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Resgate do brincar: a campanha de Natal da Lego que fez meu coração de mãe gritar “sim, é isso que precisamos!”
A Lego decidiu que o Natal de 2025 seria o momento ideal para despertar sobre um incômodo coletivo: as crianças estão brincando cada vez menos e passando tempo demais nas telas. E fez isso de um jeito tão criativo que é impossível não prestar atenção. No vídeo, os brinquedos ganham vida, formam um coral e começam a cantar uma versão linda de “Hello”, do Lionel Richie. “Hello, is it play you’re looking for?” É como se eles perguntassem diretamente para nós e para nossos filhos se ainda estamos procurando o caminho de volta para o brincar.
Foram usadas mais de 97 mil pecinhas e 220 personagens para tentar resgatar um menino de 12 anos, o Eddie, totalmente hipnotizado pelo celular. Do outro lado, a irmã monta tranquilamente seus brinquedos Lego, à espera de uma parceria que parecia impossível. Até que o coral inteiro se une para trazê-lo de volta para o mundo offline. E conseguem. E a gente suspira junto.
Segundo Remi Marcelli, vice-presidente global de marca da Lego, a ideia é inspirar famílias a criarem memórias que realmente ficam. E eu, sinceramente, acho que eles acertaram em cheio.
E não é só a Lego preocupada com isso…
O universo do brincar anda em alerta. O tão esperado Toy Story 5, previsto para 2026, também toca na mesma ferida: a ameaça das telas. No teaser, que já viralizou, o vilão é um tablet em forma de sapo. Pixar sendo Pixar, né?
A mensagem é clara: estamos vivendo um momento em que brincar está perdendo espaço para deslizar o dedo na tela. E isso tem impacto real.
Por que isso importa tanto?
Eu não demonizo tecnologia. Ela faz parte da vida, aproxima, ensina, entretém. O problema é quando o “só mais um pouquinho” vira o dia inteiro. Ou quando o brilho da tela fica mais interessante do que a imaginação.
Quando as telas substituem o brincar, as crianças perdem experiências essenciais: foco, criatividade, capacidade de se frustrar e tentar de novo, habilidades sociais, movimento, vínculo.
E tem mais. O cérebro infantil se acostuma ao consumo rápido, acelerado e fragmentado, o que reduz o tempo de atenção. Tudo isso sem contar os riscos conhecidos, como sono ruim, sedentarismo e conteúdos inadequados.
Não é sobre proibir. É sobre equilibrar. E sobre lembrar que brincar é mais do que diversão. É desenvolvimento.
Vale a pena ver (e mostrar para as crianças):
Campanha da Lego: https://www.youtube.com/watch?v=j80laKb6cR4
Teaser de Toy Story 5: https://www.youtube.com/watch?v=DXbjz8gAaYc
Canguru News
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