O lanche da escola e a educação alimentar

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    A refeição é, provavelmente, o ato social mais importante no dia a dia de qualquer pessoa. Especialmente para as crianças, que veem nesse momento a oportunidade de interagir e descobrir novos sabores. Para torná-la um prazer, os pais devem se preparar e, desde muito cedo, ensinar a seus filhos que a refeição, além de ser essencial para a saúde, é sinônimo de alegria e integração, e não de proibição ou compensação. Por isso, a educação alimentar deve ser iniciada já na primeira infância, de preferência escolhendo bem o que o seu filho leva no lanche escolar. Essa refeição serve para garantir disposição nas atividades e precisa ter:

    Pao-uma porção de carboidratos (para fornecer energia), como pães integrais e biscoitos integrais;

    Queijouma porção de lácteos (que são as proteínas), como queijo branco e iogurtes;

    Frutauma porção de frutas (responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais);

    Copoe uma bebida sem adição de açúcar.


    Um lanche escolar que contenha pães brancos, refrigerantes, salgadinhos e biscoitos recheados terá pouca nutrição e muita caloria, especialmente proveniente de gorduras, sal e açúcares. Essas são as chamadas “calorias vazias”, tornando o lanche prejudicial para a saúde.

    Um ponto que não podemos esquecer é a refrigeração de alguns alimentos como queijos, iogurtes e requeijão. Uma lancheira térmica é capaz de conservar o alimento por algumas horas. Outro cuidado é em relação aos sucos naturais, que devem estar em uma garrafa escura e bem vedada para diminuir o efeito da oxidação (perda de nutrientes devido à exposição à luz, ao calor e ao oxigênio). Frutas como acerola, abacaxi e maracujá sofrem menos oxidação. E a criança deve ter sempre uma garrafa de água para manter a hidratação.

    Os pais devem se preparar e, desde muito cedo, ensinar a seus filhos que a refeição, além de ser essencial para a saúde, é sinônimo de alegria e integração, e não de proibição ou compensação.

    Uma das maiores preocupações dos últimos vinte anos é o grande crescimento da obesidade infantil. Além das conotações psicológicas envolvidas, a obesidade desencadeia tantas outras doenças que é impossível não levá-la a sério. Diabetes, hipertensão, lesões ortopédicas e musculares, doenças cardiovasculares e problemas de pele podem ser algumas de suas consequências. A qualidade da alimentação escolar tem uma grande influência nisso.

    A educação alimentar infantil é o caminho para a criação de hábitos positivos e a garantia de uma vida realmente saudável.

     

    Laila Pena


    Laila Pena

    é nutricionista e especialista em Terapia Nutricional pelo IPCE (Instituto de Pesquisa e Capacitação e Especialização) e especialista em Psicologia aplicada à Nutrição pelo IMPSI (Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno)

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