O que aconteceu com a minha filha depois que fez 2 anos?

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    Por Cecília Antipoff

    Por acaso você já teve a impressão de que o que fala com seu filho/sua filha entra por um ouvido e sai pelo outro? Ou de que suas atitudes e comportamentos só podem ser uma forma de te desafiar?

    Se você tem filhos na fase que beira os 2 anos de idade, é bem provável que você sinta isso com muita frequência e que esteja cansada, frustrada e sem saber o que fazer.

    Vivenciei isso com minha filha, o que me fez mergulhar no entendimento teórico desta fase específica de desenvolvimento para restaurar meu fôlego (e minha paciência) diante das inúmeras “batalhas” diárias.

    Descobri que a melhor forma de mudar o nosso comportamento reativo diante das birras, ataques de raiva e contrariedades dos nossos filhos é COMPREENDER o que pode estar por trás desses comportamentos.

    Pois bem, é importante você entender que, se tem um filho ou uma filha nesta fase e o seu comportamento tem sido frequentemente acompanhado por “nãos”, por choros e conflitos nos momentos de banho, alimentação e sono (ou seja, nos momentos de organização de rotina), você precisa comemorar.

    Exercite a sua flexibilidade e
    o seu bom humor (as tarefas
    diárias vão demorar mais
    tempo do que você planejou)

    Isto mesmo! Comemore! Porque este é um sinal de que tudo está indo bem com o desenvolvimento do seu filhote! Sinal de que ele está mergulhado num processo de individuação em que se percebe como um ser diferenciado e separado de você e das outras pessoas que o rodeiam. Sinal de que está construindo, de forma ativa, a sua noção de eu. E, para isso, vai precisar negar as suas ideias, as suas propostas e ir contra os combinados algumas (muitas!) vezes.

    E somos nós, adultos (mães, pais…) que devemos buscar uma NOVA FORMA de nos comunicarmos com as crianças. Simplesmente porque a entrada aos 2 anos de idade marca a “chegada” de um novo processo emocional, social e mental (o desenvolvimento cognitivo da criança muda a sua configuração).

    E sabe o que isso significa? Que seu filho NÃO É MAIS O MESMO de poucos meses atrás.

    Por isso, divido com você aqui algumas dicas para passar por esta fase com mais leveza, mais consciência e mais conexão com seu filho/sua filha:

    #1 Se prepare (emocionalmente) para esta fase (ela vai chegar!)

    #2 Exercite a sua flexibilidade e o seu bom humor (as tarefas diárias vão demorar mais tempo do que você planejou)

    #3 Busque uma comunicação mais próxima da linguagem da criança nesta fase. Use e abuse do faz-de- conta, das histórias e dos personagens na condução do seu dia a dia em família.

    No final das contas, sabe o que pode e provavelmente vai acontecer? Um grande e delicioso encontro e uma reconexão emocional entre você e seu filho/sua filha!

    Desejo a você uma boa caminhada!

     

    Cecília Antipoff é psicóloga, doutora em educação e fundadora da A CASA DA ÁRVORE.

     

     

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