A empresa para a qual você trabalha é ‘family friendly’?

Great Place to Work divulga orientações sobre como gestores podem apoiar pais e mães que trabalham nesses tempos de coronavírus

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Mãos fazem gesto que remete a um coração e dentro dele há um desenho em papel de uma família, dois adultos e duas crianças. Conceito 'family friendly'
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No Brasil, a discussão é mais recente. Mas nos países desenvolvidos há muito o termo family friendly entrou no vocabulário do mundo corporativo. Empresas alinhadas com esse conceito são aquelas que levam em consideração o bem-estar da família de seus funcionários e estabelecem práticas que respeitam os compromissos dos pais com seus filhos. “As empresas do Reino Unido já entenderam há alguns anos que quando as relações com a família vai bem, o funcionário trabalha melhor, rende mais”, diz a educadora e escritora inglesa Lorraine Thomas. Fundadora da Parent Coach Academy, a especialista tem sido contratada por grandes multinacionais para desenvolver dentro das companhias programas de apoio a pais e mães.

Por aqui, a conscientização das sobre a importância de as empresas apoiarem pais e mães ainda engatinha. Mas o assunto definitivamente já está na pauta. O primeiro ranking das “empresas amigas da infância” foi divulgado no ano passado, com apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, instituição que atua na defesa de políticas para a primeira infância como instrumento de desenvolvimento social. Seis companhias entraram no ranking como bons exemplos que deveriam ser seguidos no mundo corporativo.

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Segundo estudos do instituto Great Place To Work (GPTW), nas 150 organizações brasileiras que aparecem nas lista das melhores empresas para se trabalhar, a taxa de rotatividade voluntária (os empregados que pedem demissão) é de 7%, muito menor que os 24% da média nacional. Na avaliação do GPTW, o principal diferencial dessas empresas é se importar de fato com as condições de vida do funcionário – o que envolve valorizar suas relações familiares. São empresas que oferecem, por exemplo, condições para que os pais estejam mais presentes na vida dos filhos pequenos – seja criando jornadas de horário flexível ou criando espaço para as crianças dentro das próprias dependências.

“A ciência diz que é impossível ajudar as crianças sem ajudar os adultos”, resume Jack Shankoff, do Centro de Desenvolvimento da Universidade de Harvard (EUA). A citação está no e-book “Apoiando Mães e Pais que trabalham: guia para gestores em tempos de pandemia”, recém-lançado pela GPTW em parceria com Bloom. Agora que pais e mães passaram a trabalhar em home office, por causa da pandemia do coronavírus, mais do que nunca as empresas precisam respeitar as relações familiares como parte das atribuições diárias de cada funcionária.

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Na obra, especialistas dão dicas simples de como os gestores podem contribuir. Uma delas é entender que o funcionário não estará disponível o tempo todo para o trabalho como antes, que precisa cuidar dos filhos, preparar as refeições. Videoconferências precisam ter hora marcada e não devem ser longas. Na avaliação os estudiosos sobre as relações interpessoais no mundo corporativo, o futuro da trabalho chegou e ele é family friendly. A quarentena, portanto, pode ser uma excelente oportunidade para as empresas praticarem o tipo de relação que precisam a aprender a ter com seus colaboradores.

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