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História de mãe: ‘Não permita que o mundo determine o que seu filho será’
Por Cleusangela Barros

Muitas mães concordarão comigo. A maior emoção experimentada na vida é o nascimento de um filho!
O meu nasceu lindo, perfeito como nos meus sonhos de menina, desde quando comecei a acalentar bonecas, lá na mais tenra idade.
Sentia que sugava o meu coração, junto com o leite que fluía para sua boca sedenta. A entrega é mesmo total, incondicional.
Então o meu lindo bebê adoeceu e eu desejei sofrer a sua dor. É inadmissível vê-lo chorar, é inadmissível receber o diagnóstico de uma doença grave…
Prestes a realizar o sonho de ganhar uma menina, feliz com o resultado do ultrassom que revelou o sexo, descobri que o meu pequeno príncipe estava vitimado por uma meningite pneumocócica.
Meu mundo desmoronou!
Meu primeiro bebê poderia morrer ou ficar com uma grave sequela… O médico, insensível, deu o diagnóstico sem nenhum cuidado, sem nenhum constrangimento, com a frieza de quem lida com a morte todos os dias, com a insensibilidade de quem desconhece as emoções de uma mãe sonhadora.
Foram dias terríveis. Chorei, perdi peso… Estava grávida e o organismo recusava o alimento. Se meu filhinho não comia, eu me esforçava muito, mas não conseguia comer.
Veio a alta, o alívio, até receber a notícia: ele estava surdo!
Foi como se o médico tivesse dito que o filho dos sonhos tinha morrido e em seu lugar tivesse nascido aquele que não respondia aos estímulos sonoros, que foi parando de falar, de me chamar de mãe, de cantar as musiquinhas já aprendidas com 1 ano e 9 meses.
Procurei o manual de instruções, busquei ajuda dos especialistas, mas não havia respostas para minhas dúvidas e angústias, naqueles remotos anos de 1987.
Dizem que onde nasce um novo filho, nasce também uma nova mãe. Parei de chorar e fui me reinventar, afinal.
Com o meu marido, homem maravilhoso, sempre presente na educação dos filhos e minha linda filhinha, com apenas 1 aninho de idade, saímos do interior da Bahia em busca de uma capital que oferecesse maiores chances de superação. Escolhemos Belo Horizonte!
Com muito amor e dedicação e também com uma pitadinha de criatividade, a família se uniu para suprir o que os profissionais não davam conta de fazer. Assim, fomos nós que o alfabetizamos e isso cabe num capítulo inteiro da história.
Com a entrada de LIBRAS na vida do meu filho, um mundo de possibilidades se abriu. Hoje ele é casado, está fazendo Sistema da Informação na PUC Minas e construindo sua Startup, empresa que promete superação da barreira comunicativa entre surdos e ouvintes.
Minha mensagem é para as mães que hoje experimentam a mesma dor. Gostaria de dizer que pulem a etapa das lágrimas, mas sei que isso faz parte.
Que seja por um breve período então, já que não mudará a situação. Pela minha experiência, é um tempo perdido.
Desviem o foco das limitações, sequem os olhos e enxerguem as possiblidades. Não permita que o mundo determine o que seu filho será. Se precisar lutar, lute. Brigue até na justiça se for necessário. A vitória é certa!
Continuará ali, bem diante dos seus olhos, realizado e feliz, O FILHO DOS SONHOS.
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