As 3 situações de emergência mais comuns com crianças — e o que toda mãe precisa saber agora

Acidentes acontecem rápido e muitas vezes no meio da rotina. Saber o que fazer (e o que não fazer) pode evitar complicações graves e salvar a vida do seu filho
Vale se informar para entender o que fazer diante de um acidente Foto: Freepik

Na correria do dia a dia, é fácil esquecer que acidentes acontecem em silêncio  e em questão de segundos. Crianças pequenas estão entre os grupos mais suscetíveis a emergências domésticas. E não se engane: isso acontece mesmo diante dos olhos de cuidadores atenciosos, já que distrações e imprevistos podem ocorrer. Uma queda no banheiro, uma xícara quente que escapa da mesa ou um pedaço de comida que “entra do jeito errado”… Todo mundo está sujeito.

Saber prestar os primeiros cuidados faz toda a diferença na hora do desespero. Por isso, os especialistas recomendam que pais, mães e cuidadores façam cursos de primeiros socorros, sempre que possível. Também é importante manter os números de emergência salvos no celular ou em lugares visíveis, de fácil acesso (SAMU 192, Corpo de Bombeiros 193, Polícia Militar 190).

Ainda assim, vale se informar para entender o que fazer diante de um acidente. Aqui, três exemplos que ocorrem com frequência na infância e como agir com segurança diante deles:

  1. Quedas

Quedas são um dos acidentes mais comuns da infância. A primeira regra é não levantar a criança imediatamente, mesmo que ela diga que está bem. Antes, observe com calma e verifique: ela está consciente? Está respirando normalmente? Houve sangramento intenso? Reclama de dor forte, especialmente no pescoço ou nas costas? Apresenta tontura, confusão, fraqueza ou formigamento?

Mesmo movimentos aparentemente tranquilos não excluem fraturas ou entorses. “O fato de o acidentado conseguir se movimentar não exclui a possibilidade de fraturas”, alerta Gustavo Fernandes Moreira, coordenador médico do departamento de Emergência do Hospital de Urgências de Goiás (HUGO), gerido pelo Einstein.

Se houver qualquer dúvida, não movimente a criança e acione o socorro médico.

Como prevenir:
Tapetes antiderrapantes, grades nas janelas, portas de proteção em escadas e atenção redobrada durante o banho ajudam bastante. Nunca deixe o bebê sobre superfícies como camas, sofás ou trocadores sem supervisão — nem por um segundo.

  1. Queimaduras: gelo nunca!

Panelas, água quente, ferro de passar, forno, café recém-feito… Em poucos segundos, uma queimadura pode acontecer. Ao perceber a lesão:

  1. Lave com água corrente fria — nunca gelada — por 15 a 20 minutos.
  2. Cubra a região com um pano limpo e úmido.

Procure atendimento se a queimadura for extensa, profunda ou atingir regiões sensíveis, como rosto, mãos, pés ou articulações. E atenção: nada de pasta de dente, vinagre, margarina ou gelo. “Receitas caseiras podem piorar o quadro e aumentar o risco de infecção”, orienta o médico de família Wilands Patrício Procópio Gomes, do Einstein. “Nunca estoure bolhas ou tente remover roupas grudadas”, acrescenta.

Como prevenir:

  • Mantenha cabos de panela virados para dentro do fogão.
  • Evite carregar a criança no colo enquanto mexe com líquidos quentes.
  • Não deixe ferro ligado ao alcance dos pequenos.
  • Verifique sempre a temperatura do banho e das mamadeiras.
  1. Engasgo: nova recomendação reforça alternância entre técnicas

Engasgo é uma das situações que mais assusta os pais e com razão. Quando algo obstrui as vias aéreas, a criança pode ficar pálida, com dificuldade de respirar, agitada e levar as mãos ao pescoço. As recomendações foram atualizadas recentemente pela Associação Americana do Coração (AHA). Para crianças e adultos conscientes, a nova diretriz recomenda alternar cinco golpes nas costas seguidos de cinco compressões abdominais (Manobra de Heimlich), repetindo o ciclo até que o objeto seja expelido. Se a vítima perder a consciência, posicione-a no chão com cuidado, acione imediatamente o serviço de emergência e inicie a RCP, começando pelas compressões torácicas. Caso o objeto engolido retorne, retire-o apenas se estiver visível e acessível. Nunca insira os dedos às cegas na boca, pois isso pode empurrar o objeto mais profundamente nas vias aéreas.

No caso de bebês menores de 1 ano, alterne entre cinco golpes nas costas e cinco compressões torácicas (no centro do peito) usando dois dedos, até que o objeto seja expelido. Se ele perder a consciência, acione o serviço de emergência e inicie RCP.
 

Como prevenir:

Corte alimentos em pedaços pequenos, mantenha objetos pequenos fora do alcance, evite oferecer alimentos duros (como uvas inteiras, castanhas, cenoura crua) para crianças pequenas e sempre supervise refeições.

Fonte: Agência Einstein

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