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Criança deve ser antes de tudo criança
No mês da criança, quero usar este espaço para lembrar pais e mães que nossos filhos são antes de tudo, crianças. E merecem ter uma vida de criança! Brincar, se divertir. Sujar a roupa toda de terra. Esfolar os joelhos, criar um galo na testa.
Hoje muitas crianças têm uma agenda mais cheia do que a de muito adulto. É aula de inglês, aula de música, aula de artes, aula de robótica, aula de finanças, aula de culinária. E acaba faltando tempo para que possam brincar.
Fernando Pessoa trouxe em seus versos a alegria de ver uma criança brincando.
“Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração”.
Nós, adultos, estamos trazendo os nossos filhos cada vez mais cedo para o nosso mundo. Toda a diversão que eles conseguem é passear no shopping. É jogar videogame. É usar o smartphone mais moderno. E no final, ainda reclamamos que eles estão muito consumistas.
Mas quem afinal os ensinou a ser assim?
Acabamos tirando-os do seu mundo de crianças. Com toda sua magia, sua pureza. E ao mesmo tempo, em uma ironia extrema, muitas vezes, nós adultos gostaríamos de voltar para esse mundo. Daríamos tudo para voltarmos a ser crianças.
LEIA TAMBÉM: É permitido ser criança: a importância do livre brincar na infância
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Carlos Eduardo Costa
Carlos Eduardo Freitas Costa é pai de Maria Eduarda e do João Pedro. Tem formação em ciências econômicas pela UFMG, especialização em marketing e em finanças empresariais e mestrado em administração. É autor de diversos livros sobre educação financeira para adultos e crianças, entre os quais: 'No trabalho do papai' e 'No supermercado', além da coleção 'Meu Dinheirinho'. Saiba mais em @meu.dinheiro
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