As matrículas em escolas municipais de São Paulo cresceram 73% no mês de julho, para alunos entre 4 e 6 anos. O crescimento foi constatado após comparação com o mesmo mês do ano passado e mostra um movimento de migração de estudantes de escolas particulares para escolas públicas, informa reportagem do jornal Estado de S. Paulo.
Em julho de 2019, 981 crianças se inscreveram em vagas em escolas municipais. Este ano, foram 1.700 matrículas registradas em julho, a maioria vinda de famílias dos bairros do Ipiranga (258) e da Penha (183).
Escolas de educação infantil estão entre as mais atingidas pela pandemia do novo coronavírus. Além da dificuldade em promover atividades remotas com crianças tão pequenas, que vão de 0 a 6 anos de idade, creches e pré-escolas enfrentam dificuldades, devido ao alto número de famílias que retiraram os filhos da escola e pararam de pagar mensalidades. Estima-se que cerca de 30% das instituições privadas deste setor tenha fechado, segundo dados do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp).
Para acolher a nova demanda, a rede municipal planeja firmar parcerias com organizações não-governamentais ou contratar vagas na rede particular, caso necessário. Até o momento, 400 dos 1.700 pedidos de matrícula não foram atendidos.
Escolas da rede estadual de São Paulo também tiveram aumento no número de matrículas nos últimos meses, ainda que não tão significativo quanto na rede municipal. A demanda é por vagas em turmas dos ensinos fundamental e médio. Prática semelhante tem sido observada em outras cidades brasileiras.
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