Como não descuidar da alimentação das crianças durante o isolamento social?

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Criança comendo: alimentação das crianças na quarentena não deve ser descuidada.
Pediatra Thatiane Mahet dá dicas para manter hábitos alimentares saudáveis das crianças durante o isolamento social. Foto: Freepik
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O isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus trouxe inúmeras mudanças para o dia a dia das famílias. Os pais ficaram encarregados de realizar uma verdadeira reestruturação da rotina dos filhos, o que inclui organizar os horários para as atividades da escola, que estão sendo feitas de casa, e, é claro, planejar as refeições. Mas, com toda a correria, como fazer para não descuidar da alimentação das crianças na quarentena? 

Thatiane Mahet, pediatra com especialização em imunologia, alergia e nutrição infantil e autora do livro “O Grande Livro do Bebê” (2017), explica a importância de se manter o cuidado com a alimentação das crianças na quarentena. “Uma boa alimentação tem influência no sistema imunológico da criança, por isso o consumo de frutas, legumes e verduras é tão importante. A alimentação caseira vai ajudar a criança a formar anticorpos e ficar saudável”, afirma. A pediatra dá dicas para os pais. Veja abaixo: 

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Crie uma rotina

“O consumo indicado de frutas, legumes e verduras é de oito porções diárias, o que garante uma alimentação rica em nutrientes e mantém a criança forte e saudável”, diz Thatiane. Ela recomenda ensinar às crianças a importância de uma excelente alimentação, contar a elas como faz bem ingerir nutrientes e não pular nenhuma refeição. Outra dica da pediatra é manter os horários do café da manhã, almoço e jantar. “Nesse meio tempo, deixe lanches semi prontos, e, caso a criança sinta fome, frutas picadas é uma excelente opção”, aconselha. 

Mantenha o ambiente alimentar

“É essencial apresentar um ambiente agradável para a criança na hora das refeições. Escolha sempre comer na mesa, se possível, o que ajuda a criar um momento único em família”, diz a pediatra. Segundo ela, há estudos que comprovam que as crianças que fazem refeições a mesa são menos propensas a obesidade infantil. O ideal também é que o ambiente alimentar não tenha distrações, como telas ou brinquedos.

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Nenhum alimento precisa ser proibido 

“Nesse momento as crianças estão sensíveis, suas rotinas mudaram e elas precisaram se adaptar com o tempo em casa. Então, não é hora de proibir, é o momento de reeducar a alimentação”, explica Thatiane. Para a pediatra, os pratos mais calóricos devem ser exceções, em um ou dois dias da semana, ou no fim de semana para descontrair. “Além disso, tudo é uma questão de quantidade: bolachas, salgadinhos e alimentos industrializados não devem ser dados em exagero para a criança não acostumar. Não ofereça o alimento direto do pacote, pois isso não impõe limite de quantidade”, orienta. 

Uma boa alimentação e o sono da criança 

“Existem alimentos que contribuem para a produção da melatonina do nosso corpo, ajudando a indução do sono tanto nas crianças como nos adultos”, fala a pediatra. Ela cita alguns: ovos e peixes, cogumelos, cerejas, banana, kiwi, aveia, pistache, nuts (nozes e castanhas) e tomate. “Lembrando que o consumo não deve ser exagerado e que o resultado não é imediato. Esses alimentos devem ser inseridos na rotina da criança auxiliando na formação do cardápio”, alerta ela. 

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