Por Rafaela Matias
Quando a Canguru foi convidada para acompanhar os seis caminhões da Coca-Cola, que realizam anualmente uma caravana natalina pela cidade, comentei com alguns colegas – todos adultos. “Aquele que leva o Urso Polar?” e “Mande um abraço ao Papai Noel!” foram alguns dos comentários que ouvi. Percebi que eram mais que caminhões. Eram ferramentas capazes de trazer o gostinho da infância de volta à vida.
Como uma criança, pulei para dentro do caminhão que aguardava no estacionamento do Shopping Del Rey e segui para o tour pelas ruas da capital. Eu, Urso Polar, Papai Noel, Soldadinho de Chumbo, Bailarina e toda a equipe responsável por encantar a criançada. Aliás, não só a criançada.
Seguimos pela Av. Presidente Carlos Luz e tocamos rumo à Praça do Papa. No trajeto, incontáveis sorrisos. Era impossível não notar a euforia das crianças. “É mesmo o Papai Noel!”, gritou uma menininha enquanto observava atentamente a decoração. O pai consentiu com a cabeça e os dois ficaram ali boquiabertos admirando a passagem do Bom Velhinho. Naquele instante, o Sr. Carmo, que dirigia o caminhão em que eu estava, traduziu em palavras o meu sentimento. “O que mais impressiona são os adultos”, disse ele. “Já vi senhoras chorando.”
Passei a observar, além dos sorrisos mirins, toda a gente grande que também se encantava por ali. Em postos de gasolina, bares, academias, clubes e até no Corpo de Bombeiros. Muitos beijos, gargalhadas, olhares vidrados, algumas expressões incrédulas. Sem distinção. De moradores de rua a garotinhas vestidas de princesa. Todos sorriam juntos. E me provavam que, para o encanto do Natal, não existe segregação. As pessoas apenas apreciam a magia. Todas elas.