Por Diego Brito – Metro Jornal – A secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Melo, afirmou ontem que a maioria da população que participou da consulta pública da pasta é contra a apresentação de prescrição médica no momento da vacinação anticovid em crianças.
Rosana participou ontem da audiência pública do ministério sobre o tema, realizada na sede da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) no Brasil, em Brasília.
A rejeição da população em relação à medida vai contra os planos do Ministério da Saúde. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Marcelo Queiroga são a favor da prescrição médica no momento da vacinação. Além disso, eles também querem autorização dos pais ou responsáveis.
A pasta deve anunciar hoje o cronograma e os demais detalhes da imunização das crianças de 5 a 11 anos com a dose infantil da Pfizer. É o último dia do prazo dado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski para que o Ministério da Saúde apresente as medidas.
Rosa Melo também afirmou na audiência pública que cerca de 100 mil pessoas colaboraram com a consulta, que ficou aberta no site da pasta entre o dia 23 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro deste ano.
A secretária não apresentou a porcentagem da maioria dos 100 mil que se posicionou contra a prescrição médica, mas anunciou outros detalhes da consulta pública. “A maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidades”, disse.
Anvisa
Apesar de ter sido convidada pelo Ministério da Saúde, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não compareceu à audiência. O órgão regulador afirmou que já se manifestou oficialmente sobre a vacinação infantil no Brasil.
A Anvisa aprovou o imunizante da Pfizer para crianças no dia 16 de dezembro. No entanto, o Ministério da Saúde postergou o início da campanha, inclusive com a realização da consulta pública.
Marcelo Queiroga afirmou, na segunda-feira, que as primeiras unidades da dose infantil da Pfizer começam a chegar na “segunda quinzena” de janeiro. E que a distribuição aos estados será iniciada imediatamente.
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