A celebração das mães suficientemente boas 

Neste mês de maio, a pediatra Talita Lodi faz uma homenagem às mães e ao seu papel na formação de indivíduos saudáveis e felizes

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FIlha dá um beijo na mãe
A mãe suficientemente boa não busca a perfeição, mas sim estar presente e emocionalmente disponível para os filhos
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No mês de maio celebramos o Dia das Mães e é oportuno refletir sobre o extraordinário papel que cada uma de nós desempenha na vida de nossos filhos. 

Como pediatra, me dedico todos os dias a gerenciar serviços de saúde, incrementando a qualidade do cuidado pediátrico. Hoje, gostaria de compartilhar uma perspectiva inspiradora sobre a maternidade: a teoria da “mãe suficientemente boa” de Donald Winnicott. 

Donald Winnicott foi um psicanalista do século XX que introduziu o conceito da mãe suficientemente boa para descrever a importância fundamental da relação entre mãe e filho no desenvolvimento saudável da criança. Segundo Winnicott, não se trata de ser uma mãe perfeita, mas sim de ser suficientemente boa para atender às necessidades emocionais e físicas de seu filho. 

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A mãe suficientemente boa é aquela que, na maioria das vezes, consegue oferecer um ambiente seguro, amoroso e consistente para seu filho crescer e se desenvolver. Ela reconhece que a parentalidade é uma jornada repleta de desafios e aprendizados, e não espera alcançar a perfeição, mas sim estar presente e emocionalmente disponível para seu filho. 

Quero enfatizar que vocês, mães dedicadas que estão lendo esta mensagem, são exemplos vivos da mãe suficientemente boa. Vocês fazem o melhor que podem em meio às demandas da vida cotidiana, demonstrando amor incondicional, paciência e dedicação aos seus filhos. 

Ao adotar a perspectiva de Winnicott, podemos compreender que ser uma mãe suficientemente boa não significa evitar todos os erros ou desafios, mas sim aprender com eles e crescer ao lado de nossos filhos. É sobre criar um vínculo profundo e significativo que sustente o crescimento emocional e a autoconfiança de nossos filhos. 

Durante meus anos de prática como pediatra, testemunhei a resiliência e o amor das mães em enfrentar diversas situações. Desde os momentos de alegria e conquistas até os períodos de incertezas e desafios, as mães são o alicerce essencial para o desenvolvimento saudável de seus filhos. 

Neste maio das mães, quero expressar minha profunda gratidão a todas as mães suficientemente boas que atravessam os altos e baixos da maternidade com coragem e determinação. Vocês são modelos inspiradores de força e amor, moldando o futuro de nossas crianças com seu cuidado gentil e constante. 

Lembrem-se de que cada interação, cada abraço e cada momento compartilhado com seus filhos contribuem para fortalecer os laços familiares e nutrir o crescimento emocional deles. Sejam orgulhosas de suas jornadas como mães e saibam que seu amor e dedicação são verdadeiramente inestimáveis. 

Portanto, celebremos não apenas o amor entre mães e filhos, mas também o poder transformador da maternidade na formação de indivíduos saudáveis e felizes. Que este mês especial seja uma oportunidade para reconhecer e valorizar todas as mães suficientemente boas ao redor do mundo. 

Que vocês possam continuar a inspirar e moldar as vidas de seus filhos com amor, gentileza e compaixão. Vocês são verdadeiramente extraordinárias! Contem comigo! 

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Talita Lodi Holtel
Talita Lode Holtel é mãe de Paola e Helena. Pediatra e hebiatra formada pela Unifesp, é especialista em gestão em saúde e coordenadora do Pronto Atendimento Infantil e da Unidade de Internação Pediátrica do Hospital Sepaco (SP), além de Supervisora do Programa de Residência Médica.

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