3 razões que tornam as crianças restritivas para comer

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Por Phitters

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Foto: Pixabay

 

Os pais sabem que é na fase de introdução alimentar e durante a infância que vão estabelecer bons hábitos alimentares para garantir mais saúde futura das crianças. No entanto, muitas vezes sem querer, acabam caindo em armadilhas que podem levar toda a dedicação por água abaixo e gerar restrições alimentares que podem se estender por toda a vida.

São várias as razões que podem tornar as crianças restritivas, seguem as 3 principais:

1. Troca de prato

Em algum momento é normal a criança rejeitar o alimento, as vezes por estar doente, outras vezes, simplesmente porque não quer comer. E aí aquela mãe preocupada, que deseja que seu filho fique bem nutrido, vai logo procurar outro alimento que a criança aceite, pois não consegue imaginar seu bebezinho sem se alimentar adequadamente.

O problema é que essa substituição pode se tornar um hábito e ocorrer justamente o contrário, a criança passar a pedir outro alimento que não o que está em seu prato, e pedir um alimento menos saudável. Já que passa a escolher os alimentos que gosta mais.

Portanto, se a criança não quer comer, respeite-a. Retire o prato sem brigar, reclamar ou demonstrar stress, mas também não substitua a refeição por outro tipo de comida. Retire a criança da mesa e vá fazer algo divertido.

Quando ela estiver com fome, então tente novamente!

Substituir a refeição por alimentos menos saudáveis, pode iniciar um hábito e um ciclo vicioso, em que a criança sempre recusa para ganhar aquele outro alimento que ganhou da outra vez, e isso pode ser difícil de mudar depois.

 

2. Oferecer alimentos industrializados

A papinha de prateleira, a bolacha de maisena, o petit suisse, o iogurte, entre outros são alimentos que tem no rótulo as indicações de alimento saudável e indicação para bebês e crianças.

Mas o que poucos sabem é que a indústria usa de recursos que a comida caseira natural fica em desvantagem. Ela usa a Hiperpalatabilidade!

Minuciosos estudos identificam qual é a combinação e proporção ideal de sal, açúcar e gordura que mais agradam o cérebro da criança (e também do adulto). Gerando uma sensação de prazer que nenhum outro alimento natural consegue atingir.

Por isso a criança fica tão dependente destes alimentos industrializado que contenham esses ingredientes.

E aí é esperado que passe a rejeitar os alimentos mais naturais preparados em casa, já que não geram o mesmo prazer que os alimentos industrializados.

O ideal é oferecer alimentos frescos, feitos em casa, sem uso de conservantes, antioxidantes, corantes, entre outros.

 

3. Não fazer da refeição um momento em família

Muitas vezes os pais estão tão preocupados em fazer a criança se alimentar bem, mas esquecem que são eles que dão o exemplo, não adianta querer que a criança coma verduras, enquanto estão comendo batata frita.

A refeição deve ser algo prazeroso, é muito importante a criança veja os pais e irmãos comendo juntos! Sem fazer cara feia ou demonstrar ansiedade! A alimentação será natural para a criança se for natural para os pais.

E a alimentação não começa na mesa, começa lá na cozinha, preparando os alimentos. Levar a criança ao supermercado ou a feira é muito importante.

Deixar ela escolher o que deseja comer, deixar ela cortar, amassar, mexer… Tudo isso instiga sua curiosidade! Aproveite esse tempo juntos para conversar, para fortalecer vínculos.

A sensação que ela tem no início, pode influenciar toda a sua vida, para o bem ou para o mal. Este momento deve ser prazeroso e divertido, assim como os outros momentos com a família e deve haver dedicação e envolvimento dos pais.

Se houver distrações como a TV ou celular, a criança não perceberá o que está comendo e perderá essa oportunidade de aprender os sabores, texturas e consistências.

Por mais irresistível que seja, resista a todos os caminhos mais rápidos. Essa fase é uma janela de oportunidade, para o aprendizado de algo que será para a vida inteira, então curta e valorize esse momento!

A alimentação é um tema que gera preocupação em muitas famílias, e deve mesmo ser um assunto de atenção dos pais, já que temos uma população cada vez mais acima do peso.

Conhecer o que ajudará a estabelecer os hábitos adequados e evitar as armadilhas que levam às restrições alimentares, garantirá mais saúde e bem-estar aos seus filhos.

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