Quando a criança não segue as regras da casa e tem dificuldade em colaborar, muitos pais recorrem ao “cantinho da disciplina” ou “do pensamento”. O objetivo é que pense sobre o que fez e como pode melhorar sua conduta. Defensores da prática dizem que essa é uma opção que evita a violência com as crianças. Mas educadores não veem eficácia no método.
Bete P. Rodrigues, especialista em disciplina positiva, diz que a prática é uma punição disfarçada, que gera sentimentos como raiva, humilhação, tristeza, dor e culpa, os quais não trazem mudanças de comportamento.
Estudos da neurociência mostram que o cérebro infantil está em fase de amadurecimento. Mais importante, portanto, é ensinar à criança a conhecer suas emoções e como lidar com elas. Na hora da raiva e do nervosismo é difícil que consiga refletir sozinha e concluir que fez algo errado.
A abordagem da disciplina positiva sugere que os pais definam junto com o filho um espaço para ele se acalmar. Pode ser uma caixa de papelão, com livros e alguns brinquedos que tragam conforto e ajudem no autocontrole.
conselho
bete p. rodrigues