Como saber se seu filho está feliz na escola

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Criança feliz na escola
Foto: Pixabay
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Deixar o filho pequeno na escola pode gerar várias inseguranças nos pais: será que ele vai se adaptar? Gostar do ambiente? Fazer amigos novos? Para dificultar, nem sempre é possível entender completamente as reações das crianças, como o choro, a birra e reclamações. Como saber se seu filho está realmente feliz na escola? O jornal El País reuniu diferentes especialistas para falar sobre os sinais de felicidade dos pequenos na sala de aula.

Para Rafael Bisquerra, diretor de pós-graduação em Educação Emocional e Bem-Estar da Universidade de Barcelona, é possível identificar sinais de contentamento em qualquer idade. “As boas relações sociais são o fator mais relevante para favorecer o bem-estar. Também há outros, como saúde, autoestima e sentir-se útil e importante, ou seja, saber que a criança é boa em alguma coisa”, afirma o professor.

Leia também: Adaptação escolar – dicas para ajudar as crianças nesse período

O que as crianças valorizam na escola

Para avaliar a felicidade da criança, os pais não devem se basear apenas no retorno dado pelos professores ou pelo desempenho nas atividades. É preciso analisar também se ela possui um círculo de amizades e sente-se capaz de ajudar outros ao seu redor, como uma tarefa pedida pela mãe ou pelo professor.

Lucía Losoviz, responsável pelo programa Cidades Amigas da Criança da Unicef ​​na Espanha também destaca que os motivos que aumentam o bem-estar pessoal das crianças são “as relações com seus amigos e familiares”. Além disso, a representante diz que é importante fomentar a criação de hobbies, e dar tempo para as brincadeiras, de preferência, fora de casa.

Por outro lado, o que as crianças menos valorizam e o que lhes traz menos felicidade, segundo Lucía, é “brincar sozinho (à medida que crescem, valorizam um pouco mais), além da preocupação com desempenho escolar, vida no centro educacional e relacionamento com os professores”.

Mudar o sistema educacional

Para que a criança se sinta feliz na escola, Carmen Pellicer, presidente da Fundação Trilema, garante que “o sistema tradicional de notas, aprendizado mecânico e focado apenas em matemática ou linguagem, não é o mais apropriado para as crianças terem sucesso no sistema”. Para ela, “é necessária uma mudança real do sistema, especialmente na primeira infância e no ensino fundamental, que são os anos críticos para a criança adquirir o tom vital. Porque pensamos muito na adolescência, mas também é necessário trabalhar nas etapas anteriores”.

A educadora defende uma mudança e, acima de tudo, que o currículo integre outros tipos de ensinamentos na escola, como habilidades de aprendizado, especialmente socioemocionais, auto-regulação e pensamento crítico. Tudo o que prepara a educação do caráter da criança – não apenas o quanto ele sabe, mas como é, que tipo de personalidade ela adquire – é fundamental”.

Escolas e famílias são ambientes ideais para ajudar crianças a desenvolver uma consciência de bem-estar. Bisquerra enfatiza que é necessário que “os adultos atuem como modelos e contribuam para criar climas emocionais de bem-estar na família e na escola. Sabe-se que essa é a melhor estratégia para prevenir a violência e outros comportamentos de risco”.

Se quiser saber mais, leia a reportagem completa no site do El País (em espanhol).

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