Tina Bryson: ‘Ao conseguir que a criança saia do caos, ela se sentirá protegida’

Americana Tina Bryson, coautora dos best-sellers Disciplina sem Drama e O Cérebro da Criança, participou do seminário via videoconferência. #CanguruOnline

Por Verônica Fraidenraich

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Tina Bryson participou do evento via videoconferência | Foto: Gustavo Andrade

Como entender a formação do cérebro pode ser útil aos pais e educadores para ajudar as crianças no processo de amadurecimento de sua inteligência emocional? Principalmente nas crianças menores, o hemisfério direito do cérebro e suas emoções tendem a ser dominantes sobre a lógica e a racionalidade, ligadas ao hemisfério esquerdo. Por isso é que, não raro, elas parecem e se sentem tão fora de controle. É o que explicou a psicoterapeuta americana Tina Bryson, coautora dos best-sellers Disciplina sem Drama e O Cérebro da Criança, que participou do seminário via videoconferência.

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Para manter o equilíbrio, os dois hemisférios têm de trabalhar juntos. Uma maneira de fazer isso é por meio da estratégia que a psicoterapeuta chama de conectar com as emoções para, depois, redirecionar o comportamento. Isso pode ser útil principalmente nos momentos de birra, quando os pequenos costumam espernear e se jogar no chão. Nessas horas, reagir com mais gritos e partir para a argumentação lógica na tentativa de acalmá-los provavelmente não fará efeito. Mais importante é abraçar a criança, usar um tom de voz sereno e praticar a empatia, pondo-se no lugar dela e tentando entender o que ela está sentindo. Todas essas ações favorecem a conexão com o lado direito do cérebro. Só depois deve-se partir para o uso das palavras e as explicações racionais. “Ao conseguir que a criança saia do caos para um estado de conexão, ela se sentirá calma, segura e protegida, sendo capaz de se integrar.”

JOGO DE RELAXAMENTO

Para tornar mais claras as suas teorias, Tina convidou a plateia a fazer um exercício que tranquiliza a mente, usando a mão com o punho fechado para simular o cérebro. O polegar é o piso inferior do órgão e deve ser coberto pelos demais dedos, que representam o piso superior. Ela explicou que, no alto, são tomadas as boas decisões e feitas as coisas certas. Embaixo, surgem as grandes emoções, a preocupação com os outros, o amor, mas também a chateação e a frustração. A ideia é que, ao se sentir fora de controle, a pessoa abaixe os dedos lentamente até cobrir o polegar. Esse será um lembrete de que é hora de usar o lado racional do cérebro para fazer boas escolhas e tranquilizar os sentimentos exagerados. A proposta de Tina é que os pais ensinem a brincadeira aos filhos para ajudá-los a se acalmar, mas os adultos também podem colocá-la em prática.

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