Rinoceronte Doran, morto ontem no zoo de BH, irá para o Museu da PUC Minas

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    Da Redação

     

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    Doran tinha 27 anos e vivia em BH desde 1996 | Foto Suziane Fonseca / Fundação Zoobotânica / Divulgação

     

    O rinoceronte Doran, morto na manhã desta quarta, dia 21, no Zoológico de Belo Horizonte, irá para o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. Doran, um rinoceronte-branco (Cerathoterium simum), de 27 anos de idade, se juntará a outros animais falecidos no zoológico de Belo Horizonte que também passaram a pertencer o acervo do museu da cidade. Idi Amin, o gorila, Joca, o elefante, e uma girafa são outros bichos que perteceram à história da cidade e hoje podem ser vistos no Museu da PUC Minas, no Coração Eucarístico, região oeste da capital.

    Nascido no Usti Nad Lambem Zoo da República Tcheca em 1991, Doran, que chegou no Zoológico de BH em 1996, vivia em um recinto junto com Luna, fêmea da mesma espécie, atualmente com 48 anos de idade.

    De acordo com informações da Fundação de Parques Muncipais e Zoobotânica, Doran apresentava, desde 2009, um quadro de pododermatite, doença crônica comum em rinocerontes, e mais recentemente, outras lesões surgiram em seu corpo, de forma secundária, em decorrência da doença. Ele vinha recebendo intensos cuidados no zoológico, com monitoramento contínuo das equipes técnicas (médicos-veterinários, biólogos e tratadores). O tratamento consistia em cuidados com os pés e mãos do animal, como cortes das unhas, curativos diários, manejo da dor e controle de possíveis infecções durante as crises.

    Em 2012, foi instalado um piso emborrachado em seu recinto visando aumentar o bem-estar do animal diante de seu quadro de saúde. Em 2017, novas intervenções nesse sentido foram feitas, como implantação de gramado e rampa no recinto, para facilitar o deslocamento do animal. O animal recebeu ainda aplicações de laser medicinal, acupuntura e pomadas cicatrizantes, algumas com bases homeopáticas. Doran não respondeu bem ao tratamento proposto e seu estado piorou nas últimas semanas.

    O exame necroscópico foi realizado pela equipe de médicos-veterinários da FPMZB juntamente com médicos-veterinários especialistas em Patologia Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais. As lesões foram compatíveis com o quadro crônico de pododermatite e incluíam alterações articulares e feridas nos membros. 

    Na PUC Minas, de acordo como biólogo Leandro de Oliveira Marques, o animal passará por um processo de taxidermia. Eles tratarão a pele da cabeça do rinoceronte para reconstituição. A ossada e a cabeça reconstituída poderão ser vistas no museu entre 6 a 8 meses.

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