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Por que os pais gritam com seus filhos?
Você pode achar até meio engraçado lembrar de como seus pais gritavam com você quando criança e acaba achando que só existe essa maneira de educar um filho para ser bem-sucedido na vida.
Mas pare para pensar. Se tudo isso funcionasse mesmo, por que as crianças não mudam seu comportamento para melhor mesmo depois de tanta gritaria?
Albert Einstein, disse sabiamente: “Insanidade é ter sempre a mesma atitude e esperar resultados diferentes”. Parece claro que as crianças têm comportamentos desafiadores há muito tempo e que gritar com elas não tem sido a solução.
Além disso estudos mostram que gritos afetam a mesma área do cérebro que castigos e podem deixar marcas emocionais que desencadeiam depressão e ansiedade ao longo da vida.
Agora que você percebe como gritar é destrutivo, é hora de discutir os motivos mais comuns pelos quais os pais gritam.
Os gritos dos pais: motivos que levam a isso
- Uma intensa resposta a frustração – Para muitos pais, gritar é a resposta à uma frustração intensa. Como pai ou mãe, você é confrontado com muitas pressões e demandas conflitantes, e a frustração é comum. E quando seu filho continuamente o desafia, pode parecer impossível evitar os gritos. Lembre-se, porém, de que gritar geralmente aumenta o nível de tensão na casa e cria mais problemas relacionados ao desafio do que resolve.
- Meus pais gritaram comigo, então eu grito também – Muitos de nós crescemos com uma quantidade considerável de gritos de nossos próprios pais. Alguns pais podem acreditar: “Eu tive que lidar com isso, então meus filhos terão que fazer o mesmo”.
- Gritar torna-se um hábito – O problema de gritar é que, depois de começar a agir sempre assim, você se acostuma e começa a achar normal. Torna-se um verdadeiro hábito, porém negativo e toxico. Falar baixo e olhar nos olhos, na maioria das vezes, chama e prende muito mais a atenção de uma criança do que gritar com ela.
- Gritar parece ser a única opção – Muitos pais de crianças realmente acreditam quando dizem: “A única maneira de ele me ouvir é por meio dos gritos”, mas nada poderia estar mais longe da verdade. As crianças param na hora do grito, por medo, e não porque aprenderam com eles. Por isso no dia seguinte você precisa gritar novamente pela mesma razão.
Para disciplinar uma criança não é necessário fazer uso da agressividade, rigidez e autoritarismo. Precisamos ressiginificar o que sabemos sobre educar filhos, porque é sim totalmente possível colocar limites sem precisar agredir ou desrespeitar o corpo ou a alma de uma criança.
A ironia é que quanto mais você se conecta emocionalmente com o seu filho, mais respeito ele lhe dará com o tempo, sem que você precise gritar e não o contrário.
A ciência avançou e inúmeros estudos do comportamento humano demonstram os efeitos nocivos na autoestima e no senso de capacidade de pessoas que foram criadas na base do “faz o que eu estou mandando e acabou”
Ensinamos mais pelo exemplo que pelas nossas palavras. Sejamos calmaria e não vendaval.
Leia também: Por que perdemos a paciência com os nossos filhos?
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Telma Abrahão
Telma Abrahão é formada em Biomedicina mas mudou de carreira após a maternidade, tornando-se educadora parental. Autora do livro "Pais que evoluem" e apaixonada pelo tema da Parentalidade Positiva, fundou a empresa Positive Parenting Education, uma escola de pais localizada na Flórida (EUA), que ajuda famílias a encontrar mais equilíbrio em suas relações entre pais e filhos.
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