e de um bebê: a maternagem. Uma das maiores dificuldades que a mulher mãe enfrenta é separar-se do filho tão precocemente como ocorre hoje com a licença -maternidade de quatro ou seis meses em nosso país. Aqui, é comum o abandono da carreira.

    Finalmente, de acordo com a socióloga Suely Ferreira Deslandes, as mulheres mães precisam, sim, da contribuição de todos. Precisam de suporte. Todos, enquanto família e sociedade, têm o interesse comum de colocar um ser humano saudável e melhor neste mundo. Essa jornada de autoconhecimento e crescimento é a soma do muito que cada mulher é. E que cada uma possa dar o melhor de si mesma e se realizar pessoalmente e profissionalmente! Aqui, serão muito úteis às escolhas dessa mulher a intuição ou as sensações espontâneas que nos permitem fluir em essência no nosso caminhar.

    Simone Matias


    Simone Matias

    é psicóloga e administradora com curso de coaching e inovação pela PUCMG. Membro efetivo do Grupo de Recursos Humanos Gerir com Pessoas, atualmente atua em consultório particular como psicoterapeuta e coach.  

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